Ruy Ramos
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Ruy Ramos (Mendes, 6 de outubro de 1957), ou segundo a linguagem jon-kabirana, Ryu Ramosu é um ex-peladeiro brasileiro naturalizado japonês, e que deu uma sorte do caralho de ter ido parar na Seleção do Japão quando seu objetivo inicial tinha sido apenas ir plantar batatas em terras nipônicas.
Ruim Ramos | |
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Valderrama brasileiro dos japoneses | |
Apelidos | Ryu Ramos |
Nascimento | 9 de Fevereiro de 1957 Jailson Mendes, Rio de Janeiro |
Nacionalidade | Brasil |
Altura | Sei lá |
Peso | Sei lá, sabemos que ele era fininho |
Posição | A última foi terceiro homem do meio de campo |
Pé | Ruim com os dois |
Clubes | Flanelinha FC (1965–1971) Black Power (1972–1973) Jorge Saad FC (1974) Yomiuri FC (1977–1996) Kyoto Purple Sunga (1996–1997) Kawasaki Verde (1997–1998) |
Estilo de Jogo | Fazer um monte de gols no Ronaldinho Soccer |
Gols | Só nos times peladeiros do Japão |
Prêmios | "Melhor penteado de um nikkei", prêmio concedido por Jassa |
BiografiaEditar
Apesar de ser tão japonês a ponto de se parecer com um nativo, Ruy Ramos, por incrível que pareça, nasceu no Brasil. Mais ainda, o sujeito é fluminense do brejo de Mendes. Pra ele não ter descido a serra rumo ao Rio de Janeiro, só mostra que o sujeito tinha nascido com o cu virado pra lua.
O Rui Rei fluminense passou alguns míseros anos no Brasil, tanto que seus vizinhos sequer o conhecia. E pelo tempo que ficava socado dentro do quarto escutando em sua pequena vitrola Roberto Carlos e Os Mutantes no último volume, nem seus próprios familiares o conhecia, com exceção de sua mãe que vivia cobrando aquele jovem quando ele finalmente arrumaria um emprego na CSN.
Antes de completar a maioridade, em 1975, aquele jovem foi convidado por seu único amigo para participar de uma caravana que partiria de São Paulo, passando por todo o continente americano por Terra e atravessando o estreito de Bering, passando pela Rússia, China e dali pegando uma das milhares de balsas que saíam da recém instalada China comunista rumo ao Japão. Tudo isso para ajudar a compor o auditório de um programa japonês que teria a participação do Jiraya em pessoa. O cara era literalmente virado no Jiraya e aquela seria uma das poucas participações do ídolo num programa daquele tipo, antes de começar as gravações para a série que só seria transmitida quase 20 anos depois, por falta de verba do governo japonês. Eram 62 pessoas dentro de uma pequena Kombi com todos os pneus carecas.
Na metade da viagem daquele comboio, descobrem que o show havia sido cancelado. Só que naquele tempo não havia internet (fora da ARPA) e as rádios eram bem bairristas. Sendo assim, Ruy e seus amigos só souberam da notícia ao chegar na alfândega no porto de Kawasaki, em 31 de agosto de 1977.
No Japão, a constituição proíbe a existência de moradores de rua. Sendo assim, o grupo que tinha ido até lá resolveu dormir dentro da Kombi, até esperar o dia amanhecer para pedir esmolas nos milhares de semáforos, pra ver se conseguiriam abastecer o carro para a volta à Terra Brasilis. Na manhã seguinte, foi-se Ruy sozinho pelas ruas estreitas de Kawasaki procurar algum bico pra ver se ao menos conseguiria ajudar seus parceiros a rachar o custo da gasosa. O primeiro local foi por coincidência o CT do Yomiuri FC. Como a única coisa que o brasileiro (mal) sabia fazer era "jogar bola" e a única coisa que aqueles asiáticos não sabiam era justamente "jogar bola", Ruy enviou um currículo para aquela empresa para o cargo de auxiliar de serviços gerais.
No dia seguinte, ao verem que Ruy era brasileiro, o chamaram para um teste com bola em que os japoneses deram um desafio a ele que julgaram impossibru: dar duas embaixadinhas. Ao fazer o dobro do proposto, Ruy foi alçado ao status de Novo Pelé (em japonês: 何もない), estampado no "New York Times" de Tóquio no dia seguinte. Na mesma semana, recebeu a camisa 10 (como se fosse grande coisa) e foi escalado pelo presidente do time para o primeiro jogo da equipe.
Carreira futebolísticaEditar
Começou sua carreira no Yomiuri FC em 1977, no jogo da equipe contra o time contra os amigos de Takuma Sato. O jogador marcou só nesse jogo, 1/10 do que faria em toda sua carreira, dando a vitória a sua equipe pelo placar de 10x0. Apesar do placar, a equipe adversária era composta apenas por gordões que passavam o expediente todo sob forte ar condicionado. Mas isso não tira o mérito do jogador, já que os jogadores de sua equipe viviam batendo cabeça, sendo todos os gols da partida marcados por ele com a assistência dele mesmo. E foi sendo assim até a profissionalização da liga japonesa, em 1990 e alguma coisa. Até lá, fez mais de oito mil partidas e marcou apenas 100 gols.
Em 1978, Ruy Ramos brigou com um companheiro da equipe, quando mandou seu colega de equipe “abrir os olhos”, pois tinha muita bola entrando na área. Seus outros 9 colegas de time tomaram as dores do companheiro esporrado e cenas lamentáveis ocorreram no vestiário da equipe. Após o incidente, o jogador brasileiro foi posto em banho-maria por um ano, até a temporada seguinte.
Como prova do sub-nivelamento do campeonato daquele país, comparável ao que o Campeonato Brasileiro vive hoje, Ruy Ramos foi em 1979, líder na artilharia, no ranking de assistência e também de passes. Ele cobrava o tiro de meta, ele dominava no meio campo livre de marcação, tabelava com ele mesmo até a pequena área para tirar do goleiro adversário e tocar pra ele mesmo fazer o gol. Era uma coisa bizarra. No fim, ainda foi eleito para a seleção do campeonato daquele ano no gol, na primeira e segunda zaga, nos dois laterais, na linha de meio de campo e nas posições dos dois atacantes.
Começaria os anos 1980 em alta, finalmente pegando seu green card, ou melhor, seu hairy card, ao namorar uma mulher japonesa. Com isso, o peladeiro se viu livre de ter de voltar para o buraco de onde veio, retornando apenas como cidadão japonês e passando a gozar de alguns privilégios em terras brasilis, como ser chamado de gringo e fazer tour em favelas livres de ameaças de traficantes.
Assim que profissionalizaram a liga, Ruy Ramosu deixou de deitar e rolar pra cima dos korebas japorongas dá no mesmo.... Com Zico, Toninho Cerezo e outros ex-futebolistas em término de final de carreira, ficou difícil mandar o time jogar pra ele, passando para o banco de reservas (finalmente) em 1996. Insatisfeito — pois tinham colocado em sua cabeça que era o Novo Pelé — Ruy se tranferiu para o time da Sunga Roxa de Kyoto por um ano, até esfriar a cabecinha e voltar para o clube que o acolheu em 1997.
Na seleção do JaspionEditar
Após colocar as chuteiras no cabideEditar
Atualmente, como não se firmou como técnico de time de futebol profissional ou como empresário de lutadores profissionais de sumô, se dedica ao futebol de botão de areia, sendo o técnico da seleção japonesa de futebol de botão de areia. Ruy Ramos possui também um joguinho de SNES, chamado "Ramos Rui no World Wide Soccer", que ficou conhecido nos States como "Tony Meola's Sidekick Soccer", e aqui na Bananalândia como "Super Copa" (que criatividade), com a narração do narrador fanho falando em 3 linguas diferentes, sempre com sua voz fanha.