Chapter Text
Na tarde do dia seguinte havia muito nervosismo no seu corpinho, disfarçou o quanto foi possível quando ainda estava na floresta e só recebeu uns olhares desconfiados de Xiumin, mas ele estava sempre assim ultimamente então a fada de cabelos rosa e azuis não dera muita importância. Emoções antes consideradas “ humanas demais ” era algo corriqueiro para Taeyong agora, que foi até o McDonald’s feliz que Doyoung o queria ver de novo, mas quando o visse não fazia ideia do que diria.
Avistou o maior quando se aproximou do lugar, ele estava do lado de fora dessa vez sentado bonitinho num banquinho do lado da estátua de um humano de cabelo vermelho meio assustador que ali havia.
- Oi… Não tinha certeza se iria vir… - Ele se levantou e parecia que daria um abraço no menor mas mudou de ideia no meio do caminho e acabaram dando um aperto de mão meio abraço desengonçado. Riram juntos, ambos sem graça.
- Eu imaginei que você quisesse me ver… Estava errado?
- Não, eu queria te ver mesmo, - Sentaram no banquinho do lado do humano estátua, Taeyong olhou feio para ele, era mesmo esquisito com aquela cara branca e cabelos vermelhos. - Mas ainda não sei se sei o que dizer.
- Tudo bem, eu posso esperar até que você saiba. - A fada sorriu para lhe passar alguma confiança, não se importava de esperar. - Sabe quem é ele? - Apontou para a estátua.
- É o Ronald McDonald. É tipo… Um mascote? Do McDonald’s.
- Ele é meio assustador e esquisito, não parece um humano normal.
E Doyoung riu. Sentia falta daquilo, daqueles comentários. - Primeiro Sininho e agora o coitado do Ronald, você é engraçado. Olha, tá, vamos esclarecer as coisas, ok? - O menor fez que sim com a cabeça rapidamente. - Me seguia pela floresta porque você é… Uma fada, e sentiu curiosidade em relação aos humanos?
- É, não sei se curiosidade define bem, apesar de também me sentir curioso. Talvez fascínio seja melhor.
- Fascínio? Gosta dessa palavra, né?
- É a que melhor define, eu acho…
O humano riu soprado, - Está bem, e você não ia falar comigo mas por causa daquele dia aqui acabamos nos falando e inventou toda aquela história da faculdade, não é? - Fez que sim com a cabeça de novo, - Por que continuou saindo comigo então?
- Porque… Eu gostei de falar com você, me senti feliz e eu queria muito saber mais sobre os humanos, sobre você… Sempre me foi dito o quão ruins vocês são, mas não conseguia concordar… Achei que seria uma boa ver de perto. Então apenas uni o que me era útil ao que também me era agradável. - A fadinha mordeu o lábio tendo um pensamento que resolveu verbalizar, - Devo ser muito egoísta por pensar assim mas sabe, eu não me arrependi. Sei que menti para você, te assustei e tudo mais mas… O que vivi com você foi mais mágico do que qualquer magia que eu já tenha usado ou visto. - As lágrimas já queriam se formar de novo no canto dos seus olhos, era inacreditável, a esse ponto Taeyong sentia que era quase uma fada da água. - Eu espero muito que você não guarde nenhum sentimento ruim em relação a mim porque eu só tenho sentimentos bons em relação a você.
- Eu também achei mágico, digo, eu já havia achado antes de saber que você é literalmente mágico. - Doyoung sorria de leve coçando a cabeça mas em seguida mudou sua expressão e arqueou uma sobrancelha, - Por acaso você usou magia em mim? Tipo, pra eu me apaixonar tão rápido por você.
- Que? Eu não tenho esse tipo de magia. - Se exasperou um pouco e Doyoung só sabia rir, que humaninho mais insolente. - Espera, disse que se apaixonou por mim?
- Disse. - E continuou sorrindo - Mas sabe, é meio doido, só tivemos três encontros. Eu não sou assim normalmente, mas te achei adorável e… Peculiar. Depois quando comecei a processar as informações, por mais maluco que fosse, até fazia sentido que você fosse uma… Fada. Digo, pelo amor de Deus você não sabia o que era um algodão doce. - E ele desatou a rir de novo, - Desculpe, acho que estou coringando . Não é todo dia que o cara que você gosta é uma fada.
- Tudo bem… Coringando ? - Fez uma cara confusa por nunca ter ouvido essa palavra antes, mas Doyoung pareceu achar adorável pois segurou seu rosto com as mãos e o beijou.
A pequena criatura se derreteu toda nos seus lábios, não achava que isso iria acontecer de novo então foram as sensações do primeiro beijo tudo outra vez, as fadinhas dançando no seu estômago, o coração acelerado, até órgãos que nem sabia que tinha estavam em festa dentro de si. Tudo por causa daqueles lábios.
- Sabe, tem uma festa que os meus amigos vão hoje, eles queriam que eu fosse e eu queria que você fosse comigo. - Disse quando se separaram. - Se ainda quiser sair comigo, é claro.
Taeyong sorriu gigante e, não conseguindo se conter, acabou abraçando o maior. - Senti saudades, Doyoung.
- Eu também.
Enquanto comiam, antes de ir a tal festa, Doyoung fez todo tipo de comentário esquisito na opinião da fada “ se você pode mudar de forma, pode se transformar em mim ?” “ você pode aumentar e diminuir partes do seu corpo de tamanho igual o Senhor Fantástico ?” “ se sua forma verdadeira é pequena quando eu disser que quero te guardar num potinho eu vou poder literalmente fazer isso ” ele falava e falava e o outro se esforçava para acompanhar seu ritmo e responder suas dúvidas seriamente. Em contrapartida, a única pergunta que Taeyong fez era se a “festa” que iriam era como as festas que eles faziam na floresta com música e tudo, e o outro respondeu que havia música mas a festa era bem diferente.
E como era diferente, Taeyong não conseguia enfatizar o quanto era diferente.
Como na maioria dos lugares que foi com Doyoung, esse também era cheio de humanos, tinha música alta, eles dançavam, comiam e bebiam como o esperado e alguns até se encontravam em situações íntimas uns com os outros… Quase que acasalando. A fada comentou com Doyoung que não sabia que humanos acasalavam público como os outros animais tirando uma risada alta dele.
Como sempre, o pequeno não entendia muito a graça mas se sentia orgulhoso de sempre fazê-lo rir.
- E falando em acasalar eu tenho outra pergunta. - O humano disse quando sentaram num cantinho. - Fadas fazem isso?
- Hmmmm, não. Digo, não precisamos, fadas nascem de magia então acasalamento para perpetuação da espécie não é necessário.
- Mas também não é crime, ou é?
- Não que eu saiba. - começou a rir, - Por que a pergunta?
- Nada não. Só curiosidade. - O maior disse fazendo uma expressão que Taeyong achara curiosa, então o beijou na testa e pediu a outro humano que ali estava por bebidas. - Imagino que não tenha problema se você consumir algo com álcool, não é?
Álcool era uma bebida interessante, tinha uma cor diferente e assim como várias outras bebidas que a espécie gostava, era doce. Com um leve amargor que logo sumia. Doyoung disse que não deveria beber muito porque aquilo mexia com a cabeça dos humanos se consumido em grandes quantidades e o menor claro, obedecia, como a fada boazinha que era. Ela só não imaginava que não era necessário as grandes quantidades que o outro dissera para mexer com a sua cabeça, apesar de um bom disfarce a forma humana ainda era exatamente isso, apenas um disfarce.
E Taeyong se sentia engraçado, dançou com outros humanos enquanto Doyoung ria de si, mostrava a todos a marca em forma de rosa ao lado de seu olho explicando que se tratava de uma marca mágica embolando palavras e pouco se fazendo entender, dizia a todos que os amava também e que eram uma espécie adorável.
Estava meio fora de controle mas pela primeira vez não ligava, estava se divertindo e os outros humanos também pareciam gostar de si. Sua vida inteira sempre foi muito regrada, sempre rotineira, sempre a mesma coisa.
Então como de costume, Doyoung o fazia sentir coisas novas, experienciar coisas novas. E a fada adorava.
- Você é lindo, sabia disso? Parece um coelho. Eu secretamente te chamava de meu humano com cara de coelho, porque é maluquice a semelhança. - confessou.
- Eu pareço um coelho? Tá bem, então você parece um gatinho com esses olhos enormes.
- Eu posso ser um gatinho se você quiser, posso mudar de forma e ser um gatinho bem pequenininho pra você cuidar. - Abraçou o humano pelo pescoço e o beijou.
Ali mesmo na frente de todos aqueles humanos, eles não pareciam ligar e muitos até estavam fazendo a mesma coisa, ou pior. A coisa do álcool lhe dava uma coragem absurda também, sentia que era invencível e nada importava, apenas si mesmo e Doyoung.
Então ouviram alguém pigarrear ao seu lado.
- Eu to vendo coisas ou isso é Kim Doyoung numa festa? Ou pior do que isso, Kim Doyoung numa festa ficando com alguém? - O humano de porte médio falou. Ele claramente conhecia Doyoung então, naquele momento, a fada achou que seria uma boa se apresentar também.
- Sou o Taeyong. - Disse e o abraçou. Ele fez uma cara engraçada e começou a rir, a fada tinha quase certeza que era mesmo engraçada para parâmetros humanos, não funcionava só com Doyoung.
- Oh, Taeyong o namorado de engenharia? - Fez que sim com a cabeça mesmo não sabendo do que o outro estava falando exatamente. - Cara o Doyoung tá super de quatro por você, não sabe o quanto ele ficou insuportável quando vocês pararam de sair, quer dizer, ele sempre é insuportável mas ficou pior.
- Hyuck cala essa boca, para de falar bobagens.
- Você não disse que gosta dele ainda?
- Ele disse. Eu gosto dele também. - Taeyong sorriu grande, orgulhoso da constatação.
- Sério? Bonito desse jeito acho que conseguiria coisa melhor.
- Sai daqui seu pirralho. - O humano pequeno ria quando fora expulso a tapas. Doyoung era mesmo bravo, como um coelhinho. - Olha, nem todos os meus amigos são esquisitos assim, tá? Alguns são normais.
- Eu sou seu namorado?
O maior riu e abraçou o outro pela cintura. - Se você quiser pode vir a ser.
- Claro que eu quero! - E o abraçou de volta - Só uma coisinha, o que é um namorado ?
- Eu vou ter que te ensinar muitas coisas, não é? Acho que vou gostar disso.
Foi uma noite muito divertida, a fada conheceu vários novos humanos, incluindo alguns outros amigos de Doyoung, todos eram extremamente receptivos e engraçados. O chamavam de seu “namorado” todas as vezes, e, mesmo ainda não sabendo do que se tratava aquela palavra muito bem, Taeyong gostava muito. Especialmente o pronome possessivo “seu” encaixava bem quando se tratava de Doyoung porque, a esse ponto sentia que era realmente dele, e ele era seu humano com cara de coelho. Seu favorito. Fez os amigos de Doyoung rirem o comparando com o animal orelhudo e a noite passou num piscar de olhos assim, com muita risada, álcool e, para a alegria de ambos, muitos beijos também.
Quando Taeyong acordou pela manhã tudo estava diferente, não estava próximo a sua árvore de sempre, esse lugar não era a floresta e ao seu redor não estava a roupa de Doyoung, mas sim, os braços do mesmo.
Taeyong dormiu na sua forma humana, numa toca humana e com um humano ao seu lado.
Se fosse justo não seria assustador, seria incrível em outras circunstâncias, mas era uma fada que vivia na floresta e tinha deveres a cumprir diariamente. Poderiam não ser uma espécie que se importa tanto uns com os outros mas se uma fada deixava de fazer o seu trabalho, certamente, as outras iriam perceber.
Levantou num pulo, sua cabeça doía e se sentia fraco como nunca antes por manter essa forma por tanto tempo.
A toca humana que eles chamavam de “casa” e vários outros nomes era bonita e bem organizada, o lugar onde antes estava deitado era extremamente macio, como se tudo fosse pensado para não te fazer querer sair dali. Como o esperado, os humanos prezavam muito por comida e conforto.
- Bom dia! - O humano ao seu lado disse e beijou as costas da sua mão. Se Taeyong achava Doyoung a criatura mais bonita que já vira normalmente, nada pôde o preparar para a visão que era vê-lo acordar, sorrindo encantador para si.
Se quer podia curtir o momento de ser uma fadinha apaixonada graças a dor de cabeça e a preocupação que o inundava. Sentia que estava à beira de um desmaio.
- Doyoung por que estou aqui? Eu não deveria estar aqui. Minha cabeça dói e eu não deveria estar aqui, tenho trabalho a fazer.
- Você estava bêbado ontem, e cansado. Eu não podia simplesmente te largar pela floresta, então te trouxe para minha casa.
- Eu não posso estar aqui, tenho que ir. Agora. - Falou já se levantando mas o maior o impediu.
- Meu bem, você está pálido. Não pode ficar aqui mas também não posso te deixar ir assim, toma um café come algo comigo e eu te deixo lá de carro, que tal?
- Não posso, eu não posso, tenho que ir agora. Tipo agora mesmo. - Taeyong estava desesperado. Admitia. Se alguém percebesse que não estava onde deveria estar, estaria perdido. Nem saberia que mentira contar para se livrar dessa. Mentir seria algo corriqueiro agora também, aparentemente.
- Tudo bem, então você come no carro. Mas você tem que comer algo.
Fez que sim com a cabeça e saíram juntos em direção a floresta, não era tão distante, o que fez a fada pensar que essa sempre fora a distância entre si e o humano que virou sua vida de cabeça para baixo, era mínima. Comia como se fosse sua última refeição e talvez fosse, Taeyong queria chorar de desespero e se perguntava se era apenas seu instinto de fada lhe dizendo que estava tudo errado, que deveria estar fazendo seu trabalho na floresta, não em festas humanas bebendo álcool.
- Por que você está tão nervoso? Tipo o que acontece se você não aparecer aqui?
- Aí é que tá, não sei, não faço ideia, somos criaturas tão regradas que não há histórico de fadas saindo, sumindo, não trabalhando. Nós existimos para isso, não faz sentido não aparecermos para fazer o que existimos para fazer.
- Tá, mas vocês nunca tem, sei lá, um dia de folga, um atestado, não sei. Você claramente não está bem, não deveria trabalhar, seja lá o que trabalhar significa nesse contexto.
- Eu estou bem, vou ficar bem, é essa forma que me consome muita energia. Não é sempre assim. - E dizendo isso chegaram ao local, Doyoung parou o carro bem na frente da floresta e o menor abriu a porta com muita pressa.
Estava assustado, mas seu humano não tinha culpa de nada e não estava sendo nada além de muito gentil consigo esse tempo todo. Parou no meio do caminho e voltou para dar-lhe um beijo no rosto. Ele era seu humano precioso, jamais poderia não deixá-lo ciente disso.
- Obrigado por me trazer, obrigado por tudo na verdade, pela noite e a comida… Eu te amo.
O maior o olhou assustado, mas riu, Taeyong mal sabia o que aquelas palavras significavam, era verdade, e por mais que o outro não as tenha dito de volta pareceu certo falar naquele momento. E pareciam traduzir muito bem o que sentia, que era algo tão forte que até o consolava e esquentava seu peito mesmo naquele momento de desespero para o pequeno.
- Meu Deus… Tá… Você já sabe onde eu moro, vai me ver quando quiser. Não se esqueça de mim, por favor… - Estava desconcertado. Fofo .
- Nunca. - Taeyong sorriu para ele e saiu de perto do carro rapidamente mais uma vez.
Tinha sido bom ele ter parado o carro bem na frente da floresta, teria que mudar de forma mas nesse momento do dia as fadas estavam todas ocupadas com seus afazeres então não haveria problema fazer isso e se misturar, como se estivesse lá o tempo todo. Iria dar tudo certo.
Era o que Taeyong pensava, segundos antes de entrar na floresta já na sua forma com asas e encontrar os olhos de Xiumin o acompanhando. Como se houvesse visto todo o seu trajeto.
Xiumin o olhava julgador, como se estivesse vendo… Um humano. O membro de uma espécie que ele considerava indigna, sem valor.
- Xiumin…
- Eu vi, então você não precisa dizer nada. - Ele suspirou - Só me responde uma coisa, ele sabe?
A fada maior sabia do que a outra falava, e olhando nos seus olhos pela primeira vez Taeyong se sentiu um traidor. Queria que tudo ficasse bem entre si próprio e Doyoung e achou que por isso valia a pena lhe revelar o segredo, mas não se tratava apenas de si, não era só o seu segredo, era de Xiumin também, de todas as fadas.
Era mesmo um egoísta, e era tão egoísta que com tudo isso ainda não conseguia se arrepender.
Fez que sim com a cabeça, não teve coragem de responder de outro jeito. Xiumin suspirou mais uma vez.
- Você sabe que vou ter que falar isso para as superiores, não sabe?
- Não, não, não, não. Você não pode fazer isso. E se elas fizerem algo com ele? - Se exaltou. Sua espécie era mais antiga do que a espécie humana, não sabia se, em todo esse tempo de vida na terra, algum outro humano já soube o seu segredo, mas sabia como as fadas superiores pensavam, que se apenas um souber todos poderiam vir a descobrir. E não se engane, fadas são seres da natureza sim, existem para cuidar e zelar do planeta, as superiores, fadas mais antigas e poderosas sabem que todas as espécies vivas que aqui habitam precisam umas das outras para existir mas, assim como a própria natureza às vezes elas também sabem ser impiedosas.
- Fazer algo com ele? É com isso que você está preocupado? E você, Taeyong? E nós? Sabe eu sempre achei bonita essa sua admiração pelos humanos, puro e ingênuo até. Mas é claro que não concordo com nada do que pensa sobre eles. Você acha que eles são tão especiais e carinhosos e nós somos frias? Sabe o que nós somos e eles não? Honestas. Você pode achar que esse humano gosta de você, que valoriza você mas ele pode muito bem trair os seus sentimentos tão puros e te usar. Quanto você acha que outros humanos pagariam para ver essas suas belas asas dentro de uma gaiola? Quanto acha que pagariam pra te ver usando magia? E quanto vale para ele os seus sentimentos? Podemos não te abraçar e beijar como você gostaria, não tocamos “ violão ” e cantamos músicas juntas, mas nós também nunca seríamos capazes de te olhar nos olhos e dizer mentiras como eles são.
- Eu sei que fui ingênuo de achar que todos os humanos são bons, mas Doyoung é, ele genuinamente é. Eu confio nele e eu sei que ele não é capaz de nada disso. Por favor, Xiumin, não conte para elas. - Taeyong suplicava a esse ponto. Sabia que ele tinha alguma razão no que dizia, mas não seu humano com cara de coelho. Não era culpa dele que foi tola de contar seu segredo e jamais o deixaria sofrer nenhuma consequência.
- Eu não conto. - A outra disse por fim. - Se você me prometer que não vai mais vê-lo.
- O que? - Não conseguia acreditar no que ouviu.
- Você não pode vê-lo de novo Taeyong, não posso arriscar você, não posso arriscar a nós.
- Não faça isso Xiumin, ele não é assim, eu juro… - Implorou com lágrimas nos olhos, Xiumin o olhava com pesar, como se sentisse pena, e Taeyong queria mesmo que sentisse, não se importava, não queria ficar sem Doyoung.
- Aí é que tá, com eles você nunca sabe. Essa é a minha condição, pense no que você vai fazer. - Ele tocou a fada maior no topo de sua cabeça de novo, como o “carinho” que sempre fazia e saiu voando.
Taeyong apenas sentou próximo as flores, não conseguia fazer seu trabalho, nem nada, sequer conseguia conversar com as mesmas. Suas melhores amigas, suas únicas amigas.
Lembrou da última coisa que Doyoung o disse “ Não se esqueça de mim, por favor… ” então chorou.
Tinham acabado de começar a se reconectarem mas se o preço que precisava pagar para fazê-lo ficar bem era nunca mais vê-lo de novo, então era isso que faria.