Baltazar


Oswaldo Silva, mais conhecido como Baltazar, o "Cabeçudo de Ouro", foi um jogador de futebol, grande ídolo do Curintias nos anos 50. Baltazar tinha como principal característica o cabeceio, pois quando ele cabeceava uma bola ela ia para o gol como um míssil.

Baltazar em sua melhor forma.

CarreiraEditar

Baltazar iniciou sua carreira no futebol de várzea, jogando por um time modesto chamado Açúcar União Monte Alegre, e mais tarde foi para um time (que naquela época era chamado de "time grande") chamado Jabaquara. Com sua boa atuação, ele foi contratado pelo Curintias, onde ficou por 12 anos, ganhando títulos como o Rio-São Paulo de 1950, 53 e 54, no campeonato paulista de 1951 e 1952 e na conquista do 4º Centenário de São Paulo em 1954.

Em 1957, já com uma das chuteiras penduradas, saiu do Curintias e foi para o Juventus de Turim da Móoca. Mais tarde voltou para o Espanha, e encerrou a carreira em um time de várzea.

Baltazar é o primeiro e único jogador de futebol profissional que começou a carreira em um time de várzea, jogou em time grande, foi para a Seleção nacional, foi para time pequeno e voltou para a várzea.

Seis anos depois de se despedir do futebol, Baltazar virou auxiliar-técnico do Curintias. Mais tarde, virou técnico, teve bons resultados, levou o Curintias para a fase final do Brasileirinho 171, quando o time já estava a 17 anos sem vencer um título. Mas o time foi derrotado, Baltazar brigou com a diretoria e foi demitido. Continuou como técnico em times de menor expressão, e mais tarde desistiu.

Baltazar ficou pobre e começou a fazer bicos em muitos lugares diferentes; já vendeu cosméticos de porta em porta, vendeu livros, foi dono de uma banca de churros, como dono de loja de 1,99 e até como carcereiro do Carandiru.

CuriosidadesEditar

  • Ele já chegou a dizer que não era um jogador bom, mas falava que em quesito de cabeçada era melhor que Pelé. Dos 1475 gols marcados por Baltazar, 600 foram com a cabeça, e o resto foi com o ombro quando ele não conseguia acertar a cabeça.
  • Em um concurso de quem era mais popular na época que ele jogava, Baltazar ganhou um Fusca. Como Baltazar não sabia mexer nos motores do carro, o próprio começou a pegar fogo. A torcida do Curintias fez uma vaquinha e comprou outro para o ídolo, que mais tarde foi roubado por torcedores do Palmeiras e o carro explodiu com os suínos dentro. Quando o então candidato a governador de São Paulo, Levy Fidelix disse que o estado precisava de alguém com cabeça para comandar o estado, quase todo mundo do público gritou "Baltazar". Como o voto naquela época era o de colocar um papel dentro de uma caixa, Baltazar foi eleito governador de São Paulo, mas no mesmo dia saiu porquê não era candidato.

MorteEditar

Baltazar foi esquecido por muitas pessoas. Nenhum time queria ajudá-lo. Ele recebeu ajuda da Pizza Portuguesa, que se lembrava dele por que o Baltazar em um dia marcou 5 gols contra a Lusa. O que o magoava não era a falta de ajuda financeira, mas sim a falta de reconhecimento pelo seu passado glorioso. Ficou desaparecido por vários dias, mas foi encontrado perambulando nas ruas de Santos como um indigente desconhecido sem destino. Ele morreu vítima de problemas físicos. Só depois de sua morte que Baltazar voltou a ser mencionado pelo Curintias, que não o ajudou em nada, e póstumamente ganhou um busto no Parque São Jorge, onde também se encontram as de Neko, Luizinho Troll-chilo e Cláudio Pinho Bril.

MediaWiki spam blocked by CleanTalk.