Gianfrancesco Guarnieri
Gianfrancesco Sigfrido Benedetto Martinenghi Spaghetteti Milanesi Calabresi Napolitani Tutti Bueni Eliseo Ferreto Giardini De Guarnieri (Milão, 6 de agosto de 1934 — São Paulo, 22 de julho de 2006) foi um ator e diretor de teatro, cinema e televisão que nasceu na Itália, mas foi posto pra correr de lá por curtir demais um tal de Karl Marx, daí o titio Benito Mussolini não curtiu muito isso e ele acabou parando na República das Bananas numa época em que ninguém lá curtia comunista, então deu em merda igual, apesar de que pelo menos no Brasil ele conseguiu ganhar umas graninhas a mais do que na Terra Bostra.
BiografiaEditar
Guarnieri era filho de um maestro com uma harpista, o que curiosamente não o conduziu pro mundo da música, preferindo se amostrar mais em atuar no teatro ainda criancinha, inclusive metendo o pé (ele e os pais) da Itália pouco antes da Segunda Guerra Mundial começar, indo pro Rio de Janeiro e depois pra Sampa. Lá, com o passar dos anos, Guarnieri conheceu o Teatro de Arena de José Renato e Cacilda Becker.
Lá descobriu que além de ser bom em atuar, também manjava de escrever peças, e aí escreveu Eles Não Usam Black-Tie em 1958, peça essa que falava da situação comum dos brasileiros, pobres e lascados, que mal usavam paletó, imagina black-tie nesse tempo. Aliás, o que diabos é black-tie, é de comer?
Além do teatro, começou sua vidinha no cinema no final dos anos 1950 ainda, com O Grande Momento, primeiro filme do Cinema Novo, feito pelo diretor Roberto Santos e com o Guarnieri atuando com outra atriz de mil novecentos e minha bisavó tinha os 32 dentes ainda, Miriam Pérsia. O sucesso nas duas áreas o levou a fazer sucesso até na França. Mas aí no início dos anos 1960 ele foi apresentar no TBC uma tal de A Semente, peça que era basicamente uma propaganda do Partido Comunista Brasileiro, ainda que também atacando os métodos de uns babacas da esquerda, isso ajudou a geral ficar de cu doce com as peças do Guarnieri.
Viriam outras de nomes curiosos como Almas Mortas e O Filho do Cão, esse último uma homenagem ao Capeta Júnior, o que deixou a turma da ditadura militar putinha de vez, ferrando com peças como Arena conta Zumbi e Arena conta Tiradentes, que eram até disfarces para zoar com os ditadores, iguais às peças do Dias Gomes.
Ao menos, desde os anos 1950, o Guarnieri já tinha ganho um ganha-pão mais de boa na televisão, tendo um de seus maiores papéis na versão original de Mulheres de Areia como o Tonho da Lua original, também trabalhando em novelas e minisséries como Que Rei Sou Eu?, A Próxima Vítima, Anos Rebeldes e a versão televisiva de Incidente em Antares, além da clássica série Mundo da Lua, que um monte de boomer que assistia sei lá como a TV Cultura lembra e ama relembrar uma versão live-action de O Fantástico Mundo de Bobby. Foi justamente esses papéis na TV que impediram ele de passar fome no Bostil. Inclusive enchendo a cara de cachaça o tempo todo, ao ponto de levar um afilhado dele, o também ator Daniel de Oliveira, a encher a cara por qualquer coisa, aí inventou de entrar nos Alcoólicos Anônimos e queria levar o afilhado junto. Pelo visto não deu muito certo:
Enfim, Guarnieri ainda faria mais umas peças e novelinhas, até que viu que as falas de seu personagem Pepe da novela Belíssima eram ruins pra cacete e acabou morrendo de insuficiência renal crônica devido a uma pedra no rim do tamanho do Monte Everest. Deixou órfãos os atores Paulo e Flávio Guarnieri, além de mais uns três pirralhos que ele também estimulou a trampar de ator de teatro. Esse aí realmente curtia torturar os filhos...