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No palco - Bad Buddy Multiverso

Chapter 43: O capítulo que ninguém pediu

Chapter Text

Oi!

Esse é o capítulo que ninguém pediu, mas era uma vontade que eu tinha de contar como Korn e o Wai dessa fic começaram a se relacionar.

Eu me diverti escrevendo e espero que quem tiver coragem de ler também se divirta.

💚❤️

______________________________

Korn viu Wai fuzilando as costas de Pat, seu melhor amigo; era muita ousadia fazer isso sabendo que aquele amigo tarado dele havia se insinuado para a irmã de Pat.

"A gente não pode deixar isso barato!"

Korn disse e Pat não o apoiou. Isso era estranho, já que ele era muito protetor com a irmã, eles brigavam como irmãos fazem, mas nesse tipo de situação, ele nunca agiria assim.

As provocações dentro da aula não paravam, os alunos da arquitetura não se cansavam mesmo estando errados e ainda defendiam Pran.

As discussões só foram enceradas quando a professora os dividiu em pares. Ninguém estava feliz com essa decisão e não havia nada que pudesse ser feito.

Ele andou até a cadeira ao lado de Wai e se jogou ali, cruzou os braços sobre o peito e abriu as pernas, empurrando o joelho do outro.

"Você é um macaco, que precisa mostrar suas genitais para conquistar espaço?" Wai disse, dando um empurrão forte com o joelho na perna de Korn, que o olhou assustado.

"Pelo menos meu amigo não abusa de garotas menores de idade!" Ele olhou para o rosto de Wai em desafio e notou que ele tinha um perfil bonito.

"Nem o meu! E ele não é mentiroso, diferente do seu!"

"Lave a boca para falar de Pat, seu babaca!"

Wai o encarou com um meio sorriso e replicou:

"Você sabe o que é se lavar, por acaso?"

Korn bateu a mão na carteira, irritado com a soberba daquele projeto de arquiteto que estava ao seu lado, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, a profesora chamou sua atenção e ele se encolheu de vergonha.

Sua raiva só aumentava porque Wai ria, levemente corado pela bronca também ter sido dirigida a ele. E ele ainda parecia fofo quando fazia isso. Korn agradecia sua sorte de não estar no mesmo grupo de amigos porque provavelmente ele conquistaria todas as garotas com esse jeito.

Ao final da aula, eles conversaram para definir como dividiriam as tarefas passadas.

Não era difícil estudar com ele, visto que Wai era bem organizado e ainda explicou que teria que fazer algumas coisas no bar onde trabalhava já que não tinha muito tempo livre.

"Está querendo tirar o corpo fora? Vai jogar tudo nas minhas costas mesmo?"

"Eu não sou filhinho de papai que tem tudo de mão beijada!" ele rolou os olhos e Korn percebeu que o tinha magoado e se sentiu mal.

"Ok, desculpa! Peguei pesado!"

"Bem típico dos caras da engenharia: babacas e arrogantes!"

"Hey, eu pedi desculpa, tá bom!?"

Wai ignorou o que ele disse e continuou falando sobre a matéria.

"Eu vou adiantar essa parte hoje no trabalho. Geralmente é tranquilo no começo do expediente. Eu mando para você assim que fizer. Qual seu e-mail?"

Eles trocaram contatos e Korn foi embora. Sim, ele foi para sua casa no carro que tinha ganhado do pai no dia em que foi aprovado na faculdade. Era a primeira vez que ele se sentia constrangido por ter dinheiro e isso era estranho.

Wai tinha acabado de vestir seu avental, quando Korn entrou no bar e com um suspiro profundo, ele foi até o cliente.

"Acabamos de abrir, a cozinha ainda está sendo preparada..."

"Já fiz a minha parte e você pode usar meu computador para fazer a sua, assim não precisa mandar por email." Korn o interrompeu.

"Você sabe que eu tenho um computador e não pago para mandar e-mail, né? É de graça, gente pobre também pode fazer isso. Você não precisava ter vindo até aqui." Wai se sentia incomodado com a presença dele.

"Eu vim tomar uma cerveja."

"Eu falei que te mando por e-mail, você não acredita em mim?"

"Eu queria me desculpar de verdade..."

"Ou você veio conferir se eu trabalho mesmo? Você convive com mentirosos, deve achar que todo mundo mente."

"Para de chamar o Pat de mentiroso, eu estava lá, eu vi Pran tocando na irmã dele!"

"Ele estava segurando ela. Eles são amigos há muito tempo e ele não tem nenhum interesse nela! Pat foi burro, bateu na pessoa errada, ele sabe disso e continua espalhando essa mentira."

Korn sabia que Pran e Pa eram próximos e fazia sentido o que Wai dizia, ele via verdade nos seus olhos e a postura de Pat durante a aula o deixou desconfortável.

"Uau!" Wai começou a rir e Korn ficou envergonhado "Nem você acredita em Pat. Eu consigo ver na sua cara que você está me dando razão."

"Você não está vendo nada!"

"Sua cabeça é tão grande que qualquer um enxergaria isso. Você disfarça muito mal!"

"Eu preciso chamar outro garçom para me trazer uma cerveja. O serviço aqui é bem ruim!" Korn falou alto e para ninguém, pois só os dois estavam ali.

"Vou buscar, se acalme, moleque mimado!"

"Não me chame assim!" Korn falou bravo.

"Ok, Senhor!" Wai virou as costas rindo, se sentindo animado por ter perturbado aquele trouxa.

Wai retornou com a cerveja e sentou ao lado dele e os dois juntos fizeram o trabalho antes da casa começar a ter movimento.

Korn podia ter ido embora, mas pediu mais uma cerveja, depois outra e não entendia porque não conseguia simplesmente levantar e sair.

"Você já bebeu demais!" Wai se negou a trazer a última cerveja pedida.

"Eu pedi mais uma, eu mando e você traz! Você não entende como funciona?" Korn falou mais alto do que pretendia, porém falou enrolado demais para que alguém, além de Wai, que estava na sua frente, entendesse. "Desculpa!" Ele baixou o rosto encabulado.

Wai saiu e voltou com uma garrafa d'água, mas Korn já tinha encostado a testa na mesa e dormia profundamente.

Wai terminava de limpar o chão e Korn roncava deitado em três cadeiras. Foi difícil deitá-lo e era impossível acordá-lo.

"Korn!" Wai cutucava, chacoalhava e empurrava o bêbado, que não se movia. "Acorda!"

Ele não podia deixar o rapaz ali e nem sabia onde ele morava, sua única opção era levá-lo para sua casa. Ele poderia deixá-lo dentro do carro, dormindo, mas Wai não teve coragem, se acontecesse algo com ele à noite, seria sua culpa.

Wai o abraçou pela cintura, jogou um dos braços dele sobre os ombros e o puxou para cima. Korn resmungou e jogou todo peso do corpo em cima do arquiteto.

"Como você consegue ser tão pesado assim?"

Wai o arrastou para fora enquanto Jojo trancava o bar e andou até o carro dele. Para tentar achar a chave, ele passou a mão pelos bolsos da calça de Korn, que riu.

"O que você quer, está aqui!" Ele balbuciou essas palavras e pegou a mão de Wai e colocou sobre seu pênis.

Wai se retraiu e deu uma cotovelada no engenheiro, que mal sentiu e parecia estar dormindo em pé.

"Deveria deixar você dormindo aqui no chão!"

Wai conseguiu achar a chave, destravou o carro, abriu a porta e o soltou no banco de trás. Era um carro bonito e cheirava a novo, ele suspirou pensando que o dinheiro que ele tinha guardado para comprar o seu carro não pagariam nem o couro do banco onde ele estava sentado.

Ele dirigiu até seu apartamento e se lamentou por ter trazido esse fardo a cada degrau que subia. Ele o carregou para dentro e deixou que ele caísse no chão da sala, que também era o quarto, porque seu dinheiro era insuficiente para pagar por um lugar maior.

Ele tomou banho e quando saiu, o engenheiro ainda dormia do mesmo jeito que havia sido deixado. Wai o cutucou com o pé e Korn gemeu.

"Vou fazer xixi!" Ele sorriu.

"Aah, não vai, não!

A última coisa que Wai queria agora era limpar xixi de bêbado dentro da sua casa. Ele levantou Korn e o levou para para o banheiro, mas não foi rápido o suficiente e ele molhou as calças. Wai desacreditava do seu azar e tirou a roupa dele e o enfiou debaixo do chuveiro.

"VOCÊ ESTÁ QUERENDO ME MATAR?" ele gritou quando a água caiu no seu rosto

"Ainda não, Korn! Cala a boca!"

Ele o lavou o melhor que pôde, tentando não se impressionar com aquele corpo, depois o enrolou na toalha e o sentou na cama, enquanto dava um jeito nas roupas sujas. Quando voltou, Korn tinha deitado em um dos lados do colchão, a toalha quase não o cobria e ele roncava.

Exausto, Wai deitou do seu lado e dormiu.

O celular de Wai tocou primeiro, ele sempre acordava muito cedo por causa dos horários dos ônibus. Korn não entendia que som era aquele e não lembrava onde estava, mas esticou o braço para desligar o barulho.

"Tira a mão de mim!" Wai resmungou e empurrou Korn, que se assustou e percebeu que estava nu e deitado na cama com ele.

"O que você fez comigo?" Ele tentou se levantar e sua cabeça rodou e ele sentiu que ia vomitar.

"SE VAI VOMITAR, VAI PRO BANHEIRO!" Wai pulou da cama e puxou Korn em direção ao banheiro.

"Eu to bem! Foi só impressão!" Korn tentava se soltar e respirar. "Cadê minhas roupas?"

"Você mijou nelas!"

"A gente... você sabe... a gente...?" Ele fez gestos insinuando relações sexuais e Wai revirou os olhos.

"Claro que não!" Wai respondeu e reparou pela primeira vez que Korn estava com uma pequena ereção matutina e virou o rosto constrangido.

Korn percebeu e riu.

"Obrigado por cuidar de mim!" Ele disse rindo e deu um tapa na bunda de Wai, que se virou furioso e o empurrou.

"Devia ter deixado você na rua!"

Korn olhava em volta, tentando descobrir onde estava e coçava a virilha enquanto fazia isso. Wai assistia à cena com desgosto.

"Você deveria parar de olhar pro meu pau." Korn sorriu "ou eu vou achar que você quer tocar nele."

"Você é nojento!"

Wai se virou e sentiu suas bochechas ficarem vermelhas. Para disfarçar, ele foi para o banheiro, se lavou e foi preparar um café para ajufar com a ressaca de korn.

"O cheiro é bom!" Korn disse ao sair do banheiro e se encostou na pia, cruzando os braços sobre o peito nu.

"Por que você está pelado? Veste sua roupa!"

"Está molhada."

"Você não vai ficar desse jeito do meu lado"

"Aqui não é grande o suficiente pra eu ficar em outro cômodo" a pia ficava quase ao lado da cama e o banheiro próximo da varanda (ele chamou de varanda a janela grande que tinha um espaço onde mal cabia uma pessoa sozinha em pé) "além disso, não tem nada aqui que você já não visto ou tocado."

"Continua falando igual a um imbecil, que eu jogo essa água quente em você!" Wai estava vermelho e sentia o rosto arder.

Korn riu e ficou quieto.

"O que você mandar, bebê!"

Wai entregou uma xícara para ele, que fez um sinal de aprovação após beber.

"Não preciso da sua aprovação!" Wai pensava que era impossível existir alguém mais irritante "Acho que tenho uma roupa que te serve." Ele se deu alguns passos e pegou uma calça e uma camiseta e entregou para Korn "Você vai me dar uma carona porque eu já perdi o ônibus!"

"Eu só tenho aula às dez horas"

"Eu não perguntei nada, estou só te comunicando!"

"Como é mandão!" Ele colocou a roupa sobre a pia e cobriu a virilha com as mãos e sorriu "gosto assim!"

"Para de falar desse jeito e vai se trocar." Wai corou.

"Você fica muito fofo quando está envergonhado!"

Korn segurou o próprio pau, duro, e Wai não conseguia tirar os olhos dele. Ele chegou mais perto de Wai, que não recuou e o beijou.

Os dois se afastaram um pouco e se encararam incrédulos do que tinham acabado de fazer. Talvez fosse efeito do álcool que ainda corria no sangue de Korn, talvez fosse o sono atrapalhando a mente de Wai ou talvez fosse só o desejo dos dois falando mais alto, eles não sabiam dizer o porquê, eles só queriam ter um ao outro nesse momento.

Wai baixou sua mão e continuou masturbando Korn que jogou a cabeça para trás, dando espaço para que Wai chupasse seu pescoço. Ele o beijou por todo o peito, na barriga e se ajoelhou em frente a Korn, e o chupou, engolindo-o por completo.

A boca de Wai era quente, macia, aveludada era a palavra que Korn usaria depois para instigar o namorado, e ele sabia como usar a língua enquanto o chupava. Korn espalmou as mãos nas bochechas de Wai e o fez olhar para cima. A visão era perfeita, seu olhar era sexy e dócil, seu nariz roçava os pelos da sua barriga e ele conseguia enfiá-lo inteiro na boca. Ele acaricou as bochechas de Wai com os polegares e retirou o pau da sua boca, fazendo se levantar.

Wai parecia tímido e isso deixava Korn ainda mais excitado, ele o puxou pelos cabelos e o beijou desesperado, ao mesmo tempo que tentava tirar sua roupa.

"É melhor não, Korn!" Ele sussurou levantando os braços para permitir que engenheiro tirasse sua camiseta.

"Olha como você me deixou!" Korn o fez ver o quanto seu pau estava vermelho e duro "parar agora é crueldade!" Ele sorriu e apertou a bunda de Wai ao mesmo tempo que o beijava.

"Eu nunca..."

"Eu também não! E eu vou morrer agora se não puder transar com você."

Wai riu do exagero de Korn.

"Por favor!" Ele implorava, lambendo sua garganta, seus peitos mordendo seus ombros, e gentilmente virando-o de costas e cheirando sua nuca.

Wai abaixou as calças e se inclinou sobre a pia, Korn se colocou atrás dele e só pressionava a cabeça do pau contra ele, sem entrar completamente. Ele pressionava e tirava, para desespero de Wai.

"Anda logo!" Wai empinou a bunda, cheio de tesão e agonia.

"Calma, bebê, não quero te machucar."

Wai sabia que ele tinha razão, mas sua vontade era tão grande que ele empurrou a bunda para trás e gritou quando o pau de Korn entrou de uma vez.

"Eu falei que ia ter cuidado! Você está bem?" Korn parecia preocupado de verdade e Wai achou isso fofo, mas não era isso que ele buscava, ele queria que o engenheiro o fodesse.

"Está tudo bem." Ele tentou se mover para frente e sua bunda doeu e ele se contraiu, apertando o pau de Korn que gemeu.

"Você é muito afobado!" Korn alisava as costas dele, tentando fazer com que ele relaxasse um pouco, sem parar de se mover, entrando e saindo devagar.

"Você fala demais e fode pouco!"

"Você é muito mandão." Korn riu e não mudou nada do que fazia, saindo lentamente e entrando com suavidade até sua bolas se encostarem nele.

Wai apoiou os cotovelos na pia e empinou ainda mais a bunda e Korn teve que se conter.

"Me fode de verdade, Korn! Isso é tortura!" Ele choramingou.

Korn o segurou pelos ombros e o penetrou com força e ele gritou de novo.

"Tem certeza de que é isso o que você quer, bebê!"

"Para de me chamar de bebê!"

Korn meteu com mais força e Wai não gritou, mas mordeu o lábio e fez cara de dor.

"Eu não quero te machucar, mas você é um bebê muito mal criado."

"Para de falar!"

Ele se afastou e saiu inteiro da bunda de Wai, que olhou para trás, preocupado, mas antes que pudesse reclamar, Korn deu várias estocadas fortes, quase violentas nele, que o fizeram se arrepender de ter provocado o outro. Ele conteve seu grito e olhou assustado para trás e Korn parou.

"Vai devagar, por favor!"

"Eu falei que assim ia machucar" Korn o fez se levantar e o abraçou, sem parar de penetrá-lo, com calma dessa vez. Ele apertava os mamilos de Wai e se esfregava na sua bunda, uma das mãos dele desceu até o pau do arquiteto. Ele o fodia e masturbava no ritmo perfeito para os dois.

Wai não acreditava que korn pudesse ser tão bom, ele sabia como fazer e o que fazer, então o arquiteto se deixou levar pelos movimentos do outro.

"Você gosta assim, bebê?"

"Gosto! Está perfeito!"

"Posso gozar em você?"

"Pode!" Wai concordou com um gemido alto.

"Diz que você quer que eu goze na sua bunda, bebê!"

Wai se irritava cada vez que ele o chamava dessa forma, ao mesmo tempo se sentia especial e seu autocontrole desapareceu.

"Pede, bebê!"

"Goza em mim!" Ele gemeu e gozou na mão de Korn enquanto pedia pelo seu pau "goza na minha bunda!"

"Porra! Não pede desse jeito! Eu não vou aguentar!"

Os dois ficaram ofegantes e abraçados, incapazes de se moverem.

"Acho que eu não tenho condição de ir para aula hoje" Korn falou por fim.

"Pois coloque uma roupa agora. Eu tenho que ir e você vai me levar! Estou muito atrasado já." Wai o empurrou e andou até o banheiro sentindo um leve desconforto ao caminhar.

"Você não é nada romântico, sabia?"

Korn andou até a cama e se deitou sem acreditar no que tinha acabado de acontecer. Ele transou com um cara. Esse cara era da arquitetura. Ele era fofo e foi o melhor sexo que ele já fez na vida!

Ele estava distraído e o sono começava a envolvê-lo, quando seu rosto foi atingido por alguma coisa.

"Anda, coloca a roupa!"

Eles não conversaram durante o trajeto até faculdade. Korn parou um pouco longe da entrada, para que ninguém desconfiasse e voltou para sua casa.

Wai queria esquecer que tinha deixado aquele cara da engenharia gozar na sua bunda, mas uma leve ardência na sua região anal o relembrava a todo momento.

Quando voltou para casa no final da tarde e se preparava para ir ao ensaio da sua banda, ele viu que as roupas de Korn estavam secas. Ele não poderia entregá-las no campus, seria estranho fazer isso na frente de outras pessoas. Ele decidiu que ligaria para que Korn viesse buscar.

Sua intenção não era reencontrá-lo, de modo algum, nunca! Era só para entregar as roupas. Ele dizia a si mesmo, enquanto andava até a porta, onde alguém o chamava.

"Oi, bebê! Vim devolver suas roupas. Eu mesmo lavei e coloquei para secar!"

Korn segurava uma sacola e sorria parado na porta e Wai tentou não parecer feliz e falhou.

"Já falei para você não me chamar assim! É irritante!"

Ele pegou a sacola da mão do outro e deu espaço para que ele entrasse na sua casa.

"Se você não fosse fofo, eu não te chamaria assim!"

Korn parou no meio do quarto, com as mãos enfiadas nos bolsos.

"Eu não sou um bebê! Espera que eu vou pegar suas coisas!"

Wai passou por ele, que o segurou e puxou, enrolando os braços em torno da cintura do arquiteto.

Os beijos foram mais intensos e as roupas foram arrancadas com maior velocidade dessa vez. Com lubrificante que Korn tinha comprado, ele o penetrava com mais facilidade e Wai confirmou que adorava o jeito como ele fazia. De lado era sua posição favorita até aquele momento.

Sentir a respiração ofegante de Korn na sua nuca, ouvir seus gemidos ao pé do ouvido, e até escutá-lo falando bobagens eram o paraíso para Wai.

"É muito bom foder você, bebê! Geme pra mim."

Esse era o tipo de coisa que Korn não precisaria pedir porque do jeito como ele se movia e o tocava, era como se soubesse onde estavam todos os pontos de tesão do seu corpo.

Wai gemeu e virou o rosto para beijá-lo.

"Agora seu bebê não está sendo malvado, não é?" Wai perguntou envegonhado e Korn abriu um sorriso imenso.

"Não! Você é um bom garoto!" Korn o segurava pela cintura com uma mão e seu outro braço envolvia o pescoço de Wai.

Wai começou a chupar o polegar de Korn, que soltou um gemido alto.

"Meu bebê está faminto!"
Wai riu e empurrou a bunda com força para trás, arrancando outro gemido do parceiro.

"Você vai me foder a noite toda... papai?"

"Porra, Wai!" Korn não se conteve e gozou ao ouví-lo dizer isso.

"É sério isso, Korn?" Wai falou bravo, olhando por sobre o ombro.

Korn queria se desculpar, mas ele ainda tremia com os espasmos do seu corpo.

"Eu perdi o controle." Ele disse tentando se aconchegar em Wai, que o empurrou.

"Para com isso!" Ele disse contrariado.

"Você não pode ser romântico pelo menos uma vez? A gente transa e você me expulsa."

"Para de drama, Korn!"

"Não é drama! Eu gosto de ficar abraçado depois de gozar. E com você eu tive os melhores orgasmos da minha vida!" Ele tentou abraçá-lo de novo e tomou uma cotovelada na barriga.

"Eu estou com calor!" Wai achava Korn estranho, ele nunca imaginou que aquele engenheiro babaca fosse se comportar assim, mas no fundo, gostava da atenção que recebia.

Eles ficaram deitados lado a lado em silêncio por um tempo.

"Eu falei com Pat hoje sobre o que você contou, disse que algumas pessoas comentaram que Pran só estava ajudando Pa. Ele desconversou."

"Eu te falei!" Wai se virou para ficar de frente com ele.

"Eu sei. Desculpa não ter acreditado em você, bebê!"

"Você não tinha porquê acreditar em mim."

Korn o puxou para um abraço e dessa vez ele cedeu. Ele beijou a testa de Wai e suas pernas se entrelaçaram.

"Eu não quero sair daqui nunca mais!"

Wai riu e se afastou somente o suficiente para encarar o engenheiro.

"Você é muito emocionado, Korn! Você fala como se nós fossemos casados, almas gêmeas, sei lá, esse tipo de bobagem!"

"Não acho isso bobagem! Eu nunca senti isso por ninguém e se você quiser a gente casa amanhã!"

"Korn!" Wai o repreendeu e deu uma gargalhada sentindo borboletas no seu estômago "Vamos devagar com as coisas."

"Eu vou poder te ver de novo, né?"

"Acho que sim." Wai enfiou o rosto no peito dele para esconder o rubor nas maçãs do rosto.

Nos dias que se seguiram, Korn o esperou após o ensaio da banda, o buscou no trabalho e além da roupa que Wai lavou no primeiro encontro deles, ele já tinha deixado algumas outras coisas na casa dele.

Ele já o chamava de namorado, fazia as compras e tentava cozinhar para agradar Wai. Era sempre divertido ver o engenheiro tentando fazer coisas simples de casa. Wai se perguntava se ele tinha um empregado só para cortar seus bifes, sua inabilidade para tarefas simples era chocante.
_______________

Korn o esperava depois da aula para levá-lo ao ensaio, mas antes fez um desvio no caminho para um lugar mais afastado.

"Korn, meu amor, eu tenho que ir! Já é o quarto ensaio que eu chego atrasado." Ele falava tentando afastar o namorado que beijava seu pescoço e apertava suas coxas.

"Eu não vou te ver hoje a noite, você vai trabalhar e eu tenho aquele evento dos meus pais. Eu não vou sobreviver até amanhã!" Ele tentava puxar Wai para o seu colo e era difícil para ele resistir.

"Eu vou comprar um carro para mim." Wai falou por fim.

"Ok, eu te solto, vai para o seu ensaio." Korn se deu por vencido.

"Não, eu não estou falando por causa disso." ele riu "Eu preciso de um carro mesmo, me ajudaria muito e eu estou guardando um dinheiro há um tempo."

"Isso é muito legal! Eu posso te levar na concessionária onde comprei o meu..."

"Korn, por favor!" Wai estava abismado com a ingenuidade do seu homem "Eu não conseguiria comprar um pneu nessa loja. Eu tenho dinheiro para comprar um carro simples."

Wai se irritava quando essas diferenças entre suas vidas, as diferenças sociais e das condições financeiras apareciam de maneira tão gritante.

"Você pode usar meu carro quando quiser." Korn tentou ser gentil.

Wai revirou os olhos sem acreditar no que ouvia.

"Eu não posso ir com seu carro da faculdade para o trabalho ou para casa dos meus pais. Não seja estúpido, Korn!"

Wai abriu a porta e saiu andando com o coração dilacerado por tê-lo deixado daquela forma.

Neste ensaio foi a vez dele errar todas as músicas, sua cabeça estava longe. Pran foi compreensivo porque alguns dias atrás ele estava do mesmo jeito. Eles terminaram o ensaio mais cedo e ele foi para o trabalho. Na saída, Korn não estava lá e ele sentiu vontade de chorar.

Ele se arrastou para subir os andares até seu apartamento e quando abriu a porta, Korn estava estudando na mesa da cozinha. Seu computador estava ligado e ele tinha vários papéis espalhados.

"O que você esta fazendo aqui? E o evento dos seus pais?" ele perguntou sentindo seu coração aquecer.

"Bebê, desculpa! Eu não vi que já era tão tarde e esqueci de ir te buscar." Korn levantou num pulo e agarrou Wai com força como se tivesse medo de perdê-lo. Wai retribuiu com a mesma intensidade. "Falei para os meus pais que tinha uma coisa muito importante para fazer."

"Você está estudando?"

"Não. Você já comeu? Eu comprei macarrão, quer que eu esquente para você?"

"Não precisa. Eu vou tomar banho."

"Espera, deixa eu te mostrar." Korn o pegou pela mão e levou até a mesa "Eu conversei com alguns colegas e falei que precisava de indicações de carros populares. Ele me disseram para procurar quem estivesse vendendo sem ser por concessionária. Lá é sempre mais caro, eles me disseram. Eles me passaram alguns contatos e eu já fiz uma lista deles."

Ele entregou uma lista para Wai e continuou falando.

"São todas pessoas de confiança. Esse carro aqui" ele apontou no papel "é muito bom, Eu sei, eu sei, é um pouco mais caro, mas eu posso te emprestar a diferença e você me paga depois. Em dinheiro! Eu sei que seu corpo você dá para mim de graça!"

Ele sorria da própria piada e Wai não tinha certeza se ria, ficava bravo ou chorava por todo esforço que ele tinha feito.

"Eu vou ver com mais calma amanhã. Vou tomar banho."

A resposta fria dele fez Korn ficar confuso se tinha feito a coisa certa ou não. Wai era a pessoa mais importante da sua vida e ele não queria perdê-lo.

"Vem me ajudar, daddy!" Wai gritou de dentro do banheiro e Korn riu e correu arrancando a roupa pelo caminho.