Rock gótico
Rock gótico surgiu das trevas!!
E está aqui pra puxar seu pé! |
Este artigo é gótico!
Ele veio da escuridão, dorme em cemitérios, usa preto até para ir à padaria e passa o dia tomando vinho e ouvindo rock triste. |
Rock gótico, as vezes só chamado de gótico, música gótica, goth, gothic rock, goth rock, música de trevoso, dark rock, música pra fazer ritual no cemitério, sofrência rock, escuridão rock, glam rock com maquiagens e roupas escuronas no lugar de purpurina, dentre outros nomezinhos, é um gênero de rock (really nigga?) que, apesar de ter surgido por volta da década de 1980, suas raízes remetem muitos, muitos tempos antes. Pelo menos é o que eles dizem, pra evitar serem chamados de filhotes do post-punk depois de uma trepada com o glam rock o que de fato é o que são.
HistóriaEditar
O gênero, pelo menos no que dizem uns papas do gênero como Henrique Kipper, musicalmente tem suas raízes na obra de avant-garde e música concreta de Karlheinz Stockhausen, em especial sua peça "Gesang Der Jünglinge" (que serviu de inspiração também - e até meio um plágio - para Clara Crocodilo do Arrigo Barnabé). Já estilisticamente e em questão de temática, foi catar lá no ultrarromantismo, em especial em textos do Edgar Allan Poe e Álvares de Azevedo, dentre outros perturbados da cabeça que escreviam nesses tempos; e no simbolismo, como é o caso de Charles Baudelaire e outros poetas malditos e depressivos desse gênero aí, além de uma estética visual que remetia ora a um lado steampunk ou coisas antiquadas do gênero (tipo visual da Era Vitoriana ou essas roupas que aparecem em quadros de 1800 e guaraná com tampa de cortiça), ora a umas paradas cyberpunk que nem existem ainda (e talvez nunca vão existir), e as vezes uma mistureba dessa porra toda, tipo o desenho d'Os Jetsons, que é um futuro mais antiquado que o cu de sua mãe é rodado na zona.
A partir dos anos 1960, mais especificamente no fim dessa década, alguns artistas começaram a colocar estéticas bizarras e temáticas bem cabulosas e mórbidas nas músicas. O Velvet Underground foi o precursor dessa parada, bem como seus membros John Cale (que fazia um monte de porra eletrônica na década de 1970), Lou Reed (com seu experimentalismo sonoro sem noção) e principalmente a membra honorária da banda e ex-amante do Lou Reed, Nico. A cantora cantava um monte de situações fodidas da própria vida desgraçada dela com uma voz quase de uma mina fantasma com uma faca drenando seu sangue enfiada nas costas, como dá pra ouvir em discos como Chelsea Girl e The Marble Index, esse último um rock gótico antes mesmo do rock gótico existir.
O glam rock trouxe a estética do crossdresser pra parada (ou seja, vamo tudo se vestir de menininha que nem dá merda). T. Rex e David Bowie mostraram que dá pra ser do rock, macho, e mesmo assim se vestir de moça. Quer dizer, esse último nem tanto assim, já que na fase Ziggy Stardust do sujeito ele realmente era bissexual pra caralho. Essa androginia e esse lado noir de algumas músicas dele tornaram ele o pai do gótico, do mesmo jeito que a Nico era a avó dele com o Lou Reed. Bem, como o David Bowie era dois-em-um, dá pra dizer que na verdade ele foi o pai e a mãe ao mesmo tempo, por que não?
No finalzinho dos anos 1970 o punk começava a ganhar sua vertente menos anarquista, mas bem mais niilista: o pós punk. Em meio a esse monte de porra louca, surgiram as primeiras bandas góticas de fato: Bauhaus, Siouxsie & The Banshees, Joy Division (essa há controvérsias) e The Cure (outra que odeia ser chamada de gótico apenas) começaram a trazer os elementos necessários pro estilo: baixo mais baixo que o normal (não na intensidade sonora, bobinho, e sim no tom mesmo, bem pesadão e grave), efeitos eletrônicos pra burro, além do visual mais trevoso, cabelos pra cima cheios de laquê, maquiagem pretume e bordô e outras porras do tipo. Assim, hinos como "Bela Lugosi's Dead", "Spellbound", "LOOOOOOVE... LOVE WILL TEAR US APART... AGAAAAAAIN!" e "Killing An Arab" (islamofobia é essa aí?) das respectivas bandinhas citadas deram origem a essa putaria toda que até hoje assola bailes e cemitérios do mundo inteiro.
SubdivisõesEditar
Sim, o gótico, já não bastasse ser um estilo bugado por nascença, ainda deu origem a um monte de filhotes deformados mais do que ele mesmo. Alguns aqui:
- Gótico clássico: Só um mais do mesmo do que já disse acima, tá lotado dessas por aí afora;
- Death rock: Meio que uma mistureba com horror punk, mais ênfase em filmes de terror e situações mórbidas pra cacete. Não, não tem nada a ver com horrorcore, muito menos com death metal!
- Darkwave/Coldwave: Vertentes nascidas de uma mistureba com o synthpop, sendo a darkwave mais pesadinha, enquanto que a coldwave é feita pra geral dormir no meio do show;
- Futurepop: Uma vertente que mistura com música eletrônica e com música industrial/rock industrial (as vezes marotamente com o metal industrial também), virando um batidão do caralho tuntz tuntz. É a preferida dos cybergoths e rivetheads (dois tipos de góticos bem específicos com visuais bem bizarros;
- Gothabilly: Góticos que curtem também um pouco de rockabilly, uma voltazinha aos tempos em que rock era rebolar a bunda mais do que se faz com axé e funk carioca. As minas dessa trupe em geral curtem ser a Bettie Page gótica, uma união dos sonhos pra muitos que entram nessa só pra comer as menininhas (mesmo que muitas delas estejam mais com o físico de uma Jojo Toddynho do que de uma Bettie Page...);
- New romantic: Um new wave que acabou ficando muito depressivo, passou a se vestir feito lorde vitoriano e passou a cantarolar que vai raaaaaaan ran so far awaaaaaaaaaaaaay.
Ainda tem os J-Goths (lolitas), perky-goths, babybats e as góticas suaves (na verdade essa última não tem e quem se diz fazer parte disso tem mais que virar gente, arrumar uma rola pra sentar e parar de ser Maria Palheta do mundo gótico!), mas nem sei se dá pra classificar esses e alguns outros como subgênero musical ou só mais gente diferentona no rolé gótico mesmo.
Ver tambémEditar
Isso não é gótico, é só doom metal com tecladinhos pra enganar idiotas!
Gótico que não tem medo de nada sobre gothic metal
Quem colocou esse aqui acima tomara que queime no mais profundo dos infernos!
Gótico elitista sobre ser comparado aos emos, mesmo fazendo todo sentido do mundo