Chapter Text
O que Soobin não esperava era que, assim que o sinal indicando o fim das aulas soasse, Yeonjun apareceria na porta de sua sala, imediatamente passando por ela e agarrando em seu braço, o arrastando para fora, sem nem ao menos esperar que o mais novo recolhesse todo seu material, com algumas coisas ficando pra trás.
- Yeonjun, espera! Minhas canetas-
- Eu compro outras pra você. Quantas você quiser.
O mais velho segurava firme no pulso de Soobin enquanto praticamente o arrastava pelos corredores do colégio até a saída. Seu passo apertado continuava independente dos protestos do moreno. Yeonjun ia resolver os assuntos com o mais novo, ele querendo ou não.
- Yeonjun! Me larga!
- Não.
- Me larga! Quero ir pra casa! - Soobin continuava reclamando com o namorado o puxando, segurando seu pulso com força, com receio de que se afrouxasse o aperto, ele sairia correndo. Yeonjun apenas aumenta sua velocidade, pisava firme no chão com certa raiva.
O ritmo com que andavam - praticamente corriam - fez com que Soobin começasse a tropeçar vez ou outra.
- Yeonjun, você ta me machucando! Me solta!
Como se fosse tirado de um transe, Yeonjun para abruptamente ao ouvir o que o mais novo disse. Ele estava com raiva, e não pensava direito.
- Me desculpa... - ele diz num muxoxo, afrouxando o aperto no pulso de Soobin, voltando a caminhar agora segurando em sua mão com os dedos entrelaçados.
O semblante do loiro muda de repente, como se antes ele não estivesse quase violentamente arrastando o namorado pelas ruas, com as sobrancelhas franzidas em raiva. Agora andando lentamente, curvado, com o rosto direcionado aos próprios pés, parecendo murcho. Soobin sentiu seu coração apertar com a cena, e deixa de resistir ao o que quer que o namorado esteja fazendo.
Numa caminhada de 15 minutos, silenciosa e tensa, os dois finalmente chegam na casa de Yeonjun. Sua mãe trabalhava até tarde da noite, então ao entrar a sala estava escura e silenciosa, apenas com uma leve iluminação vinda das janelas. Ambos ficam parados no cômodo, Soobin na frente da porta de entrada fechada e Yeonjun no centro da sala pequena, ambos evitando olhar um ao outro, por longos minutos, que pareciam horas ao moreno.
Soobin não queria encarar o resultado de suas atitudes. Ele surtou na frente do namorado, a última coisa que ele queria que acontecesse. Ele havia tentado tanto, tentado de verdade para que Yeonjun não precisasse presenciar nenhuma tristeza no relacionamento deles, e agora que os sentimentos feios de Soobin foram praticamente vomitados no colo de Yeonjun, ele estava com vergonha. Ele queria sumir, fingir que nunca nem mesmo conheceu o mais velho. Talvez ele pudesse mudar de escola, mudar de cidade, ou de estado, até mesmo de país. Ele sentia a vergonha corroendo seu intestino, seus instintos mais primitivos o alertando como se ele estivesse em perigo, gritando para que ele se escondesse de todos.
A sala estava tão silenciosa que Soobin podia apenas ouvir seu batimento cardíaco acelerado, ele sentia cada gota de seu sangue pulsando por seu grande corpo. Estava escorado na porta, sentia que se ele tentasse ficar em pé sem apoio, desmontaria como um castelo de cartas com o menor sopro. Yeonjun estava em sua frente, de costas. Talvez fosse a deixa perfeita para que Soobin, num pico de adrenalina, saísse pela porta e corresse até que se sentisse seguro, ou até seu corpo simplesmente desistir pela exaustão. Ele cautelosamente coloca a mão sobre a maçaneta. Seria fácil, era só ele abrir rapidamente a porta e sair. Fácil. Sim, fácil.
- Soobin.
O dono do nome congela. A mão firmemente segurando a maçaneta. O simples soar da voz melodiosa do mais velho fez com que todos seus músculos ficassem rígidos no lugar. Talvez não seria tão fácil.
O silêncio quase que ensurdecedor se instala novamente. O moreno se sentia prestes a implorar para que Yeonjun continuasse falando, ao mesmo tempo que queria que ele não dissesse nada e o deixasse fugir. O mais velho lentamente se vira e encara o rosto de Soobin. A falta de iluminação não ajudava, o mais novo não conseguia enxergar qualquer que fosse a expressão no rosto de Yeonjun, o que o assustava. Ele fixa o olhar no chão, com medo do que quer que seu rosto esteja demonstrando.
- Soobin, vamos conversar.
Ele só queria ir embora.
- Soobin. - o mais velho se aproxima lentamente, como se Soobin fosse um gatinho assustado e qualquer movimento mais brusco fosse o fazer fugir.
Soobin finge que não escuta, de novo. Talvez se ele o ignorasse, Yeonjun cansaria de conversar sozinho e o deixaria ir embora.
- Querido... por favor... - Yeonjun se encontra a centímetros de distância de Soobin.
Ele morde os lábios, se recusando a respondê-lo, direcionando o olhar para os lados, longe dos olhos do Yeonjun que o encaravam, como se qualquer canto da sala fosse mais interessante do que o rosto do namorado.
Yeonjun enluva as bochechas do mais novo com as mãos e junta suas testas. O moreno aperta os olhos com a ação, ele se sentia fraco e cansado, mas se recusava a conversar com o outro.
- É tudo mentira, amor, tudo o que você ouviu. - o mais velho sussurrava docemente - Eu jamais traíria você, do fundo do meu coração, você é tudo pra mim.
Soobin apertava os olhos com tanta força que começou a ver fogos de artifício nas pálpebras. Ele solta um suspiro, que nem sabia que estava segurando, ao sentir a voz de Yeonjun tão próxima de seu rosto. Seu corpo estava tenso. Ainda, ele se negava a respondê-lo, continuava imóvel, com a mão esquerda segurando a maçaneta firmemente, não para abri-la, mas para se estabilizar. Sentia que seu corpo se desmontaria com menor toque do loiro. Sua outra mão estava grudada ao lado do corpo, fechada em seu punho apertando as unhas na palma com força.
Yeonjun esfregava lentamente seu nariz no do mais novo, depois passando a ponta pelas bochechas gordinhas e macias, num carinho. Ele acariciava a face do moreno com seu próprio rosto.
Soobin engata a respiração novamente.
- Ontem, ela pediu para sair comigo.
O estômago de Soobin embrulha e ele solta um suspiro trêmulo.
- Sabe o que eu respondi?
Soobin continua rígido como uma estátua, sem mover um centímetro de seu corpo, enquanto Yeonjun sussurrava continuando as carícias pelo seu rosto.
- Eu disse que estava comprometido. Com a pessoa mais bonita, perfeita, doce, gentil, inteligente, engraçada e fofa que eu conheço. Um garoto muito lindo. Com quem eu quero me casar.
Soobin sente um arrepio violento por sua espinha, suas bochechas ficando vermelhinhas. Yeonjun amava a facilidade com que Soobin corava graças a sua pele branquinha.
- Eu te amo tanto. - Yeonjun finaliza, colando suas testas juntas novamente, fitando o rosto do mais novo.
Soobin permanecia com as pálpebras enrugadas com o quão forte ele as apertava para mantê-las fechadas. Ele respira fundo.
Um silêncio denso se instala no ambiente, as últimas palavras emitidas sendo ignoradas no ar, esquecidas.
Óbvio que Soobin havia escutado perfeitamente bem, e elas haviam tido efeito nele. Mas ele se negava fortemente a reagir. Ele não entendia o porque de querer continuar com essa birra. Ele simplesmente não conseguia responder e se mover sem se sentir patético. A vergonha o impedia de qualquer ação.
Yeonjun começa a deixar selares macios pelo rosto de Soobin. No nariz, na testa, nas têmporas, nas bochechas, no queixo, no maxilar. Ele desce os beijinhos, agora de boca aberta, pelo pescoço do maior até a junção entre seu ombro, e descansa a testa ali.
- Querido, por favor, fala comigo.
O moreno sentia as mãos trêmulas do mais velho segurando seus ombros com força, sua voz soava embargada.
- Binnie... - ele resmungou.
Silêncio.
Yeonjun levanta a cabeça e afrouxa o aperto no mais movo. Acabou, finalmente. Foi o que Soobin pensou.
- Soobin, me responde, por favor, fala comigo, por favor querido... - Yeonjun tremia enquanto levava as mãos às bochechas do outro, com a voz quebrada.
Soobin sentia a dor em sua voz.
Ele arregalou os olhos para se deparar com Yeonjun com as sobrancelhas franzidas, todos os músculos de seu rosto se contorciam, seus olhos cheios de lágrimas não derramadas.
- Me desculpa, tá bom? Me desculpa, eu te amo tanto, tanto, eu não sei o que fazer pra fazer você acreditar em mim, eu sinto muito. - o loiro dizia quase desesperado, segurando as lágrimas.
Soobin não conseguiria continuar com o cruel tratamento de silêncio daquele jeito. Ele jamais quis magoar a pessoa que ele mais amava no mundo. Como que chegou naquele ponto? Yeonjun nunca esteve naquele estado na frente de Soobin. Ele parecia tão triste e tudo por sua culpa.
O moreno o abraça com força, enterrando o rosto entre o pescoço e ombro do mais velho, inalando o cheiro de sua colônia misturado com o aroma natural da sua pele. Ele tremia e respirava irregularmente. Ele ainda queria fugir.
Yeonjun passa uma mão em seu cabelo e a outra nas suas costas, fazendo movimentos de vai e vem para confortá-lo e murmurando afirmações de que estava tudo bem, o que deveria ser ao contrário. Soobin quem o fez quase chorar, então ele quem deveria estar confortando seu namorado e se desculpando. Mas ele nem sequer percebeu que se encontrava soluçando e dizendo pedidos de desculpa quebrados e ruidosos. O mais velho o embalava em seus braços enquanto Soobin chorava e fungava agora em seu peito, o tranquilizando.
- Me desculpa, me desculpa, eu sinto muito mesmo Yeonjun! - ele dizia por entre soluços desesperados, agarrando-se ao mais velho com cada vez mais força.
- Eu sei Binnie, eu quem peço desculpas, meu amor. Está tudo bem.
A calma e ternura com que o mais velho falava queimava na pele de Soobin, doía.
Ele não merece.
- Não! Não tá tudo bem! Me desculpa, por favor! Eu, Eu-
- Querido, respire, por favor. Se acalme e vamos conversar, hum? Já te disse que está tudo bem, eu te perdôo.
Era mentira. Yeonjun estava mentindo. Ele queria deixar Soobin, ele não o amava mais , não depois de toda sua atitude nos últimos dias, não depois do ápice de suas paranóias - pelo menos era o que elas diziam pra ele.
- Eu, eu não consigo! Eu- ele chorava mais desesperadamente - Eu preciso de você!
- Soo, eu estou aqui, agora preciso que você se acalme, ok? Eu não vou pra lugar nenhum, só preciso que você respire, você pode tentar?
Soobin acena em resposta. Ele não queria aborrecer ainda mais o namorado. O moreno respira lentamente, assim como o garoto na sua frente o indicava, até regular sua respiração e parar de derramar lágrimas.
- Isso, meu amor, consegue falar comigo agora?
Não, não consigo.
Era o que ele queria dizer. Mas de verdade, ele não queria dificultar mais as coisas, ele sabia que não adiantaria de nada agir como um pirralho agora.
Soobin tinha que enfrentar isso. Quebrar a barreira entre seu cenário desejado e o cenário real. Seus sentimentos não podiam mais ser ignorados.
Se não fosse por si mesmo, que seja por Yeonjun. Ele merecer entender, ainda que o moreno não se entenda.
- Eu não quero te perder. - ele começa, bem baixinho.
- O que te faz pensar isso?
- Eu- Eu não acho que... - meu Deus, dizer aquilo em voz alta era vergonhoso - não acho que eu seja bom o suficiente... pra você.
Um silêncio se instala, enquanto o rosto de Yeonjun se contorce novamente em dor. Soobin se desespera levemente.
- Mas! Mas eu ainda quero... ser seu namorado, é so que eu pensei que... eu penso que talvez possa acontecer de você encontrar alguém melhor, sabe? - o moreno começa a falar rapidamente, tentando dar algum motivo para aquele sentimento ruim, tentando se explicar - Eu te acho incrível, Yeonjun. Eu só não entendo o por quê de você querer alguém como eu, enquanto você poderia ter literalmente qualquer garota daquela escola.
- Eu já te disse que não gosto de garotas. - ele responde com certa rispidez.
- Eu sei, é que-
- Eu gosto de você, Soobin.
Soobin sente um arrepio agressivo atravessar seu corpo todo com as palavras.
- Eu também gosto de você, Yeonjun.
- Eu não entendo, de verdade. - o mais velho suspira.
O moreno se arrepia novamente, mas de um jeito ruim, como se estivesse prestes a levar uma baldada de água gelada.
- Se eu gosto de você, e você gosta de mim, por quê você simplesmente não aceita? Eu já disse que não quero outra pessoa, muito menos uma garota. Eu tento sempre demonstrar que te amo, você não sente isso? - Yeonjun falava sério com ele, o que o assustava.
- Eu sinto! Claro que sinto, é só que... eu não mereço.
- Como assim você não merece?! Você não enxerga o quão perfeito você é? Mesmo com seus defeitos, você consegue ser tão... Você. Amável. Eu não sei como alguém pode te conhecer e não te amar. Você é tão doce e digno de todo amor, querido...
Soobin não conseguia ouvir aquelas palavras, ele se envergonhava.
- Yeonjun... - suas bochechas ardiam com as palavras bonitas direcionadas as si.
- De verdade, você é tão doce. Tudo sobre você é tão gentil. O jeito que você trata qualquer pessoa com a maior generosidade que eu já vi, tão pacientemente. O jeito como você não guarda rancor dentro de você, acredita que as pessoas podem mudar. Você é tão bondoso com os outros, não entendo por quê você não deixa um pouco de bondade pra si mesmo.
- Yeonjun, por favor-
- E não é so sobre você com os outros, mas você por si só. Todos os seus detalhes são tão fofos. A maneira como seus olhos se fecham e suas covinhas aparecem quando você ri, com aquela risada linda e fofa parecendo um golfinho. - o mais velho solta uma risada anasalada enquanto a cena passa momentâneamente em sua memória - Ou quando você fica animado com algo, e você da pulinhos de alegria parecendo um coelhinho. Quando você fica emburrado e faz o biquinho mais fofinho e beijável que eu já vi. Quando eu sempre te faço tomar um pouquinho do meu sorvete de chocomenta quando vamos na minha sorveteria preferida, e você faz uma careta tão bonitinha que me dá vontade de morder seu nariz.
- Yeonjun, meu Deus! Eu vou morrer de vergonha.
Soobin corava intensamente, enquanto o mais velho ria de sua reação.
- Eu amo isso também! O quão fácil você se envergonha, e fica todo vermelho, parecendo um moranguinho! Me dá vontade de beijar seu rosto todinho! - o loiro quase se joga no namorado para apertar suas bochechas redondas rosadinhas juntas, forçando um bico a se formar em seu rosto.
- Yeonjun!
Os dois riam com o ar agora um pouco mais leve. O loiro era profissional nisso, descontrair as situações. Mesmo sabendo da importância da conversa, ele não queria que Soobin ficasse desconfortável. Ele sempre deixava claro como o bem estar do moreno era sua prioridade. Soobin achava encantador.
- Você é tao incrível Soobin, tão incrivel quanto você diz que eu sou. Eu ainda acho que você seja muito mais. Eu poderia citar mais um milhão de motivos para te amar, e ainda assim faltariam muitos outros. Todo dia eu me apaixono por você de novo. - ele finaliza com um lento selar de labios no beicinho do namorado.
- Eu te amo, Yeonjun.
- Eu te amo, Binnie. - ele finaliza esfregando seu nariz no do mais novo, voltando com as carícias em suas bochechas, que logo se tornaram pequenos selares.
O mais velho distribui beijinhos novamente por todo o rosto do namorado, até descer ao pescoço e passar a dar leves lambidas de gatinho no mesmo. Ele ama beijar o mais alto, enconstar sua boca em todos os centímetros de pele do corpo do outro. Soobin arfava tímido em reação ao toques. As lambidas fofas aumentaram em mordidas, e os arfares em ruídos baixinhos. Seu pescoço era sensível, e logo o moreno estaria em uma bagunça tímida chorosa apenas com pequenos chupões e provocações.
Yeonjun arrastava a boca pela derme branquinha delicadamente, alternando entre os dentes e a língua, apenas para pegar o namorado de surpresa com uma mordida forte, não o suficiente para machucá-lo mas que com certeza deixaria uma marca. Suas mãos subiam e desciam a cintura do maior, vez ou outra dando leves apertos na circunferência fininha apenas para ouvir Soobin quase que engasgar com a sensação.
Ele já sentia o corpo molinho, grande e pesado, com os toques do mais velho, cada vez se sentindo mais quente, suspirando pesadamente tentando controlar as sensações e os sons que ameaçavam sair por sua garganta. Suas bochechas queimavam com a timidez de estar tão vulnerável, mas ele gostava do sentimento.
Logo as mãos de Yeonjun avançaram por dentro da camisa do namorado, arrastando os dedos na pele quente, causando arrepios, até subir em seu peito. Ele rodeia os polegares em volta dos mamilos rosinhas já endurecidos, o mais novo arqueia as costas com o raspar de pele com pele. O loiro sabia que o rubor das bochechas de Soobin descia e coloria a região. Yeonjun queria ver. Antes de arrancar a camiseta do moreno, ele estende as palmas sobre os peitos do maior e aperta com força, arrancando um gemido dele.
- Pra cima. - ele não precisou dizer muito para que Soobin entendesse e atendesse ao pedido, levantando ambos os braços.
Com uma velocidade que espelhava ansiedade, o mais baixo puxa o tecido por cima da cabeça do outro, deixando seus cabelos em uma bagunça fofa no processo. Ele afaga os fios e deposita um beijo demorado no topo da cabeça do garoto a sua frente, causando uma risadinha dele.
Soobin sentia a vergonha pulsando em suas veias, mesmo que não seja a primeira - nem última - vez que o mais velho vê seu tronco nu, ele não conseguia controlar a vergonha de ser observado atentamente. Yeonjun havia dado um passo para trás e estava descaradamente encarando a pele amostra do maior, admirando. Ele sobe seus braços ao torso e se abraça, tentando se cobrir.
- Deixa eu ver você, querido. - O menor se aproxima, depositando suas mãos suavemente nos seus braços - Você é tão lindo, sabia?
Soobin teve que controlar um gemido vergonhoso.
- Fecha os olhos.
O moreno, mesmo que confuso, obedece. Milésimos depois, ele sente um par de braços fortes o tirando do chão, um embaixo de seus joelhos e o outro em suas costas.
Soobin estaria mentindo se dissesse que a força de seu namorado não lhe causava borboletas no estômago. Era excitante como, mesmo ele sendo menor, era capaz de levantá-lo com extrema facilidade. Seus braços com músculos predominantes se destacavam próximos dos de Soobin, que eram finos - Yeonjun dizia que eram fofos. Ainda que o moreno fosse alto, o físico do namorado o fazia parecer menor ao seu lado, com seus ombros largos e costas fortes. O tempo que Yeonjun dedicava aos esportes realmente trazia resultados - que enlouqueciam Soobin.
O loiro o carregou até seu quarto, e deitou o garoto em seus braços na cama com uma delicadeza que não condizia com a pressa presente em suas ações posteriores, e se encaixa entre as pernas do maior. Ele passa as mãos pequenas pelo abdômen do garoto a sua frente numa lentidão provocadora, gerando arrepios por todo seu corpo.
- Yeonjun... - ele sussurra com certa impaciência, o leve arrastar de dedos em seu torso parecia uma tortura.
O outro cantarola em resposta, não realmente esperando que ele dissesse algo, iniciando beijos, mordidas e lambidas por seu torso. Ele ama o corpo do namorado, sua cintura fina que se encaixava perfeitamente em suas mãos, os peitos magros, a barriga lisa e fofa, a marca dos ossos em seu quadril, as costelas predominantes quando arqueava as costas. Sua intimidade endurecia só de pensar em colorir a palidez macia com tons de vermelho e roxo.
Enquanto continuava com as carícias pelo corpo, ao mesmo tempo simulava lentas estocadas por cima das roupas. A cada roçar de quadris, ambos respiravam mais desesperados. Soobin agora mantinha as mãos nos fios loiros do namorado, puxando-os, acompanhando os movimentos de sua cabeça. Suas mãos correm até a bainha da calça moletom do mais novo, afastando o rosto levemente para olhar para o outro em um pedido silencioso de permissão, que acena ansiosamente.
O loiro não perde tempo e puxa as duas últimas peças de roupa no corpo esguio de uma vez. Soobin suspira com o contato de seu membro duro e úmido com o ar gelado.
Yeonjun se afasta mais de repente, sentando em seus pés, olhando fixamente para todo o corpo do mais alto. Seu rosto estava em uma mistura linda de expressões prazerosas e envergonhadas. Os fios negros bagunçados no travesseiro, desenhando uma auréola acima, com alguns grudados em sua testa pelo suor, o olhar turvo e mais escuro, as pálpebras levemente fechadas, a boca entreaberta ofegante, o peito delicadamente arqueado subia e descia com cada arfar, seus braços caídos ao lado de sua cabeça. Suas pernas estavam ainda mais abertas, como um convite ao mais velho, seu corpo se movia inconscientemente em busca de mais contato, o membro rígido estava caído em sua barriga, colorido em uma cor de vermelho raiva. Ele poderia gozar apenas com a visão do garoto que amava se contorcendo embaixo de si. Soobin leva as mãos até o quadril do outro, virando o rosto pro lado como se tentasse escondê-lo no travesseiro.
- Yeonjun...
- Hum? - ele levou as próprias mãos para os joelhos ao lado de si, descendo-as em carícias provocadoras até as coxas, depois voltando.
Soobin o puxa ansioso.
- Tira a camisa, por favor... - ele murmura.
Apenas Soobin estava completamente nu, enquanto o outro não havia retirado uma peça de roupa se quer. Ele se sentia exposto, como uma presa indefesa, com uma vergonha quase que excitante pulsando por seu corpo. O loiro rapidamente puxa o tecido por cima da cabeça, expondo sua pele um pouco mais bronzeada com músculos levemente desenhados. Ele continua pairando o maior na mesma posição de antes, correndo os olhos por cada centímetro de pele exposta por tempo até demais.
- Para de olhar... faz alguma coisa... - ele reclama manhosamente.
Quem era Yeonjun para negar alguma coisa para o lindo garoto deitado em sua cama?
Ele inicia um beijo afobado banhado em paixão. Os labios e línguas dançavam em um ritmo apaixonado. O gosto das salivas misturadas chegava a ser doce para suas papilas com todo o amor presente no gesto.
Suas mãos se separam - quase que com dificuldade - do corpo do maior para alcançarem a gaveta da cômoda ao lado da cama, sua mão revirando as coisas dentro. Ele se afasta novamente, o som da tampa da garrafa de lubrificante sendo aberta entregando que havia encontrado o que procurava.
Ele esguicha uma quantidade exagerada e esquenta o líquido com as palmas. Sua mão vai até o membro rígido à sua frente, trabalhando em movimentos provocantes de vai e vem, acostumando o moreno para os toques que viriam.
Após alguns afagos, sua mão livre sobe até a coxa de Soobin, empurrando-a em direção ao peito, e a que estava trabalhando desce até sua entrada, circulando o dedo médio na região.
- Posso? - Yeonjun direciona o olhar atento ao rosto do namorado, pedindo permissão para o toque.
- Por favor...
Ele deixa um selar rápido nos lábios do moreno e volta sua atenção ao dedo rodeando o buraco rosado, lentamente o inserindo. As paredes quentes são rápidas em tremer com a intrusão, enquanto suas coxas impossivelmente se abrem mais.
Logo, seu indicador se junta para auxiliar o alongamento, alternando entre movimentos de vai e vem e de tesoura.
Soobin podia apenas se contorcer e respirar pesadamente. Mesmo que a sensação fosse boa, ele sentia que era insuficiente. Precisava de mais.
- Jjunie...
- Tão impaciente. - Yeonjun diz quase ronronando - Só mais um pouco querido, para não te machucar, tudo bem?
O moreno responde com um suspiro insatisfeito, gerando uma risada anasalada do outro.
Seus dedos continuaram trabalhando, com a adição de um terceiro, ao que parecia uma eternidade até o mais velho julgar suficiente. Com cuidado, ele retira a mão da entrada do maior, arrancando um suspiro de "finalmente" do mesmo, e limpa a camada brilhante de lubrificante em seus dedos na própria calça, que logo vai de encontro ao chão junto com sua roupa íntima.
Mais nenhum tecido impedia o contato entre os dois corpos.
Yeonjun se estica novamente em direção à cômoda, mas é impedido por Soobin, que já havia entendido o que o menor buscava.
- Eu quero... sem.
O loiro sentiu seu pau pulsante se contorcer com a implicação trazida nas palavras. Mas ele não se deixaria levar pelo tesão.
- Você... tem certeza, querido? - ele procura por confirmação com certa incerteza - Não vai ser ruim depois?
- Jjunie, por favor... - o moreno reclama, puxando-o para mais perto - Quero sentir você.
Yeonjun geme alto e avança em seu namorado, tomando os lábio rosados em formato de coração com os seus. Sentia que Soobin estava testando seu autocontrole, seu pau ia explodir.
Durante o beijo, ele tateia os lençóis em busca do frasco de lubrificante perdido. Ao encontrá-lo, ele se afasta do namorado para esguichar outra quantidade considerável do líquido espesso e esfregar o membro rígido.
Ele posiciona a ponta contra a entrada pulsante e molhada, pressiona ameaçando entrar, e depois se afasta. O loiro dava leve batidinhas com o membro no buraco, esfregava lentamente, e pressionava novamente fingindo que entraria, apenas para recuar.
Yeonjun era um provocador nato e Soobin tinha vontade de esganá-lo nesses momentos.
- Yeonjun! - ele bufa irritado.
- Sim, meu amor? - o loiro pergunta com falsa inocência, direcionando o olhar ao garoto deitado, mas não parando as provocações.
- Yeonjun, por favor.
- Por favor o que, querido?
- Jjunie! - ele reclamava arrastado, seu corpo se contorcendo em busca de fricção.
- O que você quer? - ele brincava sorridente.
- Você sabe.
- Hum, acho que não. Se você não falar, não tem como eu saber.
Soobin geme sôfrego, irritado.
- Yeonjunnie... - ele se contorcia manhoso.
- Querido, você é tão fofo que eu nem consigo te provocar de verdade. - ele dá vários selinhos no namorado. - Eu não aguento, quero te dar tudo o que você pede, - ele se aproxima para sussurrar em seu ouvido - e muito mais, o mundo todinho.
Soobin solta um gemido tão sôfrego que Yeonjun poderia jurar que ele havia gozado apenas com suas palavras. Ele era tão sensível a elogios e declarações.
E o loiro era tão sensível a qualquer som vindo do maior.
Se sentindo desesperado assim como o outro, Yeonjun não espera mais nem um segundo para começar a colocar na entrada apertada do moreno. Ele se movia delicadamente, como se Soobin fosse o porcelanato mais caro e delicado existente.
Com suas bolas rentes a pele do maior, o loiro solta um gemido satisfeito junto do moreno, que se contorcia e agarrava os ombros do namorado em busca de apoio.
O sentimento de estar preenchido era sempre avassalador. Ele se sentia tão cuidado e amado, era demais.
- Tudo bem, amor? - Yeonjun pergunta ao ver a feição tensa no rosto do outro.
- Ah- Sim, sim - ele respirava com dificuldade, podia sentir o pau de Yeonjun na garganta -, só- você pode esperar um segundo, por favor?
- Claro, querido. - ele responde com um sorriso amoroso crescendo em seu rosto.
Para distrair Soobin do desconforto momentâneo, o mais velho traça suas mãos subindo e descendo na cintura do outro, enquanto se inclina cuidadosamente para beijá-lo.
O beijo era doce, como todos os outros. O moreno possuía lábios macios e cheinhos, delicados. Suas bocas se encaixavam como se fossem feitas uma para a outra, as línguas se moviam num carinho. Yeonjun sempre o beijava como se pudesse transmitir todo seu amor no ato.
Ele o amava tanto.
- Você... pode se mexer, por favor. - o mais alto murmura ofegante.
- Me avisa se começa a doer, hum?
Yeonjun começa a se mover apenas depois de outra confirmação do mais novo, com curtas estocadas para testar as águas. Com um movimento dos quadris de Soobin, Yeonjun entende que ele poderia acelerar os movimentos.
O garoto deitado nos lençóis tentava conter suas reações aos estímulos, mordia os lábios e inutilmente tapava a boca tentando abafar qualquer ruído.
- Ah, mesmo todo aberto assim pra mim você é sempre tão tímido, Soobinnie... - Yeonjun estocava precisamente tentando arrancar alguma reação do mais novo - Você sabe que eu amo os sons que você faz, sim? Sempre tão bonitinho... Ah, eu amo seus gemidos, meu amor, geme pra mim, hum? Por favor.
Seu quadril acelera, tornando impossível que Soobin permanecesse quieto. Os ruídos que escapavam de seus lábios conseguiam deixar o membro do loiro impossivelmente mais duro.
- Tão lindo, meu amor, você é tão lindo.
Soobin era apenas uma bagunça chorosa no colchão, gemendo manhoso com cada estocada, o que servia de incentivo para o mais velho investir cada vez com mais força.
- Você... tá gostando? Hum? - o loiro pergunta com certa dificuldade pelo prazer crescente.
- Ah- Yeonjunnie! - Soobin geme arrastado arqueando as costas ainda mais, agarrando os ombros do namorado com dificuldade para se firmar, ele sentia seu cérebro derretendo junto de seu corpo, sua língua era pesada na boca com o prazer intenso.
- Hum? Conversa comigo, querido.
- J-junnie! Ha! Eu- - todas as sensações em seu corpo eram tão boas, ele se sentia tão bem, que seu cérebro não conseguia acompanhar. Tudo o que ele podia fazer era gemer enquanto tentava, sem resultados, responder o mais velho.
- É bom? Hum? Soobinnie... - ele arfava ainda que provocadoramente, o suor grudando os fios loiros em sua testa contrastando com o sorriso sacana em seu rosto. - Conta pro hyung o quão bem ele faz você se sentir. - ao dizer a última palavra, Yeonjun acelera os movimentos do quadril, estocando quase impossivelmente com mais força.
- Ah! S-sim! - Soobin soluçava, quase se engasgando - Sim, é tão bom, e-eu amo! Eu te amo! Te amo, te amo, t-te amo! - ele repetia como se fosse um mantra.
Os sons aumentaram, seus olhos se fecharam com força diante do embrulho caloroso presente em seu baixo ventre. Ele começa a agarrar desesperadamente o garoto acima dele.
- Yeonjun! Yeonjun! Meu Deus, Jjunie, eu vou! Eu vou gozar!
- Eu também, Soobinnie, por favor, por favor!
O moreno solta gritos de "eu te amo" e soluços de alívio enquanto seu orgasmo o atingia com força. Segundos depois, o mais velho também chega no ápice com as vibrações em volta de seu membro, eles flutuaram juntos nas ondas do prazer amoroso com seus corpos entrelaçados por minutos.
- Jun... - o mais novo suspira.
O outro levanta sua cabeça do espaço entre o ombro e o pescoço de Soobin onde descansava, olhando diretamente em seus olhos.
- Obrigada. - ele continua.
- Pelo o que?
- Por me ouvir, me entender... por me amar. - Soobin o olhava com seus olhos de corça com um brilho que talvez viesse de novas lágrimas.
Yeonjun devolve o olhar com um sorriso reconfortante, então se inclina para tomar os lábios pequenos e cheinhos do namorado em um beijo apaixonado, sem malícias, apenas mostrando uma fração do amor entre os dois.
- Eu te amo, muito.
- Eu também te amo, querido. Por favor, não quero mais você pensando essas coisas de si mesmo. - o loiro se endireita, voltando a ficar sério, mas ainda olhando para o namorado com ternura - Eu imagino como deve ser difícil pra você mudar isso de um dia pro outro, mas eu quero te ajudar. Quero que você comece a se ver como realmente é. Sinto muito por nunca ter feito nada antes, eu só não imaginava que você estaria tão afetado assim, entende. Eu de verdade, não sabia o que fazer. Mas agora, por favor, converse comigo, sempre que você se sentir mal, sempre que algo te incomodar, eu vou sempre tentar o meu máximo pra te fazer melhor, ok? - ele finaliza estendendo uma mão ao rosto do maior, iniciando um carinho em sua bochecha.
Soobin podia apenas acenar lentamente, sentindo que se tentasse falar algo, lágrimas escorreriam por seu rosto, mas não de tristeza, e sim de felicidade.
Ele se sentia aliviado. Finalmente suas preocupações foram libertas e cessadas, a pressão sentida em seu peito se foi.
Livre. Ele se sentia livre.
Não quer dizer que tudo havia se resolvido, pelo contrário. Ainda haviam muitas questões para se resolver, muitas conversas para acontecer. Mas agora, ele poderia lidar, poderia com pequenos pedaços de fita remendar seu grande aquário, esvaziá-lo aos poucos, até que a goteira finalmente pare, e os vestígios molhados sequem. Soobin se permitiu pedir ajuda, soube reconhecer que não conseguiria limpar sua bagunça sozinho, e não adiantaria de nada varrer para debaixo do tapete, escondê-la. Ele não estava mais sozinho - nunca esteve, mas agora ele sabe. E ele podia deixar suas imperfeições amostra, já que elas faziam ele ser Soobin, o Soobin de verdade, por quem Yeonjun se apaixonava de novo e de novo a cada dia.