Gourmetização

Gourmetização, vulgo raio gourmetizador, é apenas um jeito cretino de cobrar extorsivos R$ 30,00 de pobres incautos, em algo trivial como um picolé de milho verde ou um sanduíche.

OrigemEditar

 
Exemplo de um vendedor de refrescos gourmet.

A onda gourmet que hoje assola nosso país teve seu inicio em São Paulo, terra da garoa (que nada mais é do que a versão "gourmet" da chuva) e por lá ficou até se mostrar cretina o suficiente para infestar outros estados.

Amplamente combatida pelos cidadãos comuns, a onda gourmet foi paulatinamente promovida por vloggers escrotos do SeuTubo™ — muitas vezes, estes mesmos vloggers possuíam Food Trucks™, que nada mais é do que a versão gourmet da Kombi do Zé dos lanches — e assim pouco a pouco tudo que conhecemos foi gourmetizado. Primeiro foram os alimentos, depois os itens do dia a dia e então, por sequencialmente, quase como um golpe em nossas carteiras, os novos imóveis foram gourmetizados com "sacadas gourmet", até a velha peleja foi gourmetizada, já que hoje os novos Robinhos são criados a leite com pêra e Ovomaltine em luxuosos apartamentos dos Leblons e Morumbis espalhados pelos grandes centros do Brasil.

Chegamos ao ponto em que nem mesmo os sacolés (também chamados de din-dins ou gelinhos, dependendo da sua região) ficaram de fora, hoje já é possível encontrar pontos de venda de sacolé gourmet com preços que oscilam entre o absurdo e o surreal.

Pontos de vistaEditar

Há quem diga que o movimento "gourmet" carrega consigo a refinada arte de escolher apenas os melhores ingredientes para as receitas e o devido treinamento para cozinhá-los de forma correta para atingir a perfeição, mas também há quem diga que "a onda gourmet só tá aí pra tomar dinheiro dos vacilões [sic]", mas como ainda não foi bem estudada, a onda gourmet pode ser pior e muito mais nefasta e especialistas temem que essa onda atinja coisas sagradas como rinhas de galos ou as festas de amigo secreto, forçando a inflação nos artigos de até cinquenta reais (tão escolhidos para estas ocasiões).

IdentificaçãoEditar

 
Tapioca rústica em creme brulée.
Preço: R$ 159,59 a porção.

Como identificar algo gourmetizado:

Local onde é comercializado

Caso o item seja comercializado em um Food Truck™ pode considerá-lo como gourmetizado.

Feito a mão

Todo item que possui feito a mão em sua propaganda já demonstra que o item já foi gourmetizado.

Preços absurdos

Já salientado anteriormente, o preço é o principal indicativo de gourmetização do item. Paçocas com ingredientes selecionadas e feitas a mão, vendidas por trinta e sete reais cada uma, demonstram bem este item.

Excentricidade nos nomes do prato ou ingredientes

"Tapioca rústica brulée com calda de physalis" se o nome da tapioca não cabe na placa, ela certamente tem um preço que não cabe no seu bolso.

ConsequênciasEditar

O pior mal desta onda foi a formação de verdadeiros chatos em tudo. Antes apenas o vinho, antes conhecido como cachaça de viado, possuía seus mais ariscos defensores, hoje em dia é impossível pisar em um bar sem ter que ouvir um idiota falar que tal cerveja é melhor pois fora filtrada em uma temperatura controlada e com padrões internacionais. Graças a isto, hoje em dia é comum encontrar mestres nas mais variadas coisas (mesmo sem ser necessário) como cerveja, churrasco, jardinagem e até em cachaça, lugar antes ocupado pelos tiozões de bar.

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