Klaxon
KlaXOOOOOOOOOOOOOOOOON (pra simular o som de uma buzina - é sério, essa era a ideia do nome da revista...) foi uma revista mensal independente, praticamente um fanzine primitivo, feita e publicada pelos "artistas" da Semana de Arte Moderna e outros representantes do tal do modernismo brasileiro. Custava 1$000 (mil réis), um preço absurdamente caro por um papel higiênico multicolorido. Prefiro gritar pelo ALFREDOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO pra ele me trazer um papel higiênico melhor que esse troço que só vinha com 20 páginas e a capa, ou seja, apenas 11 tiras de papel pequenos que se for usar pra limpar o cu de sua mãe não ia limpar nem a beirada.
PropósitoEditar
Desde seu lançamento, a 15 de maio de 1922 até seu ocaso em janeiro de 1923 (durou nem um ano essa merda, e ainda vendiam assinaturas anuais de 12$000 - doze mil réis, besta quem assinou, só teve 9 edições, prejuízo de 3 mil réis aí...) tinha o intuito de dar uma de "destruidora da arte passadista", ou seja, aquelas resenhas de geração infantiloide que fica a dizer "hur dur essas coisas de baby boomer, que cringe!" com as poesias do Parnasianismo no Brasil e do Simbolismo no Brasil, bem como com pinturas, esculturas e música considerada "antiquada". Assim eles mandavam de tudo nas revistinhas deles, com a intenção de fazer artes chocantes mesmo.
ConteúdoEditar
Nas míseras vinte páginas (menor que literatura de cordel), a Klaxon (prefiro a revista Fon-Fon, essa sim tem som de buzina, porra! Tipo, já se questionou o porquê que brasileiro "ri" na internet com Kkkkkkkkkkkkk e americanos com Rsrsrsrs ou pior, com ROFLCOPTER? É, acho que estou filosofando demais, até sobre risadas de internet eu tô falando nessa porra), a Klaxon destilava o que havia de pior da poesia, originalmente só paulista (já que a revista circulava inicialmente só em Sampa mesmo, mas depois o pai do Chico Buarque levou pro Rio de Janeiro, o Joaquim Inojosa levou pra Recife e até na França, Bélgica e Suíssa (grafada com dois S mesmo nesse tempo) essa merda chegou!), mas depois começaram a colocar uns artistas de outros cantos, despejando seu festival de sandices e poesias de qualidade duvidosa, pinturas escabrosas e coisas similares em descalabro.
Os principais contribuintes dessa desgrama eram os poetas Mário de Andrade e Oswald de Andrade (quem mais poderiam ser né?), além de ensaios e textos de Graça Aranha, Sérgio Millet, Ronald de Carvalho, Guilherme de Almeida, Manuel Bandeira, Alcântara Machado e um monte de outros. Além disso, apareciam composições do Heitor Villa-Lobos, desenhos e pinturas da Tarsila do Amaral e do Di Cavalcanti. Só vide esse trecho do "Poema Abulico" (seja lá o que seja isso) do Mário de Andrade dedicado ao Graça Aranha na edição número 8 da revista:
Imobilidade aos solavancos. Mário, paga os 200 réis!
Ondas de automóveis árvores jardins. As maretas das calçadas vêm brincar a meus pés. E os vagaihões (sic) dos edifícios ao largo. Viajo no sulco das ondas ondulantemente.
Mas o que significa isso?
Você sobre esse trecho
Não faço a menor ideia, e eu só coloquei esse trecho inicial, porque se eu ponho o resto iria ficar pior que algumas das Desentrevistas mais toscas que já fizeram. Mas vai que era o Mário de Andrade num engarrafamento em plena Avenida Paulista tentando fugir de algum cobrador...