Semana da Arte Moderna

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Arte é cultura. É viadagem também.

A Semana da Arte Moderna foi um puta evento artístico que rolou no Brasil em 1922, em comemoração ao centenário da independência. Durou de 13 a 17 de fevereiro, em três dias (incluso o dia 15 também), com apresentações no Theatro Municipal de São Paulo que deixaram um monte de pessoas que sempre estiveram acostumadas a pinturas mais simplórias ou poesias mais normais abestalhadas com a capacidade insana dos idealizadores desse circo dos horrores que foi o festival, enfiando as aberrações da arte moderna, como o cubismo e o futurismo pra dentro da cultura nacional.

Se prepare para ouvir o maestro mais porra louca da história!

Apesar das críticas, a vanguarda artística acabaria realmente sendo suplantada pelo modernismo, e abrindo caminho para grandes poetas como o MC Créu e os malucos que escreveu as Despoesias, dentre outras maluquices do tipo.

Antecedentes dessa piraçãoEditar

No Brasil já tinham lá uns autores que tentavam fazer uns paranauê meio fora da curva, principalmente na literatura. Graça Aranha, Monteiro Lobato, Augusto dos Anjos, Lima Barreto e Euclides da Cunha são os mais famosinhos nesse sentido, mas é bom que se bote na cabeça logo de cara: Graça Aranha era chato, Monteiro Lobato era um retrógrado que achava que preto só servia pra ser empregado e nem curtia nada de arte moderna, Augusto dos Anjos era um fracassado que só escrevia poesia gótica porque tinha perdido o emprego, a namorada e a virgindade anal, Lima Barreto não batia bem da cuca e Euclides da Cunha era um puta repórter sensacionalista narrando a Guerra de Canudos como se fosse novela da Globo.

Povinho metido a riquinho que ia viajar pra Europa acabou conhecendo os trampos de gente do nível de Pablo Picasso e Filippo Tommaso Marinetti, e voltou pro Brasil com a cabeça cheia de minhocas e muito ópio. Logo em 1912 um desses escrotinhos, o filhinho de papai Oswald de Andrade começou a criticar o parnasianismo chamando de poesia chata pra cacete (errado não tava, realmente os sonetos dessa turma são tão encantadores quanto assistir meia hora de filme do Uwe Boll. Daí pra frente ele começou a entrar em contato com gente meio pancada igual ele, como Adelino Magalhães, Álvaro Lins, Mario de Andrade, Manuel Bandeira e uma pá de outros piradões, e tudo começou a trocar cartinhas com poesias mais zombeteiras que outras, bem a lá Despoesias. Além de ficar amiguinho de um pintor da Lituânia doidão chamado Lasar Segall, que foi o primeiro a mostrar no Brasil que dá pra pintar tudo errado e dizer que é pintor, igual ao povo do dadaísmo.

Em 1917 a pintora Anita Malfatti, que já tinha feito uma exposição em 1914 sem muita expressão, dessa vez atraiu a fúria de um escritor aí, um tal de Monteiro Lobato, que escreveu um artigo chamado "Paranoia ou Mistificação?" naquele jornaleco de conservadores babacas. Logo Oswald de Andrade acaba por defender a amiga, dizendo que ela nem tava doida nem chapada no ácido, e que caduco mesmo era o criador da Dona Benta que achava que num sítio nos cafundó de Judas iria ter visita de Hércules e dos reis dos mares. No mesmo ano Manuel Bandeira e Mário de Andrade publicam os primeiros livros deles, assassinando a língua portuguesa em muitos momentos, além de Menotti Del Pichia fazendo uns poeminhas bem zombeteiros. E um músico da França chamado Darius Milhaud estimula o Heitor Villa-Lobos largar o violino e botar pra tocar uma viola caipira no lugar.

Daí pra frente aparecem outros malucos, como Vicente do Rego Monteiro, Gilberto Freyre, Cândido Mota Filho, Juó Bananére e Tarsila do Amaral, todos tomando muito refri com drops da preta e ficando mais doidos que eu depois de tomar 20 garrafas de cerveja.

A SemanaEditar

A semana foi organizada pelo então governador de Sampa, Washington Luís, que busca um apoio do seu partido, o Partido Republicano Paulista, pra depois virar presida (e ele conseguiu, safadinho), contando com o fato que Menotti Del Picchia e Plínio Salgado, escritores modernistas e meio facistinhas também eram do partido dele.

Sendo assim, a semana contou com diversos artistas e outros inúteis do tipo: Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Víctor Brecheret, Plínio Salgado, Anita Malfatti, Menotti Del Picchia, Guilherme de Almeida, Sérgio Milliet, Zina Aita, Heitor Villa-Lobos, Tácito de Almeida, Di Cavalcanti, além de participações especiais de Graça Aranha (que entrou de gaiato sem nem imaginar onde tava se metendo), Manuel Bandeira (que só participou com um poema bem curioso...), Rubens Borba de Moraes (um dos organizadores, mas que não pode ir porque teve caganeira durante o evento), Guiomar Novaes (cantora que só foi pro evento pro povo mais frescurento não achar que iam porra loucas pra lá) e Tarcila do Amaral (que só participou com quadros dela, já que ela mesma tava era em Paris, bebê!). O evento foi organizado por um bando de quatrocentões metidos a besta de São Paulo, tudo querendo parecer mais moderninho que o outro, mesmo não entendendo patavinas de arte moderna.

Então vamos aos dias:

13 de fevereiro (segunda-feira): Povo chega assustado ao ver umas esculturas de rolas dizendo que seriam na verdade homenagens às colunas gregas, além de pinturas que pareciam feitas por crianças autistas. Graça Aranha então faz um discurso chamado "A emoção estética da Arte Moderna", que nem o povo da própria organização entendeu nada. Fato: Graça Aranha estava chapado no dia ao perceber finalmente que tinha aceitado ser padrinho de um bando de malucos.

15 de fevereiro (quarta-feira): O dia mais doido do festival, com Menotti e outros poetas e escritores tomando um monte de vaias e outros ruídos estranhos da plateia, que mais parecia que eles tavam se apresentando pro sítio do Seu Lobato. Quando Ronald de Carvalho apresentou o poema "Os Sapos" de Manuel Bandeira (que não pode ir porque a tuberculose quase o matou pela enésima vez), foi o clímax, com diversas pessoas só faltando dar uma de Sapo Cururu ou O Sapo Não Lava o Pé. A pobre Guiomar Novaes acabou virando só uma coadjuvante no meio dessa algazarra toda.

17 de fevereiro (sexta-feira): O dia mais de boa do festival, mas que ainda rendeu uma pérola: O Villa-Lobos se apresentou com um chinelo, por causa de um calo, mas a galera, que já achava que tudo que rolava naquele festival obviamente era pra pagar de chocante cuzão, começaram a vaiar o trouxão também.

Repercussão fodida e continuaçõesEditar

Assim, de primeiro momento essa parada não teve importância nenhuma, só porque a maior parte da imprensa ficou de cu doce e metendo o pau a vera mesmo a tanta balbúrdia. Porém com o passar dos anos muita gente passou a aderir a brincadeirinha, ao ponto de nascerem ainda na década de 1920 três movimentos: o Movimento Pau-Brasil (tentando resgatar as raízes do Brasil com um quê de olhar de gringo), o Movimento Verde-Amarelo (também chamado de Movimento da Anta, que pelo nome já dá pra entender o nível... tudo nacionalista com um quê de fascista pagando de defensor nem sei de que) e o Movimento Antropofágico (que dizia pra sair misturando a porra toda de todo mundo). Além disso revistas como a Klaxon e a Revista de Antropofagia, pra espalhar as loucuras da Geração de 1922 (como essa galerinha foi apelidada) adiante, gerando as futuras Geração de 1930 e Geração de 1945.

Além dessas, vários movimentos futuros do Brasil, como a Bossa Nova, o Tropicalismo, a turma da Vanguarda Paulista e até o Manguebeat dentre outros se inspiraram nessa galerinha, principalmente no lado da Antropofagia, já que eles também curtiam comer todo mundo fazer umas misturebas sem noção.

Ver tambémEditar

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