Pagu
ESTE ARTIGO É SOBRE UMA EX-GOSTOSA!!
Se você acha que ela está enrugada, gorda ou morta e enterrada, é porque o Tempo, o grande comedor, também traçou esta. Respeite os veteranos e não vandalize este artigo! Gerações passadas já homenagearam na intimidade do banheiro esta EX-GOSTOSA |
Patrícia Rehder Galvão, ou Pagu pros analfabetos, né Raul Bopp? (São João da Boa Vista, 9 de junho de 1910 — Santos, 12 de dezembro de 1962) foi uma aspirante a modelo fotográfica que inventou de virar escritora e ativista comunista brasileira. Ou seja, tinha tudo pra ter grana fácil, mas decidiu se meter de fazer coisas pra se foder na vida. Pelo menos não virou puta, ou aí o termo foder faria ainda mais sentido. Ou não.
BiografiaEditar
Patricinha poderia realmente ter sido uma patricinha: filha de um advogado e jornalista riquinho com uma dona de casa de origem alemã (o que explica ela ser um caso raro de paulista não incluso na categoria:Narigudos, diferente dos filhinhos de italianos ou de judeus). Desde pirralha Zazá (sim, esse era o apelido dela de infância, fazendo menos sentido que o Pagu que viria depois) era tão avoada quando a Zazá da novela, muito provavelmente por ter lido ou assistido muito A Megera Domada do William Shakespare logo quis virar a encarnação da Catarina Batista da vida real, só que sem um Petruccio pra domar ela. Assim, seguindo os mesmos passos que depois marcariam uma futura musa brasileira, Leila Diniz, Pagu fumava, falava palavrão, queria fazer filho sozinha, namorava com todo mundo que quisesse comer ela, enfim, uma vandevous da vida mesmo igual tua irmã, aquela puta paga.
A partir de 1925 já começou, com 15 anos, a trabalhar de redatora de jornal, e foi lá que ela começou a fazer uns cartuns zoando com a cara dos governantes da República Velha. Começou também a escrever uns escritos de cunho meio anarquista no Brás Jornal onde trabalhava, ainda usando um pseudônimo de Patsy, já que ia dar merda dizer quem ela era de verdade por hora.
Em 1928, com seus dezoito aninhos, se forma em normal superior e também conhece o Movimento Antropofágico, se unindo aos porra-loucas do Modernismo no Brasil e virando logo a musa deles, quando ganha um poemete chamado "Coco de Pagu" do poeta Raul Bopp (que até virou musiquinha na voz de Laura Suarez ainda em 1929), que entretanto era meio burro e achava que a mina se chamava Patrícia Goulart ou Patrícia Gugu pra chamar ela de Pagu e não de Paga, mas a Pagu gostou mais desse apelido analfabeto mesmo, já que Paga remetia a um apelido de juventude que ela não curtia lembrar, e que foi muito dito a partir de 1929 por Tarsila do Amaral após descobrir que estava sendo traída por essa sugar baby, que andava dando pro Oswald de Andrade. Assim em 1930 Seu Vavá e Pagu casaram e pouco depois nasceria Rudá de Andrade, o único filhote deles, que, seguindo a tradição do dadaísmo, ganhou esse nome bizarro advindo da técnica dadaísta de sair sorteando letrinhas, e até que por sorte saiu umas letras que pelo menos formaram uma palavra. Vai que eles tentaram outras vezes e só saía coisas desconexas como Ytri, Uhgr, Pcga, Nmzf ou Xuxa, imagina um desses nomes no pirralho o trauma que seria... Enfim, o casório durou até 1934, quando Pagu, cansada de tanto peso na cabeça deixado pelo maridão, pediu o desquite e, se já não fosse um escândalo ter pego um homem casado e depois ambos virarem membros do PCB e fundarem um jornaleco de comunas, agora ela decidiu virar mãe solteira.
O problema pra Pagu é que ela, como falado, arrastava asa pro comunismo (evidenciado no seu primeiro romance, Parque Industrial - primeiro romance brazuca que tinha como intuito promover as putarias comunistas), e isso aí deu um ruim do caralho pra ela: foram VINTE E TRÊS PRISÕES por ficar organizando greve (como em 1931, a primeira que ela sofreu, justamente por essa brincadeirinha), com identidade falsa em outro país (como em 1935, fazendo treta em Paris) e pelas duas coisas ao mesmo tempo (como em 1935 ainda, quando tomou uma sova da polícia do Getúlio Vargas e ficou a ver o sol nascer quadrado por cinco aninhos). Ao sair dessa prisão em 1940 mandou um foda-se pro PCB que não ajudou ela em porra nenhuma e passou a babar o ovo do único membro da Categoria:Pessoas mortas com uma picaretada, virando membra do jornaleco Vanguarda Socialista e casando com o diretor do jornal, Geraldo Ferraz, com quem ficou o resto da vida e teve mais um pirralho, Geraldo Galvão Ferraz, que junto com o Rudá e o maridão viveriam com a Pagu em Santos de maneira mais de boa, sem ficar mais arranjando tanta treta com uzomi, apesar do romance A Famosa Revista de 1945 também conter umas porras de elogios aos comunas.
Em 1952 se formou na Escola de Arte Dramática de São Paulo e virou diretora de peças, iniciando inclusive a carreira de um jovem ator chamado Plínio Marcos. Sendo a Pagu quem era, é bom informar de antemão que a iniciação não envolveu teste do sofá, ok? Eu espero na real isso... Enfim, também criou uns contos de detetive (sério!) usando o pseudônimo King Shelter (WTF?) nos Diários Associados e virou crítica de arte também.
Em 1960 descobriu que fumar não faz bem pro pulmão e tentou por anos se tratar pra se livrar da moléstia, tendo inclusive depressão e quase antecipando sua batida de botas com um revólver lá pros lados de Paris, mas o maridão conseguiu empurrar o revólver e aí ela só se feriu de raspão. Sabendo que era de vez uma doença terminal, voltou pra Santos, onde finalmente virou bolor em 12 de dezembro de 1962, ainda com 52 anos e comível o suficiente. Maldito seja o comedor tempo que obrigou-me a colocar a {{Ex-gostosa}} pra ela...
Precedido por Princesa Isabel? Sei lá... |
Mulher mais desejada do Brasil 1928 - 1936 |
Sucedido por Dalva de Oliveira |