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Can olhou para a caverna e sorriu, finalmente tinha conseguido chegar até ali e segundo o mapa conseguiu de Techno, ali deveria haver algum tipo de monstro nobre que precisava para finalmente conseguir sua primeira evolução de classe e se tornar um Treinador Nobre. Assim, poderia finalmente conseguir o dragão que tanto queria e se tornar o melhor Treinador de Monstro que existiu. Claro que Techno lhe disse alguma coisa sobre o monstro que ficava na caverna ter matado outros treinadores que tentaram domá-lo antes, mas Can tinha certeza que não deveria ser tão complicado assim.
De qualquer forma, mesmo que fosse verdade, não era alguém que deixava um simples empecilho lhe impedisse de conseguir o que queria e o que havia se esforçado tanto para conseguir. Então acabou puxando sua varinha e mexeu de maneira suave, fazendo surgir um cachorro em seus pés. Era vermelho e pareciam brilhar levemente, Gucci havia sido um… Equívoco. Ele queria uma lobo fae, mas alguma coisa saiu errado e conseguiu um cachorro ígneo.
Tirando o fato que não podia abraçá-lo e que normalmente Gucci fazia o que queria, como queria, era uma boa companhia e ambos já tinham conseguido ganhar algumas batalhas ao longo do tempo. Ainda não conseguiu passar das qualificatórias do campeonato universitário, mas sabia que se conseguisse a criatura nobre dentro da caverna teria uma chance maior de finalmente entrar na final universitária e começar sua carreira como treinador profissional.
- Vamos Gucci.
Seu cachorro lhe observou de maneira suave, inclinando a cabeça como se perguntando se tinha certeza disso, Can simplesmente acenou e começou a entrar de maneira curiosa e mesmo que demorasse alguns segundos, o seu cachorro seguiu de maneira mais receosa. Contudo, a caverna era bem mais escura do que achava que seria e nem mesmo a luz do seu familiar ajudava a iluminar o local por completo.
Por isso ergueu sua varinha e conjurou luz, fazendo uma pequena esfera iluminar mais o local enquanto andava. Sua irmã era estudiosa e sabia dizer como os feitiços funcionam, assim como modificá-los, mas Can era muito melhor em executá-los. Até agora não havia nenhum feitiço do seu nível que não conseguia fazer e era - em partes - por isso que tinha conseguido entrar na sua universidade dos sonhos. Era só uma pena que não fosse realmente uma pessoa muito tática.
De qualquer forma, Can achou a caverna muito bonita, afinal ela tinha um brilho esverdeado que parecia muito com o mar. Chegou próximo da parede e percebeu que era de pedra comum e até mesmo o brilho era comum, fazendo o menor se perguntar o que poderia ser o brilho, mas simplesmente não conseguiu achar. Bom, até chegar em um lago.
Ele ocupava a região central na caverna e era tão grande que Can achou que estava diante do mar. Não só porque não conseguia ver a outra margem, como também conseguia sentir o cheiro de maresia e parecia que havia ondas. Assim como a sempre presente luz verde, fazendo Can franzir o cenho e olhar ao redor confuso. Observando o seu cachorro que parecia estar tremendo de medo, o que era justificável. Afinal, a água era a principal fraqueza dele.
Can descobriu quando tentou dar um banho nele por achar que estava muito fedido e ele quase lhe arrancou o braço.
- Quem é você?
Virou a cabeça e travou, o torço era de um homem. Não exatamente muito mais velho do que sua aparência, o que realmente lhe surpreendia era que o torso dele terminava em uma cauda de cobra verde esmeralda que parecia brilhar no local e Can imaginou que fosse dele a iluminação que cobria a caverna toda. Isso significava que ele provavelmente era mais velho do que o próprio treinador, já que Nagas nunca paravam de crescer sua própria cauda enquanto estivessem vivos.
- Eu sou Can, um Treinador de Monstro e você?
Os olhos da Naga pareciam brilhar de forma ameaçadora, mas não chegou realmente a fazer nenhum movimento para chegar perto ou lançar magia, embora soubesse que Nagas Machos não lançavam magia e sim usavam espadas enormes para se defender, mas não conseguia ver nada disso com o outro.
- Os outros que vieram antes de você me chamaram de Fiat, já que seu povo não consegue falar o meu nome real.
O Naga mexeu sua cauda no lago de maneira suave e Can percebeu que todos que tentaram antes haviam morrido, a cauda dele parecia ser tão grande quanto o lado onde ele estava. Aquela floresta tinha limitação que Treinadores muito poderosos não conseguiam entrar, era por isso que Ae não sabia se tinha ou não um monstro nobre ali. Ele já era forte o bastante para concorrer em nível internacional com o seu demônio da raiva. Pond lhe disse que era um dos Sete Pecados, mas sabia que o igual tinha o costume mentir.
- Você não vai pedir para o cachorro me atacar? Ou usar algum tipo de pergaminho para tentar me prender?
Havia uma diversão e ao mesmo tempo irritação na voz da Naga, ou melhor Fiat, se ele tinha um nome então era melhor que Can usasse. Olhou para Gucci e percebeu que estava com seu rabo entre as pernas e com as orelhas caídas e pela primeira vez, tinha que concordar com ele. Can podia ser impulsivo e cabeça oca, mas não era um idiota.
- Não, mas se tiver outro jeito de conseguir um pacto com você, eu aceito. Se não, só vou embora.
Viu um sorriso aparecer nos lábios de Fiat e os dentes serrilhados brilharam em branco quebrando o verde do local, enquanto levou a mão até uma parte das suas escamas e Can viu que ele abriu com seus dedos. O cheiro que saiu do local era o suficiente para lhe deixar duro e imediatamente sabia o que seria pedido, porque se tinha uma coisa que entendia era sobre os monstros e muitos deles, principalmente aqueles que eram semi-humanos podia pedir sexo como forma de contrato.
- Se você me der prazer o suficiente, eu faço um contrato temporário com você. O que acha disso?
Podia dizer, mas ele precisava ganhar a final da faculdade e isso era muito importante para ele, mais ainda do que perder sua virgindade com um monstro. Na verdade, algumas pessoas diziam que era muito melhor do que transar com humanos, já que eles eram preparados de forma que pessoas não eram e não havia risco de engravidar. Embora, tivessem algumas doenças que poderiam ser fatais se não tivesse o devido cuidado.
- Você consegue lutar? Eu preciso ganhar apenas uma luta.
Fiat sorriu e então se aproximou, Can percebeu que ele era alto e quase conseguiu encostar no teto da caverna. Ou assim parecia para o menor, já que não conseguia ver exatamente o teto, mas ele realmente era bem mais alto. Então, quando chegou mais próximo de si e se abaixou de novo, com aquela escama entreaberta chamou ainda mais sua atenção e lhe deixou ainda mais ereto.
- Me der prazer, Can Treinador de Monstros, e te ajudarei a ganhar sua luta.
Respirou de maneira suave, seria a perda da sua virgindade, mas seria para uma criatura deslumbrante e para alguém que iria lhe ajudar. Ainda encarando o Naga, começou a se lembrar sobre a anatomia deles e recordou que essas criaturas tinham hemipênis, mas não pareceu que ele fosse querer colocá-los dentro de si. Parecia que ele queria que Can colocasse o seu pênis dentro dele.
Por isso, acabou abaixando sua calça - dentro de si já imaginava sua mãe reclamando dele passando em locais nojentos e sendo difícil de limpar -, mas neste momento só conseguia pensar que iria perder sua virgindade com um monstro. Que iria conseguir finalmente sua primeira especialização e que teria uma chance maior de conseguir ganhar sua passagem para o interuniversitário.
Mas sua mente ficou completamente vazia quando sentiu a pele fria e seca da cobra ao subir nela para conseguir lhe penetrar. Viu a diversão, quase que maligna, nos olhos de Fiat e Can tratou de ignorar para o seu próprio bem. Se posicionou e começou a deslizar para o interior das escamas dele. Imediatamente sentiu o hemipênis dele, sentindo os esporões massageando o seu sexo. Achou que seria doloroso e fosse lhe machucar, mas estranhamente isso não aconteceu.
Viu-se segurando no corpo humano dele, porque sentiu o seu prazer sair de si e arfando, não imaginando que fosse ser tão rápido.
- Sua primeira vez, Can?
Acenou com a cabeça de maneira positiva, não tendo coragem de realmente observar o monstro que estava em cima. Sentiu as mãos dele no seu rosto e sentiu a força dele lhe fazendo-o lhe observar. Percebendo que estava sorrindo de maneira suave, quase que amorosa, embora não fosse exatamente isso.
- Sim. Foi a primeira vez.
Fiat se aproximou e lhe deu um selinho, pegando o menor de surpresa e sorriu de novo.
- Isso tem poder para mim, Can, um grande poder. Eu aceito fazer o contrato com você, mas iremos fazer mais algumas vezes antes da sua competição. Certo?
Can acenou com a cabeça de maneira positiva, mas não saiu de dentro dele ainda, porque ainda estava ereto e precisava de mais. Por isso, mesmo que a Naga tivesse concordado em ser seu parceiro temporário, recomeçou a se movimentar. Fiat soltou um gemido surpreso e agradável. Por um segundo, achou que fosse ser posto para fora, mas ele apenas deixou que continuasse.
Seus movimentos eram vigorosos e rápidos, como normalmente costumava quando se masturbava em sua cama, a diferença era que tinha dois pênis massageando o seu e servindo para lhe dar prazer. Segurou com mais força na parte humana e Fiat lhe abraçou de volta, deixando com que ele fizesse como quisesse. Achava que estava gostando, porque ele parecia estar gemendo de maneira apreciativa.
Dessa vez demorou mais e dessa vez se viu ficando plácido, assim como sonolento como se tivesse sido drenado. Não sabia se Naga podiam drenar energia através do sexo, mas não achava que fazia diferença agora. Sentiu os lábios igualmente frios de Fiat em sua orelha.
- Você foi bem agora, Can, muito bem pela segunda vez.
Se virou para o Naga e sorriu pouco antes de fechar os olhos, caindo em um sonho esquisito.