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Yeonjun não sabe.
Ele não tem ideia de como foi parar naquela situação. Sua mente confusa só conseguia se lembrar de algumas partes. Ele estava na sala, jogando com Beomgyu — e ganhando —, mas as coisas começaram a tomar um rumo diferente depois.
Ele não conseguia entender.
Em um momento estava em uma guerra de almofadas com Beomgyu, ambos descabelados, ofegantes e gritando muito. Eles tinham sorte de o dormitório estar vazio, caso contrário pensariam que estavam se matando.
Porém, no momento seguinte Beomgyu estava sobre seu colo e então sua respiração travou algumas vezes, ele começou a suar frio e se arrepiar. Seu coração ficou acelerado e ele nem sabia onde tocar Beomgyu, ou se deveria tocar.
Sua mente simplesmente deu um branco total só de sentir o peso do corpo do seu amigo em suas coxas. Beomgyu estava normal, aparentemente, sorrindo e até pulando. As mãos dele pousadas sobre o peito de Yeonjun passava o calor para a pele mesmo por cima da camisa.
— Estúpido! — Beomgyu estava rindo ainda mais, ele provavelmente estava se referindo a guerra de almofadas que eles acabaram de vivenciar, mas Yeonjun não conseguia pensar direito.
Não com Beomgyu sentado em seu colo.
Não. Isso não deveria estar acontecendo.
Seu corpo era fraco quando se tratava de Beomgyu, isso falando sobre desejos carnais. No coração era pior.
Mas Beomgyu adorava esse jogo. Talvez ele amasse ver o desespero no olhar de Yeonjun, sabendo que ele não podia fazer nada.
Eles não podiam fazer nada.
— Eu… não tenho culpa que você é um jogador ruim.
Yeonjun soltou um pigarro na garganta, primeiro que ele queria acordar para a vida e também passar um pouco de confiança em sua voz, mesmo sendo óbvio que estava nervoso.
Beomgyu rolou os olhos, nesse momento, Yeonjun achou que ele fosse se levantar, mas não fez.
— Vamos jogar outra partida? — perguntou.
— Acho que devemos dar um tempo e arrumar essa bagunça, os meninos podem chegar e- — Beomgyu revirou os olhos. Ele deitou sua cabeça no peito de Yeonjun e suspirou.
— Não precisamos fazer isso agora. Deveríamos aproveitar que estamos sozinhos, faz um tempo que não ficamos assim… — Beomgyu suspirou. Ele fez círculos imaginários sobre o peito de Yeonjun, sua voz soando um pouco abafada por estar com as bochechas amassadas.
Yeonjun só podia mandar um pedido de ajuda aos Céus agora.
Seu coração começou a bater rápido demais e Beomgyu, com certeza, notou isso.
Claro, eles eram amigos, mas Yeonjun realmente evitava ficar sozinho com Beomgyu por muito tempo, ou muito perto, tipo agora.
Era perigoso demais.
Que culpa ele tinha de que Beomgyu era tão lindo pra caralho? Foda-se, Yeonjun jura por Deus. Quando estava sozinho em seu quarto, antes de dormir, a imagem que vinha em sua mente era um garoto lindo de cabelos longos, olhos escuros e um sorriso travesso.
A voz que invadia seus sonhos sussurrava 'Yeonjun hyung', sôfrego, baixinho, gemendo em seu ouvido, quase tão real que Yeonjun até acordava atordoado.
Isso não podia acontecer de forma alguma!
— Você sabe porquê não passamos tanto tempo juntos… sozinhos… — Yeonjun deu um ênfase bem grande com sua voz no 'sozinhos', reforçando essa palavra para entrar de vez na cabeça de Beomgyu.
Sinceramente, era muito difícil.
Era muito difícil lutar sozinho uma guerra.
Enquanto Yeonjun estava tentando se manter firme pelo bem do grupo e pelo bem da sua saúde mental, Beomgyu estava disposto a fazer tudo totalmente ao contrário.
— Por que? — Beomgyu levantou sua cabeça, ele tinha os olhos estreitos e a testa franzida. De propósito, ele subiu mais no colo de Yeonjun, se sentando bem em cima da virilha dele.
— Beomgyu.
— Por que não podemos ter um tempo só pra gente, assim… sozinhos… — a última parte soou baixinha. Beomgyu aproximou o rosto do pescoço de Yeonjun e se enterrou ali, aspirando o perfume bom, o cheiro dele que Beomgyu tanto amava e por isso vivia pegando suas roupas. — Hyung…
— Beomgyu — a voz falhou. Sem querer, suas mãos foram parar nas coxas de Beomgyu.
Ele tentou se ajeitar no sofá para que Beomgyu saísse daquele lugar perigoso, mas não adiantou, tudo o que Yeonjun fez foi arrastar a bunda dele por cima do seu pau adormecido que estava acordando aos poucos.
— Merda… Merda, merda, merda — Yeonjun jogou a cabeça para trás e suspirou.
Ele arrastou suas mãos pelo corpo de Beomgyu sobre o seu, passando pelas costas dele, até chegar na nuca, então agarrou os longos cabelos entre seus dedos e o fez olhar em seus olhos.
— Beom, preste atenção. — Beomgyu não estava prestando atenção , ele só conseguia olhar para a boca de Yeonjun. — Não podemos beijar, você sabe, não sabe?
Beomgyu parecia atônito, apenas sentia a mão firme de Yeonjun puxando seus cabelos. Como ele poderia raciocinar desse jeito?
— Aham… Eu sei — eu sei, mas eu não me importo.
— Então eu acho melhor você se comportar. Você sabe muito bem que não podemos fazer isso, porra.
— Ah… Hyung, eu não consigo. Se você puxar meu cabelo assim… — a voz de Beomgyu saiu trêmula.
Na hora, Yeonjun soltou os cabelos de Beomgyu. Ele arregalou os olhos e tentou se recompor. Mas Beomgyu, não.
Beomgyu deixou que um gemido suave saísse de seus lábios quando Yeonjun soltou seu cabelo, ele segurou firme o peitoral, os braços de Yeonjun, e impulsionou seu corpo para frente e para trás, se esfregando devagar.
Yeonjun gemeu.
— Beomgyu, porra, não faz isso.
— Só um pouquinho, por favor, só… ah… — ele fez de novo, e de novo, e Yeonjun estava endurecendo como um louco.
— Beomgyu, não podemos. — Muito devagar, Yeonjun segurou o rosto de Beomgyu com as duas mãos. Os movimentos pararam por alguns segundos, mas no lugar deles, Beomgyu roçou seus lábios contra os dele.
— Não podemos fazer isso? Assim, hyung? — Beomgyu colocou a ponta da sua língua para fora e lambeu a boca de Yeonjun. Depois roçou os lábios de novo, e de novo, cada vez mais forte, tanto que ele já conseguia sentir o gostinho de beijo.
Yeonjun era como um idiota. Seu corpo ficou fraco, relaxando abaixo de Beomgyu. Ele não tinha o que fazer. Não com aquela boca tão perto da sua, os lábios entreabertos, a língua o lambendo.
— Não podemos mesmo beijar?
— Não. — Yeonjun disse, ele não tirava os olhos da boca de Beomgyu. — Foda-se.
Subitamente, Yeonjun segurou o pescoço de Beomgyu e o puxou, arrastando sua boca na dele e depois aprofundou o beijo.
Um gemido saiu da sua garganta, se perdendo na boca de Beomgyu, eles se agarraram e gemerem juntos, tornando o beijo afoito e desesperado. As cabeças se moviam, a sede de contato era absurda, como se precisassem disso para viver.
Yeonjun apertou, puxou os cabelos de Beomgyu e isso o fez gemer mais alto, ele abriu a boca e isso foi a deixa para que Yeonjun enfiasse sua língua.
Beomgyu espalmou o peitoral de Yeonjun, o arranhando por cima da camisa. Ele se remexeu ainda mais mais sobre o colo, rebolando devagar, sentindo seu corpo ficar quente. Yeonjun sugava seus lábios, lambia, brincava com a sua língua. Beomgyu estava fraco e tonto.
Beijar Yeonjun era enlouquecedor. De alguma forma suas pernas queriam se fechar, se contorcer, mas ele não podia. Yeonjun notou que ele estava inquieto e sorriu durante o beijo, descendo com suas mãos para as coxas de Beomgyu, as apertando.
— Ah… Hyung… — Beomgyu parou o beijo apenas para gemer. Yeonjun segurou seu rosto novamente, apertando suas bochechas.
Seus olhos se encontraram, estavam carregados de luxúria.
Beomgyu, desesperadamente, foi em busca dos lábios de Yeonjun para beijar mais.
Yeonjun fechou os olhos e gemeu arrastado porque ele estava duro pra caralho agora.
— Nós não podemos… Isso é… — ele deu um selinho em Beomgyu e lambeu a boca entreaberta depois — errado… isso é…
Então ele beijou mais.
Um beijo mais forte do que o primeiro.
Agarrou com força a camisa de Beomgyu e a puxou para cima. Ele mordeu o lábio inferior do mais novo, o beijo era molhado demais então um pouco de baba escorreu, mas foda-se! O gosto de Beomgyu já estava cravado em sua língua, mas isso não bastava.
Sua boca se arrastou para o pescoço de Beomgyu, ele raspou seus dentes ali, mordeu e chupou.
Beomgyu choramingou, ele se segurou forte nos ombros de Yeonjun, mas tudo ficou pior quando seus mamilos foram abrigados com a língua dele.
— Hyung… Hyung… Quente… Ahn… Oh, meu Deus…
Beomgyu se segurou como pôde, ele fechou os olhos com força e não parou de gemer, quase gritando. Ele nem sabia que poderia ser tão sensível assim. Yeonjun lambia e chupava seus mamilos com força, ele mordia o biquinho e puxava, depois sugava de novo.
Além do mais, suas mãos apertavam a bunda de Beomgyu, separando as bandas por cima do shortinho que ele usava, quase cravando seus dedos.
Ele tinha fome, sede.
Não se importou em deixar marcas pequenas em volta dos mamilos, nem no peitoral de Beomgyu. Para dizer a verdade, Yeonjun queria o marcar inteiro.
Beomgyu socou sem forças os ombros de Yeonjun, mas ainda sentia a língua quente tomando seus peitinhos. Era tão bom que ele se sentia fraco. Seus pênis já estava duro, formando uma tenda em seu short. Ele tentava arrastar, roçar sobre o colo de Yeonjun, mas isso não parecia ser o suficiente.
Para Yeonjun também não.
Em segundos, ele pegou o corpo de Beomgyu e jogou no sofá, para o lado. Beomgyu, como uma gelatina, caiu deitado entre as almofadas, com as pernas abertas e com Yeonjun debruçado entre elas.
Eles se beijaram mais, porém Yeonjun colou seus corpos e começou a foder Beomgyu por cima das roupas.
Beomgyu ficou cego, ele puxou a camisa de Yeonjun para cima, para tirar de uma vez, então o mais velho ficou de joelhos no sofá e ele mesmo tirou sua camisa, devagar, dando à Beomgyu uma vista incrível do seu corpo. Seu peito nu, os mamilos marronzinhos e eriçados, e talvez a pior parte, ou melhor: a marca do pau de Yeonjun, tão duro pra caralho, sob o short que ele usava.
Beomgyu negou com a cabeça, ele queria muito fechar suas pernas, porra, mas Yeonjun as abriu mais, passando a mão na virilha dele, apertando a ereção e masturbando por cima do shortinho. Beomgyu gemeu alto.
Ele queria se esconder de vergonha e tesão. Talvez isso estivesse indo longe demais, mas nada os impediria agora.
Yeonjun voltou, ele deixou beijos molhados na barriga de Beomgyu, subindo pelo pescoço e queixo, depois o beijou.
Beomgyu arranhou suas costas, o pau dele pulsou com a sensação da dor. Sinceramente, Beomgyu se sentia tão molhado lá embaixo que pediria para Yeonjun socar seu pau sem preparação, mesmo sendo um virgem de merda.
O tesão estava o deixando cego.
— Yeonjun — ele chamou, a voz baixinha e rouca.
Me foda, me foda agora, por favor, por favor, eu imploro.
— Yeonjun hyung…
Beomgyu não conseguia falar, ele apenas levou suas mãos até o cós do próprio short e puxou para baixo. Yeonjun começou a fazer o mesmo. Porra, eles estavam loucos.
— Beomgyu… Porra, eu preciso…
— Sim, sim, sim… por favor, por favor, me foda, por favor, hyung.
Beomgyu estava chorando.
A cabeça do pau de Yeonjun apareceu, tão molhada e grossa, e então o barulho da porta sendo destrancada preencheu os ouvidos deles.
Risadas, gritos e falas.
— Ah, não… não, não, não…
Beomgyu começou a chorar muito, muito mesmo.
Yeonjun, sem saber o que fazer, caiu para o chão. O baque surdo no tapete o fez se contorcer de dor. Ele subiu seu short, mas não conseguia fechar as pernas de tão duro que estava.
Em um segundo a cabeça de Taehyun apareceu na sala.
— Por que o hyung está chorando?
— Perdeu dez vezes para mim no game — sua fala soou mais como um gemido.
Taehyun olhou para Beomgyu, depois olhou para Yeonjun.
Depois saiu da sala.
— Tá tudo bem, eles estavam se matando de novo.
Sim, estavam quase se matando de tanto trepar.
— Hyung… — Beomgyu chamou baixinho. Agora que Yeonjun levantou o olhar para ele, viu que tinha uma almofada entre as pernas, e ele ficava roçando, se esfregando nela. Os cabelos dele estavam um caos, o rosto super vermelho e, porra, eles estavam sem camisa.
Por sorte para os membros era normal andar sem roupa em casa.
— Isso… Não vai acontecer… — Yeonjun disse com a voz trêmula.
Beomgyu se sentou depressa, chorando.
— Não! Meu Deus, por favor, por favor, hyung.
Yeonjun começou a andar em direção ao seu quarto, mas Beomgyu o agarrou.
— Porra, não faz isso comigo, eu preciso tanto, eu imploro! — Beomgyu gritou a última parte, sem se importar se alguém iria ouvir.
Yeonjun não pôde olhar para trás, ele se livrou de Beomgyu e sumiu para o quarto.
— Inferno, inferno… Filho da puta! — Dessa vez, ele não se importou se os membros ouvissem. Beomgyu tacou uma almofada na porta do quarto de Yeonjun e chutou.
Os meninos espiavam tudo um pouco ao longe.
— Acho que eles levaram esse jogo a sério demais.