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Free Use

Summary:

Sehun descobre o pequeno fetiche de “uso livre” do seu melhor amigo de um jeito um tanto curioso, e por mais que sua cabeça dissesse para negar as coisas que o Kim o implorava para fazer, não havia nada que o pudesse impedí-lo de se render à insanidade que Jongin trazia junto com aquele sorrisinho aparentemente inocente e jeitinho doce.

[ sekai | one shot | pwp ]

Notes:

essa fic foi escrita em 3 dias no meu periodo fértil espero que estejam felizes
não houve revisão, apenas tesão
não me cancelem antes de ler sobre bdsm

AVISOS: CNC, BDSM, Abuso Consentido, Humilhação, Brotheragem, Free Use, Overstimulation

(See the end of the work for more notes.)

Work Text:

 ✂️

Free Use: Capítulo Único

 

Jongin era uma pessoa complicada, mas para Sehun, isso nunca foi um problema. Eram melhores amigos desde que se conheciam por gente, e não houve uma vez sequer — não que Sehun se lembrasse — que não realizou um desejo do Kim.

“Pode conseguir aquele ursinho de pelúcia para mim?” Jongin perguntou para o Oh quando tinham por volta dos 10 anos e jogavam a tarde toda no fliperama na esquina da casa dos dois. Naquela tarde, Sehun gastou todos os seus wons para conseguir o ursinho na máquina de garra, mesmo que ele tivesse enterrado entre um monte de outros bichos, que teve que tirar antes daquele para finalmente alcançar o urso. No fim, não se arrependeu.

Quando fizeram 13 anos, Jongin não se conteve nem por um segundo quando estavam na casa do moreno vendo um filme, e o Kim pediu com aquela vozinha suave “Sehunnie… Você bem que podia me beijar, para treinarmos, não é?”. Daquela vez, Sehun hesitou, mas não deixou de fazer o que seu garoto estava pedindo de forma tão terna. Estavam só praticando, no fim.

Era sempre assim, saíam juntos, e Jongin já nem precisava pedir pelas coisas, parecia estar subentendido entre os dois que Sehun sempre daria tudo o que o Kim quisesse num piscar de olhos, e bem… aquilo conseguia irritar Jongin de vez em quando de alguma maneira. Não soube ao certo quando Jongin passou a negar tudo o que Sehun fazia sem ele pedir, mas no fim, sempre via o sorriso no canto dos lábios do moreno quando o Oh não desistia e acabava fazendo mesmo assim.

A realidade era que Jongin era apenas teimoso, era o que Sehun achava, ou tentava se convencer disso. 

Sua percepção mudou um pouco no dia em que Jongin apareceu em seu apartamento com uma carinha xoxa, e quando o ruivo o acolheu em seus braços no sofá da sala, o Kim o beijou de novo. Os sentimentos do Oh ficaram confusos naquele dia, mas não negaria um beijo de Jongin se era aquilo que o faria feliz. Não sabia explicar de que forma uma coisa levou a outra e acabaram transando no sofá, depois no quarto, e depois no chuveiro, nem mesmo quando aquilo se tornou uma rotina.

Jongin aparecia em sua casa, conversavam um pouco, e não demorava muito, Jongin estava com a boca afundada em seu pau até o talo, gemendo e implorando para Sehun gozar em sua língua. A rotina, no entanto, desapareceu tão rápido quanto. Já tinha uma semana que o Oh não ouvia de Jongin. Ele não aparecia na faculdade, não respondia suas mensagens, e nas duas vezes que foi procurá-lo em casa, ele não estava — havia confirmado com o porteiro.

Isso até que um dia se encontraram num lugar improvável: na porra do estúdio de tatuagens em que o Oh havia ido para iniciar seu emprego de body-piercer. Havia concluído o curso necessário, enviado o currículo para Seulgi e Joohyun, as duas tatuadoras que eram donas do estúdio em um dos prédios mais altos de Seul. E Jongin estava lá, jogando conversa fora com a morena com o sidecut, alargador na orelha e piercing no septo.

O queixo de Jongin caiu na hora vendo o melhor amigo. — O que você tá fazendo aqui?

— Eu trabalho aqui! — Sehun falou, ainda chocado com toda a intimidade pela maneira que ele e Seulgi tomavam chá e batiam papo.

— Sehun, meu deus, oi! — a morena finalmente se levantou, deixando o amigo de lado por um momento para ir até o novo bodypiercer que ela e a namorada haviam contratado. — A Joonnie saiu, precisou resolver algumas coisas. Você assinou o contrato ontem, não é? 

A garota falava, mas os olhos do ruivo ainda estavam fixos no melhor amigo, que agia como se tivesse sido pego fazendo a coisa mais horrorosa do mundo. Meio que havia sido mesmo. Sehun passou aquelas semanas preocupadíssimo com o Kim, até para a mãe dele havia ligado, mas a mulher também não sabia, e sinceramente, ela não era a fã número um de Sehun, o que o impediu de ligar de novo pedindo por mais informações.

— Ah! O contrato, foi! Eu falei com a Joohyun. — falou meio no automático. — Vocês se conhecem? — o ruivo não conseguiu evitar o tópico por muito tempo, e logo Jongin abraçou a Kang por trás.

— Sim, fazemos aula de contemporâneo juntos! — o Kim falou, apoiando o queixo no ombro dela, mas a morena logo rolou os olhos e o afastou, o que resultou nos dois rindo e Sehun com o queixo caído. Que tipo de intimidade era aquela de seu melhor amigo e aquela garota que até tinha uma afinidade antes de ela simplesmente roubar o seu Jongin? — Gigi, esse é meu melhor amigo, aquele de quem eu estava te falando.

A expressão no rosto de Jongin era sempre extremamente sem vergonha. Nem parecia que não estava nem falando com Sehun até se encontrarem ali totalmente por acaso, às vezes o ruivo se perguntava como que o moreno se aguentava, se ele fingia aquela tranquilidade toda ou se ele era apenas assim, totalmente cara de pau como sempre havia sido desde que eram crianças. 

Sehun estava tão focado no melhor amigo que nem percebeu o quão vermelha a face da Kang ficou assim que Jongin revelou que seu novo funcionário era o mesmo homem que o amigo descrevia de forma tão gráfica e sem vergonha quando estavam só os dois juntos fofocando, com detalhes até demais, diga-se de passagem. Para a surpresa de Jongin, no entanto, que não esperava que aquele fosse o novo piercer de quem a amiga falava tão bem das competências.

— Bem, eu tenho jazz daqui a pouco, Gigi, te vejo mais tarde? — o Kim perguntou à amiga, que somente afirmou com a cabeça, e Sehun se viu apertando o punho com um pouquinho de força, principalmente quando o Kim olhou no fundo de seus olhos e então passou por si até chegar no elevador, e então foi embora sem falar nada.

Sehun sentia que poderia enlouquecer em breve, mas segurou as pontas durante seu primeiro dia de trabalho, porque, bem, ainda precisava e gostava daquele emprego, além disso, tinha pessoas demais agendadas naquele dia para simplesmente se render à vontade de colocar Jongin contra a parede e fazer ele engolir algumas coisas — em todos os sentidos possíveis.

Isso não o impediu, no entanto, de pilotar sua moto no final do dia até o estúdio de dança em que ele frequentava, e que a essa hora sabia estar vazio, somente para vê-lo, afinal, sabia também que ele ficava ali além do tempo de vez em quando.

Quando chegou, Kim se alongava na barra após horas e horas de aula. Hoje em dia, ele não apenas fazia aula ali, mas também dava algumas, além de ficar até tarde ensaiando. No fim, todo mundo sabia que a faculdade de Direito que ambos faziam não era com o que, de fato, nenhum dos dois queria trabalhar, e estava tudo bem. Ainda podiam se ocupar com suas verdadeiras paixões no contraturno de qualquer maneira.

— Oi, Sehunnie. — o Kim terminou de se alongar, agora observando Sehun pelo reflexo do espelho. 

— Não faz essa merda comigo, Jongin, me fala logo o que tá acontecendo. — o Oh entrou na sala de dança sem tirar os sapatos, e as solas dos coturnos contra o linóleo limpo deixaram Jongin profundamente incomodado. Sehun sabia, mas não fez nada sobre isso. — Você decide aparecer na minha casa, implorando para eu te foder, torna isso parte da nossa rotina, e depois nem fala mais comigo? Você é maluco?

— Sehunnie, não é assim, — um biquinho se formou nos lábios do moreno. 

— É assim sim! Se eu soubesse que essa porra ia destruir nossa amizade, eu não teria cedido quando você pediu da primeira vez.

— Ai, Sehun, pode parar, você sabe que isso é apenas uma grande mentira. — o biquinho se transformou numa expressão de raiva, mas não raiva de uma forma agressiva, raiva sendo expressada da mesma forma que uma criança mimada expressaria ao não ganhar seu doce favorito.

— Como é? — o ruivo cruzou os braços, chocado. — Você nem fala mais comigo, pode pelo menos me dizer o que eu fiz de errado?

Jongin mordeu o cantinho interno da boca, pensando em como poderia externalizar aquele tipo de coisa. Como poderia dizer ao seu melhor amigo que estava cansado de ter que pedir pelas coisas, e que preferia bem mais se ele simplesmente deixasse de ser lerdo e o fodesse de uma vez, da forma como ele bem entendesse? Céus, não era como se Jongin odiasse ficar por cima — mais uma vez, em todos os sentidos —, mas às vezes, principalmente com Sehun, tudo o que ele queria era ser subjugado como uma cadela.

— Bem, é mais o que você não faz de certo. — o Kim foi tão direto que Sehun piscou algumas vezes, tentando entender. — Droga, Sehunnie… É que, bem… Você sempre está fazendo tudo o que eu quero, tudo o que eu peço para você fazer, mas, cara, isso acaba comigo. A realidade é que eu amo ser seu melhor amigo, e eu também gosto muito de transar com você, mas às vezes, eu queria que essa segunda parte partisse de você. 

— É isso que você quer que eu faça?

— É isso que eu quero que você queira fazer, entende? Sei lá, para de me perguntar o que eu quero o tempo todo. Isso me irrita profundamente de vez em quando. Às vezes… Sei lá, eu só queria que você me usasse do jeito que você bem entender.

As palavras saíram de maneira tão clara da boca de Jongin que Sehun quase não processou tudo.

— No sentido- ?

— Sexual. — o Kim deixou ainda mais claro. — E eu não quero ter que pedir por isso. É mais difícil explicar do que parece, mas… Bem, recentemente eu me deparei com o conceito de free use , sabe o que é isso? — o Kim perguntou daquele seu jeitinho inocente. Ele poderia falar as maiores atrocidades naquele tom de voz e com os olhos brilhantes que Sehun acharia adorável, sinceramente. — É quando você fica totalmente à disposição de alguém, de maneira sexual, sem pedir permissão… e eu queria muito testar isso, e acontece que você é a única pessoa possível em quem eu confiaria para fazer esse tipo de coisa, mas antes eu precisava testar se, sabe, você gostaria de transar comigo em outros contextos.

Sehun estava simplesmente perplexo. Era tanta informação em sua pequena cabecinha que ele mal conseguia pensar direito. Se fosse qualquer outra pessoa no mundo admitindo uma coisa dessas para si, o ruivo se sentiria traído, usado ou qualquer coisa do tipo, mas Jongin? Ah, Jongin não tinha ideia da quantidade de exceções que o Oh faria para ele.

— Bem, se isso te conforta, eu gostei pra caralho de transar com você, mas não é disso que eu sinto falta, é de você inteiro, sabe… De ficar perto de você. — o Oh coçou a cabeça, fingindo para si mesmo que não havia sonhado com aquela bunda rebolando no seu cacete, batido uma no banho pensando no melhor amigo, e depois se sentido culpado por estar pensando nele como a porra de um objeto sexual, só para dias depois ele admitir na maior cara lavada que queria, e muito, ser tratado como tal.

Jongin também não sabia como se sentir. Desde o início, não queria afetar sua amizade com Sehun, e entendia que havia sido errado não ter conversado com ele antes de tudo aquilo começar, mas conhecia muito bem o melhor amigo, bem o suficiente para saber que aquele filho da puta, por ser vanilla para um caralho — ao menos na cabeça do Kim —, nunca apoiaria a ideia de Jongin simplesmente sair entregando seu consentimento nas mãos de outras pessoas assim. Até porque ele se tremia de ciúmes só de saber que o Kim tinha amigas, mesmo ele sendo o maior gay do mundo.

Tirando isso, haviam outras razões que faziam o Kim ter certeza de que Sehun era a pessoa mais do que certa para o que ele planejava. Além de extremamente ciumento, o que impedia o envolvimento de terceiros na vida do moreno, os dois se conheciam o suficiente para que o Oh soubesse de todos os desejos mais profundos de Jongin, os dois se conheciam como ninguém. Depois, Sehun jamais negaria nada ao Kim, principalmente se fosse pedido com jeitinho, algo que Jongin vinha usando a seu benefício há tantos anos que se aproveitar da boa vontade do melhor amigo já havia se tornado seu próprio fetichezinho pessoal.

A melhor parte era que Sehun sabia disso, e nenhum dos dois parecia querer conversar sobre aquela relação provavelmente tóxica e codependente dos dois. O que importava era que ambos se encontravam ali de seu jeitinho único, e até trazia um quentinho para o coração do moreno pensar que teria Oh Sehun ao seu lado para o resto de seus dias, afinal, também não estava nada disposto a largá-lo de mão. Não importava quais limites qualquer um dos dois cruzassem.

— Você sabe que uma coisa não tem nada a ver com a outra, eu já sou seu há muito tempo, assim como você é meu. Mas eu tenho necessidades, Sehunnie, e bem, se você não puder suprí-las, ninguém mais pode. Eu preciso de você . E bem, eu até poderia ir atrás de outra pessoa, já que você só quer ser meu amigo-

— Não fala essas coisas… — o Oh  franziu as sobrancelhas, não gostando da conversa de “achar outra pessoa”. — Eu te dou o que você quiser, sabe disso, posso ser o que você quiser também. — o Oh o abraçou. — Vamos, me explique melhor.

Jongin, sentindo os braços do ruivo ao redor de sua cintura, acabou sorrindo satisfeito por fim. Não estava surpreso com aquela colocação, e até se animou quando ele pediu para explicar melhor. 

— Você sabe o que é BDSM, não sabe? Conhece o conceito de palavra de segurança? — o Kim decidiu começar por ali.

— Estou familiarizado, Jonginnie. — riu fraquinho da maneira tão adorável que ele falou aquilo.

— Tudo começa com uma palavra de segurança. Eu escolho uma, e você pode fazer o que quiser comigo, quando quiser, a qualquer momento, e bem, a palavra de segurança só seria usada em momentos extremos, em que eu realmente não me sentir confortável. — endossou aquela parte. — De resto, você pode me tocar… quando e onde quiser. Em qualquer situação. Pode me pedir o que quiser que eu faço. Mas eu não vou pedir nada, Sehun, eu não quero ter que pedir por nada. Entendeu?

O Oh não soube dizer exatamente quando foi que começou a conseguir ouvir as batidas do próprio coração enquanto Jongin falava, e sinceramente, nem era pelo conteúdo, e sim pela realização de que ele havia sequer cogitado fazer esse tipo de coisa com outra pessoa que não ele. Acontece que, desde o início, Sehun não era vanilla coisa nenhuma, e todas as vezes que reprovou Jongin por falar algo sobre tudo o que ele queria fazer, era porque jamais admitiria que alguém que não ele próprio tivesse esse tipo de poder sobre o seu garoto.

— Quando você diz tudo… ? — o Oh precisava saber das especificações. Tinha certeza que Jongin tinha muito mais ideias absurdas sobre possíveis cenários sexuais do que ele mesmo, o que não o impedia de pensar em novas coisas por ele. Ah, por ele, Sehun faria uma graduação em absurdos só para ver seu Jongin feliz.

— Quando eu digo tudo, quero dizer que se você não precisa segurar seu lado mais doentio perto de mim, Sehunnie. Nunca precisou antes, por que precisaria agora? Eu já disse que sou seu, preciso dizer mais alguma coisa? 

O Kim estava ficando impaciente, e ao mesmo tempo, havia uma pequena batalha dentro de Sehun, porque agradar Jongin sempre havia significado subjugar suas próprias vontades e colocar as dele acima de tudo, mas o que faria agora que a vontade dele era ser usado por si? Havia uma pequena contradição ali.

— Se eu te conheço, Kim Jongin, você já pensou em uma palavra de segurança, e só está esperando eu dizer que tudo bem para me apresentar toda a sua lista de “sims” e “nãos”.

E então, um sorrisinho um tanto sapeca apareceu nos lábios bonitos do moreno, e outro nos lábios de Sehun. — Minha palavra vai ser “vinho”. Se eu falar qualquer outra coisa além disso, você tem que continuar, certo? — Sehun afirmou com a cabeça. 

Decidiram ir para a casa do Oh, e enquanto sentia o peitoral dele colado em suas costas, na garupa de sua moto, Sehun soube que dali para frente, tudo iria mudar. Mas bem, tinha um bom pressentimento.

✂️

— Sehunnie! Cheguei! — o Kim falou, largando as chaves sobre a mesa após trancar a porta, junto com a bolsa com as coisas da faculdade. Havia chegado para almoçar naquele dia, como Sehun havia dito para fazer. 

Já haviam algumas semanas desde que começaram seu pequeno acordo, e bem, estava se saindo melhor do que Jongin pensou que seria. Quando chegaram naquele dia, mesmo antes de de fato conversarem, o Kim não conseguiu resistir, e na maior manhã, acabou beijando Sehun. Percebia que aquela virada de chave entre os dois não havia acontecido de forma tão natural quanto aconteceria na cabeça de Jongin, talvez Sehun ainda demorasse uns dias para se acostumar…

Foi o que aconteceu. No primeiro dia, o máximo que o Oh fez foi apertar a bunda do Kim quando estavam na cozinha, passando o café só nas cuecas boxers em que havia dormido usando na esperança de ele fazer algo. Jongin empinou ainda mais a bunda no pau dele, e só então que o ruivo passou a se esfregar ali. Bem, estavam no caminho certo, aos poucos chegariam lá.

Não demorou mais de dois dias, no entanto, para que o Kim acordasse de manhã com a mão de Sehun dentro de sua cueca. Aquilo sim lhe tirou um sorriso disfarçado, e até rebolou contra a mão dele, roçando a bunda no pau desperto, se perguntando se ele havia acordado mais cedo só para aquilo, e a ideia o deixava mais satisfeito do que uma pessoa sã deveria achar.

Desde então, todos os dias antes da faculdade, ou antes de Sehun deixá-lo em casa para ir ao estúdio de tatuagens, rolava no mínimo uma rapidinha. Naquele dia específico, havia acordado amarrado à cabeceira da cama, com Sehun entre suas pernas e beijando seu pescoço. Agora sim havia ficado interessante, era o que o moreno pensava, sempre um passo à frente do Oh, se perguntando quando isso viria a mudar. 

Aparentemente, hoje era o dia, pois depois de não achar o melhor amigo pela casa, finalmente reparou em algo diferente em cima da bancada da cozinha americana, uma caixinha prateada com um laço vermelho escuro. O Kim sorriu de maneira genuína, não era uma caixa grande, cabia em suas duas mãos se fizesse uma concha, mas ao desfazer o laço e ver o conteúdo, engoliu em seco.

O objeto metálico estava sobre uma pequena almofada de veludo vermelho, o cockcage brilhava em toda a sua gloria, e quando Jongin o pegou em suas mãos, não conseguiu nem fazer uma ordem decente da melhor para a pior atrocidade que pensou em Sehun fazendo consigo enquanto usava aquilo. Céus, agora sim sentia que estavam brincando de verdade, até sentiu um arrepio. Só conseguiu agradecer internamente porque pelo menos seu pau cabia ali sem tanto esforço.

Quando procurou a chave, no entanto, não achou dentro daquela pequena caixinha, e se perguntou o que o ruivo estava planejando, até que sentiu o telefone em seu bolso vibrar, e fez um biquinho, se perguntando o que estava acontecendo. Sehun não costumava ser assim misterioso, nunca foi, Jongin sempre o conheceu bem demais, até gostava daquele jeitinho objetivo e levemente quadrado dele. Achava extremamente sensual, na verdade, a forma como ele nem sempre sabia improvisar. Chegava a morder o lábio pensando no quanto ele havia planejado cada detalhe de tudo aquilo, e riu sozinho, um tantinho travesso.

Quando abriu o telefone, viu uma mensagem do ruivo, abrindo o chat e sorrindo. 

Sehunnie
Me encontre na cafeteria da esquina.
Use seu presente, por favor, seja um bom garoto, sim? 

O Kim até mesmo sorriu com a última parte. “Bom garoto”... Se sentia muito bobo por se sentir feliz ouvindo aquele tipo de coisa, mas o que podia fazer se era realmente o submisso dos sonhos de qualquer pessoa? Tinha pleníssima consciência daquilo, e ficava feliz de ser reconhecido, poxa, não era uma coisa ruim ter consciência de suas qualidades.

Até mesmo poderia responder o Oh com uma provocação, mas decidiu responder com um emoji sorrido e um coração flechado em confirmação. Até que se deu conta de algo um tantinho importante. 

Nini
Mas Sehunnie, a chave não está
aqui, não vou conseguir tirar depois. :(

Sehunnie
Não se preocupe, Nini, apenas coloque
e venha.

O Kim então encarou o objeto em suas mãos, suspirando e então tirando as roupas para ir tomar um banho antes de colocar aquela coisa. Não sabia quando Sehun iria deixá-lo tirar aquilo, e bem… Era bastante torturante ficar com o membro preso ali por tempo demais. Por mais que tivesse sua palavra de segurança, não gostava de usá-la por qualquer motivo, não via sentido em usá-la o tempo todo se seu objetivo era se submeter.

Não, iria colocar aquele troço, vestir uma roupa e ir encontrar Sehun, e foi isso que fez. Colocou um cropped com um cardigan por cima, uma bermuda cintura alta e seus all stars cano alto, e finalizou como chave de ouro colocando o cockcage com bastante cuidado. 

Quase pensou que as bolas não passariam por aquele buraco, mas com o membro flácido, não foi tão difícil fazê-lo se acomodar na cavidade. O que o incomodou mesmo foi a parte que entrava em sua uretra, aquilo sim doía um pouco, nem imaginava ter uma ereção ali dentro, chega se tremia de pensar naquilo. Sehun era realmente — “um filho da puta”, quis pensar — um sem vergonha.

Quando finalmente fechou a trava percebeu que estava condenado. Esperava de verdade que não fosse conversa do ruivo e que ele realmente tivesse tudo sobre controle porque nem queria pensar no que aconteceria se não conseguisse tirar aquele troço dali. Para alguém que Jongin considerava não entender tanto de BDSM como Sehun, ele estava o surpreendendo. Chega ficava animado de pensar, mas o gelado do metal envolvendo seu falo não o deixava se empolgar demais.

Por baixo das roupas, incomodava ainda mais, se deu conta enquanto andava até o lobby do prédio parecendo que havia um acidente em suas calças. O Sr. Kang da portaria até perguntou se estava tudo bem, e respondeu docemente como sempre. Sentar no táxi em uma posição confortável também foi difícil, só conseguia respirar fundo, sentindo seu saco ser completamente amassado. Mordeu o lábio até chegar na cafeteria, e quando finalmente avistou o Oh, foi um pouco rápido até ele.

— Sehunnie, isso doi. — decidiu começar com sua pequena parcela de drama, enquanto isso, o ruivo riu fraquinho. — Você tem mesmo a chave não tem?

O Kim sentou-se ao lado do melhor amigo no sofá vermelho da mesa em que ele estava no canto, e Sehun riu fraquinho da reclamação. — Você tá muito bonito, Nini. — ignorou completamente o que ele tinha dito, e puxou de dentro da própria blusa, um cordão que tinha como pingente uma pequena chave prateada. — É isso que você quer? — Jongin afirmou com a cabeça, estendendo a mão para pegar a chave, mas Sehun colocou dentro da blusa novamente, negando da mesma forma que ele. 

— Sehunnie, não seja mau.

— Você gosta quando eu sou mau, você é uma cadela, Jongin. — falou com uma simplicidade que Jongin nem mesmo conhecia, sentiu um pequeno arrepio. Havia marcado “sim” na pequena lista informal dos dois para “humilhação”, mas até agora não tinha recebido nada, nem uma palhinha. Aquilo era novo, queria ver até onde ia.

— Me fale o que vai fazer. — pediu,e o ruivo o encarou. — Por favor, você está me deixando aflito, Sehunnie! — resmungou tão bonitinho… Sehun beijou sua bochecha, e então seu pescoço, levando uma mão até a cintura descoberta por baixo do cardigan.

— Você vai se comportar, e eu vou trabalhar, mas quero sua companhia. — falou, buscando a mão dele e levando até sua calça, sem dar a mínima para estavam em público. Apertou seu membro com a mão dele, e Jongin quem suspirou feito uma vadia. até mesmo sentiu o próprio membro doer dentro da contenção. O ruivo iniciou uma masturbação lenta em si mesmo por cima da calça, até que tirou a própria mão, sentindo a de Jongin continuar os movimentos e gemeu baixo e rouco em seu ouvido, mordendo-lhe o lóbulo da orelha onde ele tinha um brinco de argolinha dourada. 

Jongin mordeu o lábio, se aproximando mais do Oh como se implorasse por um pouquinho de contato também, como o bom menino dengoso que era, e ao mesmo tempo, evitava deixar aquele tipo de pensamento lhe invadir, porque sabia que iria doer ainda mais se tivesse uma ereção completa dentro da grade, seu membro tinha umas 3 vezes aquele tamanho quando estava duro, e nem imaginava como seria querer gozar e não poder. 

Sua mão acariciava o tecido mesmo assim, sentido o volume crescer abaixo de seus dedos e os gemidos roucos de Sehun de vez em quando agraciando seus ouvidos. — Faz isso direito, Nini, vamos. — o Oh colocou a mão dele dentro de sua calça, e Jongin quase latiu como uma cadela no cio ao sentir o pré gozo se formando na glande. — Eu podia te levar pro banheiro e enfiar meu pau na sua garganta até você não conseguir nem pensar sem se engasgar, mas você ia gostar disso, não ia? Puta sedenta do caralho. 

O Kim conseguiu apenas segurar um suspiro ouvindo tudo aquilo. Ah, droga , como queria que ele fizesse o que tanto queria de uma vez. Era diferente conhecer aquele lado de seu melhor amigo que nunca tinha visto antes, excitante demais.

Exerceu uma pressão extra no membro que masturbava, olhando nos olhos de Sehun e observando aos poucos o esforço que ele fazia para não gemer em meio ao toque, sentindo o aperto em sua cintura aumentando aos poucos, o que significava estar fazendo do jeito certo. Teve uma confirmação ainda maior quando ouviu o gemido grave em seu ouvido, e sorriu satisfeito.

— Sim, eu gostaria. — respondeu atrasado, mas Sehun já nem estava prestando atenção. — Mas não é isso que você quer ouvir, é? — agora sim decidiu provocar, subindo os dedos até a glande úmida e deslizando os dedos por ali e pelo frênulo antes de descer de novo para as bolas. 

Já tinha sentido a forma como ele se contraiu lá embaixo, preparado para ser xingado ou algo do tipo, mas de repente, foi afastado e empurrado para o lado. Não entendeu, e até fez um biquinho, olhando para o ruivo com uma carinha certamente frustrada, mas Sehun limpou a garganta e apontou com a cabeça para trás de si. Quando o moreno virou-se, deparou-se com a garçonete, que trazia dois pratos e olhava para os dois um tanto desconcertada, mesmo que não tivesse presenciado nenhum dos atentados ao pudor que os dois cometiam há poucos segundos atrás. 

— Lámen e nuggets de dinossauro. — a mulher falou, e Sehun afirmou com a cabeça, parecendo uma pessoa totalmente diferente de quando Jongin chegou ali. O Kim acabou sorrindo de uma maneira genuína, principalmente quando ele colocou o prato cheio de nuggets de dinossauro na sua frente, sabendo que eram seus favoritos.

— Você lembrou! — falou com os olhos brilhantes, abraçando Sehun agora, e deixando um beijinho em sua bochecha. O Oh sorriu de volta.

É claro que lembrava, Jongin se enchia daqueles nuggets desde sempre, era um dos motivos de nunca deixar faltar em sua casa, mesmo antes de praticamente morarem juntos como estava acontecendo nos últimos tempos. Sempre havia feito de tudo pelo moreno, e aquilo não mudaria nada, mesmo se estivessem fodendo o tempo todo agora. Além disso, ver Jongin todo feliz porque havia feito algo por ele era algo que deixava seus dias mais iluminados. 

Talvez não fosse uma novidade nem para si e nem para ele que se gostavam como mais do que amigos, mas nenhum dos dois parecia extremamente desesperado para mudar de rótulo assim de repente. Ah, sim, Sehun arranharia o carro e perseguiria com uma marreta qualquer pessoa que ousasse olhar para seu Jongin, mas isso já era outro assunto.

Quando terminaram de comer, o Oh pagou a conta, e então segurou na cintura do Kim com certa firmeza para guiá-lo até a própria moto. — Como eu disse, você vai me acompanhar no trabalho hoje, então é bom se comportar, Jonginnnie. E aquilo na mesa… Não acabou. — falou com um tom sério, logo antes de beijá-lo contra o veículo, segurando em sua nuca e praticamente devorando seus lábios no meio da rua. 

De uns tempo para cá, isso vinha acontecendo, e Jongin não se importava, até gostava daquela emoção no seu estômago sempre que tinham um contato mais intenso em espaços públicos, e também o fato de que Sehun quem iniciava todos eles, e ele quem terminava também, não importava se Jongin já estivesse satisfeito ou não, e aquilo o deixava com um tesão absurdo. 

Agora mesmo, Sehun havia acabado de soltá-lo subitamente e subido na moto, sem dar um segundo sequer de descanso para o moreno se recuperar e retornar para aquela realidade. Ainda reclamou que ele estava demorando, e logo o Kim sentou-se na moto, mesmo com o incômodo nas partes baixas parecendo ainda pior com a vibração do motor, e então abraçou a cintura de Sehun com força, após colocar o capacete.

Assim que chegaram no estúdio de Seulgi e Joohyun, o Kim ficou parado na porta, como se fosse uma criança esperando instruções do que fazer em um local público, e quando o Oh percebeu, achou um tanto adorável.

— O que está fazendo parado na porta? — perguntou.

—  Você disse para eu me comportar, onde posso ficar para não te atrapalhar? — perguntou com uma doçura na voz que às vezes Sehun se perguntava se era forçada ou não, mas sabia que era apenas o jeitinho do seu garoto, e não apenas isso, o jeitinho dele que tanto adorava. — O que foi? Quero ser um bom garoto, Sehunnie, não me olhe assim!

O ruivo riu. — Okay, meu bem, fique sentadinho ali, tudo bem? Aquele sofá é confortável e posso te ver quando estiver trabalhando. A Seulgi e a Joohyun estão viajando, eu estou responsável pelo estúdio, então seremos só nos dois, menos nos horários em que tem pessoas agendadas, e tenho uma para daqui vinte minutos.

— Tudo bem… — o Kim mordeu o lábio. Seria terrível ficar parado o dia inteiro com aquela jaula apertando seu pênis e ainda tendo que ver Sehun trabalhando, algo que era, na sua opinião, algo extremamente excitante, mas nunca tinha contado para ele. Se ele sabia e estava fazendo de propósito, Jongin não tinha a menor ideia de como, caso contrário, aquilo era uma grande coincidência.

— Ah, esqueci de um detalhe… Eu tenho mais um presente, para você se divertir um pouco enquanto eu trabalho, o que acha? — Sehun fingiu ter se lembrado de um detalhe muito importante. — Vem aqui. 

E então Jongin foi, sem saber muito bem o que esperar, e logo sentou-se na maca em que geralmente as pessoas se sentavam para receber suas tatuagens, devidamente esterilizada. Sehun deu duas batidinhas para ele se deitar, e logo o Kim o fez, observando o ruivo retirar de dentro do bolso da jaqueta de couro dele uma outra caixinha. Era um vibrador, um vibrador de controle remoto, para ser mais específico. 

— Sehunnie… — Jongin até tentou resmungar, pensando no que ele pretendia fazer com aquilo.

— Shh, se lembra que pedi para você se comportar? — perguntou, desfazendo os botões e o zíper da bermuda que Jongin usava, descendo-a junto com a cueca, só para observar a maldade que havia feito com seu garoto. Levou os dedos até o membro envolto no pedaço de metal que o impedia de crescer ou fazer qualquer outra coisa, sentindo-o se arrepiar só com aquilo, e então massageou as bolas sensíveis por estarem presas, ouvindo o Kim choramingar. A chave que abria a fechadura, ainda ao redor do próprio pescoço, fez cosquinhas em seu peitoral, e Sehun achou aquilo no mínimo engraçado.

JOngin, completamente em silêncio, segurou-se à maca esterilizada, unindo as pernas em certo desespero, como se fosse conseguir qualquer tipo de alívio com aquilo, mas era inútil, sua cabeça só conseguia pensar em segurar uma ereção para que não doesse mais, mas estava falhando miseravelmente, já sentia o corpo quente com tão pouco e o sangue indo para o único lugar em que não gostaria que ele fosse, até que não conseguiu se segurar e soltou um gemido manhoso.

A resposta veio certeira, um tapa no rosto sem muita dó, o que apenas o deixou ainda mais excitado, mas agora, havia um biquinho raivoso em seus lábios.

— Jongin, como eu disse, tenho uma cliente agendada para daqui a 20 minutos, por mais que eu adorasse demorar no que eu pretendo fazer com você, agora, você vai ter que ser um bom garoto, ou então vai ser ainda pior depois que isso aqui estiver dentro de você, hum? — perguntou, e o Kim apenas o olhou com aquele olhinhos meio raivosos, meio submissos, simplesmente adoráveis no fim. Deixava o Oh morrendo de vontade de gozar naquele rostinho.

— Vou me comportar… — respondeu a contragosto agora, e então Sehun rolou os olhos, acariciando os cabelos castanhos.

— Ótimo, então vire de bruços e empina bem esse rabo, fazendo o favor. — repetiu os dois tapinhas na bochecha do Kim, buscando o pacotinho de lubrificante no bolso da calça.

Assim que o Kim virou-se como pedido, empinar a bunda nem foi exatamente uma opção, era isso ou sentir o falo ser ainda mais pressionado entre seu corpo e o acolchoado, e já estava tão sensível que sentia que poderia chorar ali e agora se isso acontecesse. A cena da bunda aberta quase na sua cara, no entanto, não poderia ser menos do que uma dádiva para Sehun, que não demorou e espalmou a mão direita na carne de cada uma das bandas, desejando profundamente afundar o rosto ali no meio e lamber de cima a baixo como se fosse um cachorro desesperado pelo último pedaço de carne fresca que existia. 

Ao invés disso, derramou o lubrificante na entrada rosada e lisinha, vendo-a se contrair e um pouco do líquido entrar, logo antes de levar os dedos até o local e massagear mal e porcamente antes de enfiar os dois de uma vez no interior do cuzinho que já estava acostumado com o formato àquela altura, mesmo assim, Jongin não conseguiu conter um gemido mais alto, rebolando contra a mão do ruivo praticamente implorando por mais.

— Você torna meu trabalho difícil pra caralho as vezes, Jongin. — o Oh resmungou, frustrado, com vontade de cancelar todos os compromissos daquela agenda só para foder Jongin a tarde toda naquela maca até ele não conseguir falar mais nada, rouco de tanto gemer. — Filho da puta, desgraçado. — enfiou mais um dedo só de raiva, mesmo que não fosse necessário para o que ia fazer, e então, deslizou o vibrador para dentro junto, ainda desligado, mas alargando as paredes do Kim pelo volume somado aos seus dedos de repente.

O gemido veio quase como um choro por ajuda, e mesmo assim, Jongin continuava rebolando feito uma vadia pelo que quer que fosse que Sehun estivesse enfiado em sua bunda. Ele já nem se importava com a dor, apenas queria mais. — Sehunnie… Sehunnie, por favor… - implorou, já nem sabia exatamente pelo que.  Aquele pino desgraçado no meio de sua uretra era a pior parte, nem a lubrificação natural saía a quantidade que deveria estar saindo, sentia seu corpo entrar em combustão pouco a pouco. 

— Dessa vez você só goza quando eu quiser, Jonginnie… Chega de ser uma prostituta descontrolada. — beijou seu pescoço, retirando os dedos de dentro dele e levando até a boca bonita dele para que ele chupasse. — E se você realmente for um bom garoto, posso considerar a possibilidade de tirar o anel de castidade, para poder molhar sua roupinha bonita com a porra que você não consegue deixar sair agora, mas que você quer tanto, não é? — apertou uma das nádegas dele com gosto, sentindo-o empinar ainda mais e chupar com mais vontade os dedos em sua boca. — Piranha do caralho.

Retirou os dedos da boca dele, e então subiu a roupa íntima e a bermuda depois de se certificar que o vibrador estava bem afundado lá dentro. Não era pequeno, e sabia que bastava ele se mover um pouco que aquilo encostaria na próstata dele, e ah, seria um deleite assistí-lo tentar manter a sanidade.

O Kim, ainda tentando processar aquelas informações, levantou-se com cuidado, sem saber muito bem como andar com um vibrador de 10 centímetros enfiado no meio do cu e um anel de castidade nada confortável, estava para ter um piripaque. Olhou para Sehun com um olhar nada amigável, e então foi se sentar no sofá, enquanto isso, o Oh voltava a esterilizar a maca e as próprias mãos, indo fazer o próprio trabalho.

A primeira cliente do dia não demorou a chegar, Karina, que queria fazer um transversal na orelha direita, acompanhada da namorada porque tinha medo de agulhas. A garota já chegou sendo super gentil, abraçando Sehun e se sentando com a namorada ao lado de Jongin no sofá, enquanto o Kim tentava se distrair em seu celular jogando um joguinho, mas que ficou olhando de lado para a menina pela forma tão cordial em que ela e Sehun interagiam.

— Pode assinar esse papel, por favor? — o Oh pediu com um sorriso amigável nos lábios, entregando as folhas em uma prancheta para a garota de franjinha, que pegou com cuidado. Assim como Jongin, ela não tinha nenhum piercing ou tatuagem, pela forma como a garota loira segurava a mão dela dava para entender porque.

— Vai ficar tudo bem, meu amor, vou segurar sua mão enquanto ele fura, tudo bem? — ela beijou sua bochecha, e Karina pareceu ficar mais tranquila.

Jongin quis vomitar. Elas já tinham uma a outra, porque tinham que ficar olhando para seu Sehunnie e sorrindo para ele feito duas bobonas? Cruzou os braços, fazendo um biquinho, e então se ajeitou no sofá, o que não foi exatamente uma boa ideia, uma vez que assim que ajeitou o bumbum no estofado, sentiu o vibrador se mexer e então toda e qualquer linha de raciocínio sumiu, enquanto arfou baixinho.

Mesmo assim, a morena ao seu lado percebeu, mas não ligou muito, principalmente quando o Kim cruzou as pernas e se encolheu ainda mais no canto do sofá de couro preto, segurando-se no braço como se sua vida dependesse disso. Aquilo nem tinha começado a vibrar ainda e já estava extremamente sensível, Sehun devia ter usado o lubrificante que esquenta com a fricção. O fato de sua entrada estar completamente molhada com o líquido escorregadio também não ajudava, estava quase gemendo sozinho sem estímulo nenhum além do volume que o preenchia. 

Quando levantou o olhar para o ruivo, não viu nada além dele com as luvas preparando as agulhas e a joia em cima da mesinha ao lado da cadeira onde eram realizadas as perfurações, e quando o olhou, Sehun o olhou de volta. Infelizmente, não podia ver nada com aquela maldita máscara descartável cobrindo metade de seu rosto. Mesmo assim, podia jurar de pés juntos que viu o vislumbre de um sorriso nos olhos castanhos injustamente bonitos. 

Devia estar sendo queimado pelos olhos, mesmo assim, assim que terminou de higienizar tudo, retirou o par de luvas de látex e abaixou a máscara, voltando até as duas garotas e olhando para a folha que lhes entregou, agora preenchida com o nome Yoo Jimin e as respectivas informações da garota. 

— Prontinho? Tiveram alguma dificuldade? — ele perguntou enquanto a loira lhe entregava a prancheta.

— Ah, não, problema nenhum! — Karina respondeu, levantando- se enquanto o Oh checava as informações.

— Sem problemas, então! Pode se sentar naquela cadeira, por favor. 

“Com ela você pede por favor, não é?”, o Kim resmungou internamente, e Sehun o olhou. Agora sim ele pode ver o sorrisinho sacana no rostinho absolutamente perfeito do melhor amigo , logo antes do ruivo pega-lo pelo queixo para deixar um selar nos lábios do Kim. Desta forma, o biquinho emburrado acabou não durando nada, e se desfez assim que o Oh o deixou, indo lavar as mãos novamente e indo colocar novas luvas esterilizadas.

Com calma, realizou a perfuração da garota, e tão logo, ela havia terminado, e as duas apertaram a mão do Oh amigavelmente. Enquanto isso, ainda parado no sofá, o Kim encarava Sehun com os braços cruzados, e logo Sehun foi até ele, sentando-se ao seu lado. Jongin virou o rosto na mesma hora, e então Sehun riu fraquinho, segurando em sua coxa e o trazendo para mais perto.

— O que foi, hum? Por que está chateado assim? — perguntou, buscando seu rosto com o olhar. — Não vai me responder?

O Kim negou com a cabeça, mas instintivamente acabou abrindo mais as pernas no instante em que a mão dele tocou sua coxa. Estava tão sensível, droga, só queria uns toques…

— Sehunnie… — o moreno pediu, e então Sehun acabou rindo. 

— Você realmente não aguenta dois minutos sem implorar pelo meu pau mesmo, não é? — apertou o botão de ligar o vibrador na primeira velocidade, e Jongin não aguentou, abraçou Sehun e soltou um gemido, afirmando com a cabeça. 

— Só quero que v-você… me coma gostosinho, por favor, por favor, Sehunnie! - pediu, agarrando-se à blusa preta que o tatuador usava, rebolando contra o nada a cada vez que sentia a velocidade das vibrações nas paredes de seu reto, massageando a próstata. Já estava até suando e implorando, poxa, o que mais teria que fazer?

Levou a mão até o cinto de sehun, tentado desfazer a fivela e o botão, mas o Oh segurou seu pulso com força. — Eu já disse para você se comportar, Kim Jongin… — o empurrou na direção oposta, sentindo o próprio membro já duro nas calças só de vê-lo assim, entregue e desesperado. — Parece uma vagabunda, caralho. — xingou, e então aumentou a velocidade do vibrador.

Naquele instante, Jongin só sentia um sufoco, ao mesmo tempo que o prazer aumentava, o pau duro que não tinha para onde crescer se espremia cada vez mais naquele pequeno espaço, e um nó na garganta se formava porque mal conseguia gemer com aquela dor de não conseguir nem se esfregar em lugar nenhum para conseguir um pouco de alívio. Fechou as pernas uma contra a outra, agarrando-se ao estofado e tremendo, suando, querendo xingar Sehun de tudo quanto é nome. 

Para o ruivo, aquela cena era praticamente o paraíso. Terminou o que O Kim tentou fazer, e desfez a o fecho da calça, descendo-a o suficiente para o pau duro e gotejante sair inteiro de dentro da roupa íntima, e então se masturbou lentamente com a cena, totalmente ciente de que a boca do Kim salivava só de olhar para a ereção que o ruivo praticamente ostentava na sua cara. 

— É isso que você quer? — perguntou, e quando o moreno tentou se aproximar novamente, o empurrou no sofá mais uma vez, mas desta vez, ficou por cima dele e segurou suas mãos. O pau duro, não mais sendo manejado, ficou logo acima do rosto de Jongin, o que fez o Oh sentir um arrepio. Gostoso pra caralho… 

Jongin até tentou alcançar a ereção com a boca, mas na mesma hora, o Oh desferiu um tapa no rosto dele, mais forte do que os dados mais cedo. Tinha uma sorte da porra por ter alguém como Jongin se tremendo abaixo de si, praticamente implorando para que ele fodesse aquela boquinha, mas por mais que o doesse, era exatamente isso que não ia fazer.

Ainda segurando os pulsos dele com a mão esquerda, usou a destra para pressionar seu membro contra o rostinho bonito e bronzeado do moreno, se masturbando contra a bochecha dele e gemendo grave ao sentir a pele macia acariciar a cabeça do seu pau de forma tão gostosa, ao mesmo tempo que sentia ele tentar virar o rosto para lamber ou fazer qualquer coisa. Era ainda mais delicioso ver ele fazendo aquilo enquanto se tremia e mal tinha consciência do tanto que estava acontecendo ao mesmo tempo. 

— Vadia do caralho, não consegue nem alcançar o seu prêmio, consegue? — o Oh provocou, e então soltou o próprio membro só para alcançar o controle de velocidade do vibrador, aumentou ainda mais, e então, no instante em que sentiu Jongin se contorcer abaixo de si, enfiou o pau em sua garganta, abafando o gemido alto que ele iria soltar e fazendo-o engasgar, mas logo o retirou e voltou a esfregar no rostinho todo vermelho a essa altura. Se masturbou contra o rosto dele, batendo o falo contra sua bochecha repetidas vezes e vendo-o respirar com dificuldade. Porra, quase gozou ali mesmo. — Vai cadela, atrás do seu ossinho.

O Oh esfregou a pontinha do membro em seus lábios, melando-o inteiro com o pré gozo e a saliva, já não sabia nem mesmo diferenciar os dois, mas assim que Jongin quase alcançava, afastava da boca dele, vendo-o tentar erguer-se com dificuldade para alcançar, mas ele praticamente só gemia a essa altura. 

— S-Sehunnie… por f-favor. — implorou uma última vez, e compadecido, Sehun rolou os olhos, enfiando o pau na boca dele de uma vez, fodendo os lábios e gemendo rouco a cada vez que sentia a grande encostar em sua garganta, deslizar pela língua e o céu da boca, e em seguida repetir o processo, se deliciando com os barulhos obscenos e a cena de Jongin se afogando no seu caralho com tanto gosto.

Não demorou a sentir que iria gozar, e tratou de não avisar, enchendo a boca dele de porra e vendo escorrer pelos seus lábios enquanto ele tossia, soltando-o e espalhando o resto que saía pela pele bronzeada de seu rosto. Ainda ofegante, se retirou de cima dele e desligou o vibrador, vendo-o respirar falhadamente e fazendo um biquinho, acariciando seus cabelos.

— Desculpe, meu amor. Você foi um bom garoto, sabe disso, não sabe? — perguntou, retirando a chave do redor de seu pescoço, mostrando para ele, mas Jongin ainda se recuperava, lambendo os lábios para tentar engolir todo o sêmen que ainda sujava seus lábios e seu rosto. — Merece um agrado, não acha? — fez um carinho em seu rosto, e então abaixou sua bermuda mais uma vez. 

No meio de suas pernas, encarou o membro judiado, avermelhado pela pressão, inchado, quase implorando para sair. Tadinho do seu garoto, talvez tivesse exagerado… Desfez a trava com a chave, e então, com cuidado passou as bolas inchadas pelo buraco, sentindo-o tremer em suas mãos quando o fez, e então aproveitou para deixar um beijinho em sua coxa. A quantidade de pré-gozo que havia escorrido pelo membro ajudou a cockcage a deslizar para fora da pele sensível com mais facilidade, e assim que  se viu livre, a ejaculação praticamente voou no rosto de Sehun, que estava com o rosto tão próximo da ereção dolorida que não soube como não imaginou esse tipo de coisa.

— Desgraçado… — riu fraquinho, e Jongin sentiu como se finalmente pudesse respirar, o corpo relaxando aos poucos, até que sentiu a boca quente de Sehun envolvendo seu membro, e então a maneira ligeira em que ele se livrou do vibrador que o preenchia, abraçando suas coxas e enfiando os dedos dentro de si enquanto sugava cada resquício de gozo do membro sensibilizado e frágil.

Jongin já estava exausto, e mesmo assim levou a mão até os fios acobreados do Oh, sentindo-se totalmente nas mãos dele enquanto ele o comia agora com a boca e os dedos. — Sehunnie, chega… — pediu, mas Sehun obviamente não parou, desceu os lábios até o meio de suas nádegas e passou a chupar a entrada avermelhada, enfiando a língua e os dedos enquanto os mexia dentro do Kim. — Sehunnie… — choramingou, fechando os olhos, mas era inevitável, já sentia os arrepios de novo, mesmo que ainda fosse demorar a ter outra ereção.

Ainda o ignorando, o Oh masturbou o próprio membro, sentindo-o endurecer entre os dedos enquanto beijava o cuzinho que se contraia contra sua boca, tão delicioso… Virou Jongin de bruços, ainda manhoso, e então ergueu seu quadril, abrindo mais as bandas para conseguir comer melhor. A língua passeava pelo local com gosto, forçando-se para dentro, mas não conseguindo fazê-lo direito, mesmo que já não estivesse tão apertado depois de tanto brincar com ele com o vibrador. 

Sem avisá-lo, colocou-se dentro dele, ouvindo o Kim gemer manhoso e empinar mais a bunda ao sentir o pau significativamente maior que o vibrador o invadir e ir fundo de uma vez. Não houve cerimônia, assim que se recuperou, o Oh meteu com força e jeito dentro de Jongin, vendo tremer de leve com o rosto pressionado contra o sofá, e aproveitou para agarrar os fios castanhos, pressionando-o contra o couro e segurando seu quadril com a outra mão para meter mais fundo.

— S-Sehunnie… Mais… — o Kim começou, e Sehun deixou um tapa forte em sua bunda.

— Não era você que não queria mais? — o estapeou de novo, e então passou a meter mais rápido, não dando tempo de Jongin nem mesmo respirar entre uma estocada e outra, enquanto isso o Oh se deliciava com a visão perfeita e privilegiada daquela entradinha lisa engolindo e pressionando seu pau a cada vez que ia mais fundo.

Aos poucos, o estudio ficava com um cheiro de sexo do caralho, felizmente o Oh não teve que se preocupar com a porra de Jongin melando o sofá, pois o encheu com a sua pouco depois, e aproveitou para tirar uma foto de recordação da forma como o líquido escorria da entrada que havia ficado perfeitamente no formato do seu pau quando o tirou de dentro do Kim.

Foi ali que Sehun percebeu que o amava.

Notes:

🤠