Chapter Text
A árvore de natal estava quase completa e Pran observava Phat colocar os enfeites com má vontade. Ele tentava disfarçar e dizia que não tinha problema nenhum, mas ele era péssimo nisso.
Pran tentou abraçá-lo e ele se remexeu incomodado.
"Você tem certeza de que está tudo bem?" Pran perguntou.
"Está!" Phat resmungou.
"Não consigo nem imaginar como você ficaria se não estivesse tudo bem." Pran riu e o namorado se virou emburrado.
"É o nosso primeiro Natal juntos e a gente não vai estar junto!" Phat se jogou no sofá segurando um Papai Noel de sunga e camisa florida.
"Eu sei, mas essa viagem é importante para o meu pai e ele pediu para que eu fosse. Eu não posso dizer não para ele. Você sabe disso!"
Era a quarta vez naquela manhã que eles discutiam sobre essa viagem. Apesar de ser um evento de negócios na sexta-feira antes do natal, o seu pai sugeriu que a família viajasse junta, porque não faziam isso há muito tempo.
"Eu sei, EU SEI!" Phat rodou o Papai Noel entre os dedos "Vamos ser só nós dois!" ele falou com o enfeite.
"PHAT! Por favor! Não faz drama! Você vai para a casa dos seus pais, não vai?" Pran ponderava se agredir o namorado com a árvore de natal seria mal visto pelo Papai Noel.
"Você está falando isso porque não é você que vai ficar sozinho aqui!"
“A gente nem comemora o Natal de verdade!” Pran estava cansado dessa conversa.
“A gente ia trocar presentes!”
"A gente VAI trocar presentes! Eu volto dia 25 no começo da tarde!"
Phat se levantou e colocou o enfeite na árvore. O Papai Noel caiu e Phat o pegou e pendurou de novo. Dessa vez galho entortou, derrubando o bom velhinho mais uma vez. Ele abaixou para pegá-lo e o chutou para debaixo da árvore sem querer e teve que se agachar para recuperar aquele velho gordo. Quando se levantou, sua cabeça esbarrou na árvore e Pran correu para segurá-la antes que tombasse e Phat xingou.
Pran tomou o enfeite das suas mãos, colocou na mesa de centro e abraçou Phat, que estava de cara fechada, fazendo bico.
"Você não está sendo um bom menino, por isso não vai ganhar presente de natal, Phat!" Pran ria e tentava apertá-lo entre seus braços e Phat o empurrava sem muito empenho.
"É bom você me trazer uma coisa muito legal dessa viagem!" Phat desistiu e se deixou ficar apoiado no peito do namorado.
"Vou comprar todos os Legos de estádio de futebol que eu encontrar!"
"Eu nem gosto disso!" Phat o olhou contrariado.
"Mas eu gosto! E seu presente é me ver feliz!"
Phat deu uma gargalhada e beijou o pescoço de Pran, que se contorceu e riu junto com ele.
"Tira a roupa!" Phat mandou.
"Sexo de reconciliação?!" Pran ria e tirava a camiseta do pijama.
"Não! Eu não terminei de colocar os enfeites! Não vai ter sexo nessa casa tão cedo! Só estou guardando seu cheiro para quando eu estiver sozinho!" Phat puxou a camiseta da mão do namorado e o segurou pelas pernas, fazendo-o tombar de costas no sofá e arrancou suas calças. Ele colocou as duas peças sobre os ombros e se virou para a árvore.
Pran se ajeitou no sofá e ficou olhando o namorado trabalhar. Era angustiante ver sua falta de senso estético. Primeiro, quem compra mais sinos do que bolas? Segundo, por que ele pendurou três sinos um do lado do outro e deixou um espaço vazio tão grande embaixo? Pran se remexia, incomodado, mas Phat estava tão concentrado, que ele não quis perturbá-lo.
Phat pendurou o último enfeite, se virou e sorriu para o namorado.
"Terminei!" Ele anunciou com um sorriso largo.
"Ficou ótimo!" Pran se forçou a dizer e Phat concordou.
Phat deixou a roupa de Pran no braço do sofá e se deitou sobre ele, inspirando o aroma que tanto amava.
"Obrigado!"
"Pelo que?"
"Por fingir que não se importou com o jeito como eu pendurei as coisas."
A risada de Phat fez cócegas no peito desnudo de Pran, que o apertou entre os braços.
"Você fez de propósito, né?"
Ele riu novamente e o beijou no pescoço.
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Se alguém pudesse ver a despedida deles dentro do apartamento, teria a impressão de que eles ficariam sem se encontrar por dois anos, tamanha a tristeza que Phat demonstrava e que Pran escondia.
Não é exagero dizer que Pran falou tchau pelo menos trinta vezes antes de sair do prédio.
Seus pais e Ming o esperavam dentro do carro. Phat não poderia acompanhá-lo até o aeroporto porque tinha um trabalho importante para entregar e Ming se ofereceu para levá-los.
As coisas entre ele e Dissaya não eram boas, mas eram civilizadas e isso já era um avanço gigantesco.
Phat checava o celular de hora em hora e a ausência de mensagens do namorado o deixava aflito.
"ALÔ!" Ele gritou quando seu celular tocou.
"Oi! Acabei de chegar no hotel. Está tudo bem?" Pran ficou assustado com o tom de voz de Phat.
"Sim, está tudo bem! A viagem demorou!" Ele conseguiu se acalmar um pouco.
"Na verdade, não! O vôo adiantou 40 minutos. Você está bem, Phat?" Pran continuava preocupado.
"Não." ele choramingou "Você não vai estar em casa quando eu voltar."
Pran riu e sentiu seu coração apertar. Agora que estava longe, a falta dele parecia incomodar mais.
"A gente janta junto por chamada de vídeo, pode ser?" ele não daria o braço a torcer.
"Huum."
Pran revirou os olhos e se despediu.
Eles trocaram mensagens o dia todo e conversaram de noite até dormir. No dia seguinte, Pran mandava fotos dos lugares que visitava com a mãe e Phat respondia com imagens dele triste no quarto e na sala, fazendo cara de abandono, e Pran brigou com ele. Phat mandou uma foto dele sentado debaixo da árvore com um laço na cabeça e Pran riu, depois mandou fotos enquanto fazia pequenos serviços em casa.
Pran não conseguia evitar e lembrava do dia que Phat consertou a pia. A vantagem de usar roupas largas é que ninguém percebeu o contentamento que esse pensamento trouxe. Ele respirou fundo e tentou focar em outras coisas.
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No domingo, Korn e Wai insistiram para que ele saísse com os dois, não fazia sentido ele ficar sozinho dentro de casa só porque o namorado estava viajando.
"Eu já avisei Pran que vamos ficar de olho em você!" Wai falou enquanto eles iam para o bar onde teria uma festa de natal.
"Como se ele fosse fazer alguma coisa de errado. Ele é completamente devotado ao Pran!" Korn riu.
"Como se você fosse muito independente, se o Wai assoviar, você corre e abana o rabo!" Phat devolveu a provocação e Korn se virou para trás para mostrar o dedo do meio para ele.
"Sim, vocês dois são idiotas apaixonados!" Wai deu um tapa em Korn, para que ele olhasse para frente já que estava dirigindo.
"Seu marido manda em você e ainda te bate. E você gosta!" Phat falou rindo e Wai não se aguentou e o acompanhou na risada.
"Vão à merda vocês dois!" Korn ficou vermelho e Phat preferiu não continuar com a brincadeira porque parecia que eles escondiam alguma coisa e, vindo dos dois, Phat tinha calafrios só de imaginar o que seria.
Phat não bebia com tanta frequência e nem em grande quantidade desde o dia da praia, mas quando chegaram no bar estava passando o jogo do seu time de futebol.
Os três tiravam fotos e mandavam para Pran, que se divertia com suas caretas, apesar de estar um pouco enciumado.
Empolgado com a disputa acirrada do jogo, Phat começou a beber mais. Korn o incentivava, não por maldade, mas por empolgação com a vitória que não parecia vir com facilidade.
Quando o juiz apitou o final do jogo, Phat se virou e procurou seu amigo para abraçá-lo. Ele olhava em volta e procurava por Nanon, seu cérebro girava com rapidez e seus olhos não conseguiam acompanhar as imagens que passavam a sua frente. Seus olhos ardiam por causa das luzes dos flashs.
Korn o abraçou e ele o empurrou, pegou sua cerveja e bebeu em um gole só.
"Cadê o Nanon?"
"Quem?" Korn o olhou sem entender.
"Pran! O Pran! Cadê meu namorado?" Phat estava confuso e parecia que tudo estava errado, ele deveria estar nos braços de Nanon agora, com o rosto enterrado no seu pescoço. Não!! Era o cheiro de Pran que ele queria.
"Ele está viajando! Você bebeu demais!" Wai chegou e tirou a cerveja que Phat tinha pego sabe se lá onde.
"Não! Eu quero, é meu!" Phat puxou o copo da mão do amigo e engoliu o líquido sem parar para respirar.
Wai e Korn trocaram olhares e perceberam que a ideia de trazê-lo talvez não tivesse sido tão boa assim. Phat balançava o corpo no ritmo de uma música que não era tocada pela banda, mas todos estavam tão bêbados que seus passos não eram piores do que dos demais.
Korn fez um pequeno vídeo e Wai o impediu de enviar. Pran ficaria fora de si se visse o namorado dançando daquele jeito.
O casal deixou Phat na casa dele após muita discussão, poucos argumentos e alguns tapas entre ele e Korn.
“Eu vou ficar bem!” Ele gritou antes de tropeçar na entrada do prédio e quase cair.
Era tarde e ele sabia que deveria evitar fazer barulho e tinha orgulho de si por ser tão silencioso, mesmo que os vizinhos tenham acordado com as pancadas do seu corpo esbarrando pelas portas e paredes do corredor.
Phat tirou a roupa assim que passou pela porta e se jogou no sofá.
“Droga!” Ele pensou ter sentado em cima do celular que estava no bolso da calça e virou a mão para trás e se desesperou quando não achou o aparelho. Demorou um tempo para ele perceber que só vestia cueca. Ele engatinhou até a calça, que foi jogada no caminho, pegou o celular, deitou no chão e ligou para Pran.
“Por que você não atende?” Ele falava para o aparelho.
Ele ligou de novo e de novo e de novo e mais uma vez. Foram muitas vezes até que Pran atendeu.
Phat viu que ele estava assustado e sentado no que parecia ser sua cama de hotel, com cara de sono e descabelado.
“Phat? Onde você está? Você está no chão? Phat!?” Pran não conseguia ver muita coisa porque estava escuro e ele estava aflito.
“Você é tão fofo!” Phat disse e bateu com o indicador na tela tentando acariciar a bochecha de Pran. “Fooooooooofo!”
Pran fechou os olhos e respirou fundo.
“Você está em casa?”
“Não!” Phat respondeu e Pran se desesperou “Eu estou perdido e abandonado sem você!”
Pran abaixou o celular e se perguntou porque amava esse bêbado safado.
“Prrrrrran! Volta!" Ele ouviu o namorado gritar arrastando o R do seu nome.
“Fala baixo, Phat! Vai acordar os vizinhos!”
“Se você estivesse aqui, a gente podia acordar, né?” ele riu e se engasgou e tossiu “Eu to bem! To bem.. to bem!
“Eu percebi. Vai tomar um banho depois me liga de novo!”
“Não!”
Pran viu ele tentando se virar no chão e ficou tranquilo por ver que ele estava em casa. No vídeo, que balançava de um lado para o outro, ele entendeu que Phat estava engatinhando pela sala e indo para o quarto. Ele estava de cueca e Pran esperava que ele tivesse tirado a roupa somente após entrar em casa.
“Phat? Depois você me liga! Vai tomar banho!”
“Não! Fica aí!”
Perto da porta do quarto ele ficou em pé e Pran foi chacoalhando com ele até o banheiro. Sem soltar o celular, ele tirou a cueca e a câmera desceu pelas suas coxas, fazendo Pran sorrir.
“Toma banho comigo!”
“Phat! Você vai levar o celular para o chuveiro?!”
“Eu sou bobo... não... eu não sou bobo.."
Pran tentava entender o que ele falava enquanto colocava o celular num canto da pia. Ele via o namorado do pescoço para baixo.
Phat se curvou e olhou para câmera e deu um tchau.
“Oi, namorado!” ele falou com uma voz embolada e sorriu.
“Oi!” Pran não conseguia se manter sério.
Phat ligou o chuveiro e Pran invejava a água que escorria pelo seu corpo, as mãos grandes dele ensaboavam seu peito, seus ombros, sua barriga. Era difícil ver aquilo sem reagir, Pran se encostou da cabeceira da cama e enfiou a mão por dentro da calça.
Era impossível entender o que Phat falava, além de bêbado, o barulho da água caindo atrapalhava tudo. Sinceramente, Pran estava tão entretido com a cena na tela que o ignorou.
O vapor do banho começou a embaçar a câmera e Pran tentou avisar Phat, que não o ouvia também. Ele já não enxergava mais nada e bufou irritado.
O que restava a Pran era vigiar o namorado, caso ele caísse no banheiro. Ele pensava se Wai estaria acordado para socorrê-lo.
Alguns minutos depois ele percebeu a aproximação de Phat, enrolado na toalha, e os dois foram balançando para o quarto.
Phat se deitou de lado e apoiou Pran no travesseiro.
"Prrran! Vem pra casa! Preciso do seu cheiro aqui comigo, eu não acho seu pijama!"
Ele tentou procurar alguma coisa sobre a cama e o celular tombou, ficando de lado, focando no torso de Phat. Quando ele levantou, Pran teve uma bela visão da sua bunda andando pelo quarto, esbarrando nas coisas, até sumir da lente e Pran só podia ouvir ele reclamando e xingando.
Pran acreditava que ele estava engatinhando sobre a cama, porque o celular balançou e tombou de novo, ficando tudo escuro e ele ouvia Phat se desculpando com o telefone. Ele o levantou e o sorriso de Phat encheu a tela.
"Seu cabelo está molhado, Phat!"
"Não tem ninguém para secar para mim!"
Pran respirou fundo e ficou observando Phat rir.
"Eu amo você!" A voz dele soava arrastada, seu amor tinha mais vogais do que o normal e o "você" chiava.
"Também te amo!"
"Eu não estou preparado para viver sem você!" Ele cheirou o pijama do namorado.
O coração de Pran se encheu de tristeza, porque Phat o encarava desolado e com os olhos pequenos pelo álcool e sono.
"Queria você cuidando de mim!" Ele ronronou e Pran teve vontade de pegar o primeiro voo de volta pra ele. Ele não aguentava ver Phat sofrer assim.
"Prrraan! Eu preciso de você!" Havia sofrimento no olhar dele e Pran se emocionou.
"Prrrrrraaan! Eu queria ter o seu pau na minha boca agora!"
Pran se assustou com que Phat disse e percebeu que ele gemia.
"Você é muito safado, Phat!" Pran riu.
Ele abriu os olhos e encarou a imagem do namorado.
"Você não queria colocar seu pau na minha boca agora?" Seus olhos miúdos e carentes destoavam do que ele dizia "Você prefere colocar na minha bunda? Eu deixo! Você pode meter forte em mim, eu sou seu!"
Ele via o rosto de Phat se contorcendo naquele prazer solitário e, talvez por ser tão tarde e ele estar com sono, o lado racional de Pran demorou um pouco para processar todas as informações que chegavam, mas seu instinto acordou bem antes dele.
Ele baixou as calças e se segurou, alisando seu membro com o polegar.
"Eu posso fazer o que eu quiser?" Pran perguntou.
Phat olhou para a câmera e sorriu.
"Prrrrrraan!!"
"Eu quero ver você, Phat!"
Ele se ajoelhou no colchão e colocou o celular encostado na cabeceira da cama. Pran via o contorno dos músculos da coxa do namorado, sua mão grande e cheia de veias segurando seu pau duro e vermelho, seu abdômen definido, seus ombros proeminentes e seu rosto alegre.
Ele passou a língua pelos lábios.
"Eu quero foder sua boca, Phat! Quero você de joelho assim e eu vou...."
"Nãoooo!" Phat resmungou e Pran parou "Prrran, eu quero você fodendo minha bunda!" Ele gemeu e o movimento da sua mão estava mais agitado.
"Você disse que eu..." Pran tentou voltar para sua fantasia.
"Namorado, me fode com força! Por que você não cuida do que é seu? Eu quero sentir seu pau entrando com força em mim, quero sentir ele inchando dentro de mim, Pran!!"
Pran se excitava com o desejo deseperado de Phat e deixou se levar pelo que ele dizia. Era uma ideia deliciosa também.
"Goza dentro de mim, Pran, por favor! Me morde de novo e mete com força! Eu não aguento mais!"
Phat falava e se masturbava com desespero, ele curvou o corpo para frente, balançando o colchão e o celular tombou. Pran só tinha escuridão, os gemidos abafados de Phat, o som da sua mão bombeando o seu pênis, e voz dele implorando pelo pau do namorado. Ele ouviu quando sua respiração ficou ainda mais alta e Phat gozou. Foi um pouco frustrante para Pran, mas ele continuou se tocando.
Phat deitou ao lado do celular e virou a tela para sua cara, com um sorriso cansado.
Ele começou a falar que tinha receio de ter engravidado de novo e Pran sentiu sua empolgação diminuir. Por que toda vez que ele ficava bêbado, ele falava sobre isso? Pran respirou fundo, passou a mão pelos cabelos e tentou chamar Phat, que não o ouvia. Phat dizia que se fosse verdade, seu sonho era ter filhos gêmeos de Pran, que riu dos delírios do namorado. Ele tentou chamá-lo, mas provavelmente ele tinha baixado o som da chamada.
A voz de Phat ficava mais fraca a cada palavra e a tela foi baixando até que o celular escorregou e Pran acreditava que estava deitado na jugular de Phat. Ele ouvia o ressonar do namorado, que dormiu antes de concluir suas loucuras. Pran ficou deitado ali mais um tempo antes de deligar.
Só restou a ele pensar em como poderia castigá-lo para que sua ereção voltasse.
No dia seguinte, Pran mandou uma mensagem avisando que o voo tinha sido antecipado e eles já estava voltando, mas ele não respondeu. Quando o avião pousou, Ming os esperava.
Pran tinha comentado sobre a bebedeira da noite anterior e falou que ia de taxi para o apartamento deles buscá-lo e depois iriam juntos para casa dos pais.
As roupas do namorado estavam jogadas na entrada e Pran ficou aliviado, o namorado foi capaz de trancar a porta e depois se despir. Ele correu para o quarto e Phat dormia de bruços, nu, com o pijama de Pran sujo do seu esperma do lado.
Pran tirou sua roupa e subiu na cama ficando de joelhos atrás dele. Ele acaricou as coxas do namorado e o chamou baixinho.
Phat moveu a perna rapidamente, como se tentasse se desvencilhar dele e falou com uma voz engasgada de quem ainda estava dormindo:
"Eu sou casado! Não encosta em mim!"
"Não estou vendo aliança no seu dedo!"
"EU SOU CASADO!" Ele gritou sonolento e tentou se virar e Pran o segurou, jogando seu corpo sobre o dele.
"Cadê seu marido?"
Phat acordou sem entender e quando ia tentar dar uma cotovelada na pessoa caída sobre seu corpo, ele percebeu quem era e relaxou.
"Você não respondeu, cadê seu marido?" Pran se esfregava sobre Phat, que fez um pequeno grunhido.
"Eu preciso ir ao banheiro!"
Pran respirou fundo e deu espaço para que ele se levantasse. Era a terceira vez que Phat o deixava de pau duro.
"Oi, namorado!" Phat disse ao sair do banheiro, olhando Pran sentado na cama.
"Agora voltei a ser namorado?"
"Nos meus sonhos você é meu marido!" Phat falou com um sorrisinho tímido "na vida real você me abandona!"
"Você sabe o que você fez ontem?" Pran estava irritado e excitado na mesma proporção.
"Fui beber com Korn e Wai, você sabe disso." Ele respondeu intrigado.
"E depois?"
"Eu dormi, não foi?"
"Como eu poderia saber, Phat?" Pran respondeu zangado e se divertindo com a confusão no rosto dele.
"Eu dormi, eu acho que dormi. Eu vim para casa dormir, Pran!"
Pran fez um grande esforço para se manter sério.
"Se você veio para casa, por que estava gritando que é casado? Tinha alguém dando em cima de você?"
Pran se levantou e Phat correu até ele, deseperado.
"Não! Nunca! Eu não fiz... eu nunca faria isso, Pran!"
"Você não pediu para alguém enfiar o pau na sua boca ontem?"
Pran alisava o pau e olhava para a confusão do namorado, que só tinha percebido nesse momento o que acontecia.
"Pran! Você me assustou!" Ele falou magoado.
"Você me assustou algumas vezes ontem" Pran acaricou o rosto do namorado com uma das mãos, sem parar de se masturbar com a outra. "E me deixou excitado também!" Ele empurrou a cabeça de Phat para baixo e ele obedeceu sorrindo "Abre a boca!"
Pran pensou em fazer várias coisas com ele como vingança, mas assim que sua boca começou a trabalhar, não demorou muito para que ele gozasse.
"Tão rápido! Você também sentiu minha falta, né?" Phat riu, limpando os lábios ao ser levantar.
"A gente tem que ir para casa dos seus pais!" Pran usou isso como desculpa e se vestiu.
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Pran guardou o carro na garagem dos seus pais e eles caminharam de mãos dadas para casa de Phat. Ao entrarem, as famílias já tinham começado a troca de presentes e Dissaya e Ming discutiam.
"Você vai se vestir de Papai Noel, sim, quando nossos netos nascerem! Olha o tamanho da sua barriga, tem que ser você!" Ela apontava para Ming, que dizia ser muito novo para ser o Papai Noel.
Pa e Ink se encaravam e Phat riu abraçado em Pran, que tinha se sentado no seu colo no sofá da sala.