The Spice Must Flow
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Coleção dos seis livros e sua essência | ||
Duna
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Autor | Frank Herbert | |
País | Estados Unidos | |
Gênero | ficção científica hardcore pra nerd tetudo | |
Editora | Editora Aff | |
Publicado entre | 1969-1985 |
Eu odeio Duna.
Anakin Skywalker sobre Duna
Abençoado seja o Shai-Hulud e sua água!
Os Fremen quando qualquer coisa acontece
Elas querem criar o Kuizetsrado que?
Qualquer pessoa tentando pronunciar os nomes de Duna pela primeira vez
O medo é o assassino da mente
Paloma Duarte sobre Regina Duarte
A areia está em todo lugar, até dentro das minhas botas e calças também! Merda!
Morpheus sobre Duna
Odeio esses finlandeses!
Lewis Hamilton sobre os Harkonen
Eu queria ser um fremen e poder cavalgar na minhoca também!
Clodovil sobre os fremen de Duna
Você quer dizer Druuna?
Tarado sobre Duna
Duna é a franquia de ficção científica/fantasia/psicodelia pós-expansão interestelar mais vendida de todos os tempos. O primeiro livro foi escrito pelo autor, ambientalista, experimentador de substâncias avulsas e pesquisador de areia, Frank Herbert, no ano de 1965. Os demais livros da série foram escritos apenas porque a publicadora se recusava a parar de enviar milhões de dólares para sua porta toda manhã. Frank escreveu mais 5 deles (com retornos de qualidade duvidosos, diga si di passagi) e só parou porque morreu. Seu filho, exibindo todas as características do herdeiro de um Imperador que caga em cima de tudo que o pai construiu, deu continuidade a série com uma porrada de romance prequel e duas sequencias "oficiais" que, segundo ele, foram baseadas em legítimas anotações deixadas por seu pai antes de sua morte.
Talvez devido a época em que foram produzidas, ou talvez pelo simples fato de que Herbert era um geniozinho, os livros se tornaram extremamente influentes ao ponto de que pode-se dizer que qualquer pedaço de ficção científica que consumimos hoje em dia tem um dedo de Duna ali no meio, de Star Wars até os confins sombrios do espaço onde não existe nada além de guerra. A fama também levou a série a ser adaptada para diversos outros formatos, incluindo jogos, RPGs de mesa, o melhor filme que nunca foi feito, o pior filme do David Lynch, as únicas minisséries da história do SyFy que prestaram e, recentemente, o discutivelmente melhor filme de ficção científica da última década.
Suas temáticas abordam coisas como a natureza da evolução humana, a natureza do uso de inteligências artificiais (o cara já pensava sobre isso nos Anos 60), a natureza da natureza, a natureza do uso de drogas, a natureza da trairagem política e a natureza dos efeitos de figuras messiânicas e o que seus seguidores podem fazer em seu nome.
AmbientaçãoEditar
Duna é possivelmente o universo de ficção científica mais profundamente pesquisado, elaborado e escrito do universo. O primeiro livro, por exemplo, tem uma porrilhada de apêndix só pra explicar todos os detalhes sociológicos, políticos, econômicos e ecológicos de seu universo futurista. Todo esse trabalho extra por parte do autor resulta no fato de Duna possuir o que é talvez uma das ambientações mais bizarras de qualquer série de fantasia científica da história, o que não é um feito qualquer. É difícil até mesmo pensar em algo que seja parecido com o mundo de Duna, especialmente porque, diferente de 90% das histórias que se passam no futuro (especialmente aquelas que também se passam 10 mil anos no futuro), o negócio não tem robô, viagens interestelares são extremamente complexas e todos os "super-humanos" foram criados através de milênios de evolução mental, manipulação de linhagens sanguíneas e o uso de uma substância chamada melange, conhecida popularmente como... O Tomperro a Especiaria.
Através da especiaria, assim como no consumo de fetos humanos, o usuário pode triplicar a duração normal de sua vida e pode expandir suas "percepções humanas". Em termos práticos narrativos, a especiaria é capaz de fazer tudo que o Frank Herbert queira que ela faça naquele determinado momento para que a história do livro siga em frente. Depois que "máquinas pensantes" foram proibidas há mais de 10 mil anos atrás, a humanidade passou a depender de seu próprio progresso intelectual para evoluir como uma sociedade e avançar em direção às estrelas. Navegadores, humanos altamente modificados pelo uso da especiaria, passaram a ser usados para se viajar de forma segura pelo espaço. Mentats utilizam a substância para ampliar suas capacidades cognitivas, se tornando calculadores humanas muito mais poderosas que as máquinas do passado. As Bene Gesserit, basicamente bruxas do espaço, utilizam a substância para acessar as memórias de antepassadas e até mesmo desenvolver poderes de controle mental, por ai vai.
Como consequência desse desenbestamento galáctico de quantidades cavalares de especiaria, a substância é extremamente cara e incomparavelmente valiosa. "Quem domina a especiaria, domina a galáxia" é uma frase repetida pelo menos 600 vezes ao longo dos 6 livros originais, isso porque ela é completamente verdade. Ninguém é capaz de sintetizar a especiaria e ela só pode ser encontrada em um planeta: Arrakis, que é basicamente uma bola de areia quente para um caralho flutuando no espaço. O lugar é habitado por centenas de milhares de camponeses, milhões de bravos soldados mujahadin e uma cacetada de vermes gigantescos que são capazes de devorar cidades com algumas mordidas e que produzem, como parte do seu ciclo de vida, a especiaria (esse fato é um spoiler). O uso constante da substância também deixa seus olhos azuis (a única coisa que todo consumidor povão sabe sobre os livros) e a abstinência dela tem, entre outros efeitos, a morte.
PremissaEditar
Estranhamente, Duna se assemelha a JoJo's Bizarre Adventure no fato de que a premissa geral, pelo menos dos 6 primeiros livros, é acompanhar as aventuras da família Joestar Atreides. Elas são uma das casas nobres que fazem parte do Landsraad, que se trata basicamente de um conselho de todas as famílias mega trilionárias do espaço. Os exércitos pessoais dos Atreides são guerreiros formidáveis, comparáveis até mesmo aos Sardaukar do Imperador (e olha que esses caras gostam de tomar banho de sangue e tem a guerra como religião), além de serem geralmente nobres e bonzinhos, o que confere a eles a confiança e afeto das outras casas. Se sentindo ameaçado pelo potencial da casa de tomar seu poder, o Imperador Padishá Shamã Pontífice Duque de Caxias Marquês de Sade Olímpico Shaddam IV decide tramar com os inimigos mortais dos Atreides, os Harkonnen, pra fuder com a casa e basicamente dizimar a linhagem deles do universo. Essa tramoia acaba sendo o pontapé inicial do primeiro livro... ou talvez não, considerando que todos os eventos de Duna estavam predestinados a acontecer desde milhares de anos antes devido aos efeitos da precognição e os planos secretos das Bene Gesserit, mas isso é outra história.
Do 3º livro pra frente, o foco da história sai da jornada pessoal de Paul Muad'Dib tentando lidar com o fato de que seu nome é usado para massacrar bilhões em todo universo e passa a se tratar mais sobre seus descendentes tentando encontrar uma maneira de impedir que a humanidade chegue a sua inevitável destruição em algum momento do futuro. Seguem-se 5000 anos de totalitarismo galáctico, muito verme de areia, muita especiaria e muita morte.
Os LivrosEditar
Como dito anteriormente, antes de morrer, Herbert escreveu 6 deles ao longo de 20 anos. O primeiro livro supostamente se trataria de uma história contida, sem sequencias planejadas, e portanto funciona perfeitamente como um livro único, entretanto, após o livro vender para caralho, a editora insistiu por mais. Herbet então produziria o Messias de Duna a partir do que basicamente seria o epílogo do primeiro livro que foi cortado porque o negócio já tava com 600 páginas, encerrando a história de Muad'Dib e passando a bola pros seus filhos, Leto II e Ghanima. O terceiro livro então seria o último, mas ai o dinheiro continuou, então ele lançou o quarto, que dessa vez, definitivamente, seria o último...
Ai ele lançou o 5º e o 6º (praticamente no automático porque o consenso geral é que a qualidade cai bastante), planejando encerrar definitivamente, de uma vez por todas, sem sobra de dúvidas, com 100% de certeza a série num 7º e derradeiro livro. O destino, entretanto, decidiu que não era pra ser e cancelou sua assinatura na VidaFlix. Tudo que restou do sétimo livro são efusivas "notas" deixadas por ele em seu computador que foram apanhadas por seu filho e transformadas em duas sequencias quase 20 anos depois.
- Duna - A baguncinha espacial que deu origem a tudo. É vastamente considerado o Senhor dos Anéis da ficção científica, tanto pelo seu tamanho imenso quanto pela quantidade
desnecessária e frustranterica de detalhes. O primeiro livro é autosuficiente o bastante para ser a única coisa que 80% do pessoal familiar com a franquia vai ler. A história é relativamente simples e cada capítulo acompanha o ponto de vista de um personagem em particular, porém sem se perder muito em tramas paralelas ou coisas do tipo. No final, Paul Muad'Dib se torna Imperador da galáxia e adquire controle da especiaria... ao custo de dar início a uma inquisição espacial que causará a morte de 61 bilhões de pessoas. Ele também abre mão de se casar oficialmente com Chani, o amor da sua vida, um detalhe que só vai causar muita confusão na sequencia. Um dos requisitos para ler esse livro é estar com a vida ganha, sem precisar se preocupar com emprego ou estudos, assim você pode tomar o tempo que quiser para decorar as dezenas de facções e toda a trama política dessa história, bem como a ficção científica por trás de tudo ali. - O Messias de Duna - Se você leu Duna e achou tranquilo, ou se você é o tipo de pessoa que lê mais que 2 livros por ano, não dá pra sair muito errado com Messias de Duna. O livro tem metade do tamanho do original e é em todos os sentidos um epílogo extendido para ele. Dando sequencia aos eventos do primeiro livro, 12 anos depois, Paul continua sendo o Imperador, pessoas continuam sendo mortas em seu nome (apesar de seus esforços para parar isso), Chani não consegue engravidar porque tá recebendo anticoncepcional sem saber e todo mundo na galáxia tá tramando alguma coisa pra tirar o Muad'Dib da jogada. A qualidade de escrita do primeiro se mantém... na maior parte do tempo. Nesse livro as coisas já começam a desandar um pouco, mas nada tão ruim quanto...
- Os Filhos de Duna - Frank Herbet botou na cabeça que seria uma boa ideia escrever um livro inteiro da perspectiva de um moleque de 8 anos doidão no cogumelo e esse livro foi o resultado. Depois que Paul vai pra casa do caralho no deserto, seus filhos, Ghanima e Leto II (bem mais ênfase no Leto II) precisam lidar com os poderes de precognição roubados que herdaram do pai e o fato de que literalmente todo mundo na galáxia tá atrás dos dois por algum motivo ou outro. Não é bom, mas também não é horrível. Ainda mais que o primeiro livro, paciência e tempo livre são necessidades para se aturar Filhos de Duna.
- O Deus Imperador de Duna - A única razão existente para alguém ler Filhos de Duna e o único livro da série que chega perto da reputação e qualidade do primeiro. Nele, 5 mil anos depois do livro anterior, Leto II governa a galáxia como um deus imortal tirânico que consegue enxergar todas as possibilidades de futuro para a raça humana. Como é que ele se tornou capaz de fazer tudo isso? Muito simples, ele se fundiu ao último verme de areia vivo em todo o universo, se tornando um híbrido macabro numa existência constante de dor, a única criatura viva capaz de produzir a especiaria, tão empoderado por ela que se tornou basicamente inderrotável. Apesar de ser um completo cuzão para tudo e todos, o plano de Leto tem mérito. Ele almeja fuder com a humanidade tanto que eles vão se tornar ultra preparados para qualquer merda que o universo atirar em seu caminho. Sabendo que eles se espalharão pelo espaço após sua morte, Leto consequentemente garante que a raça humana jamais será extinta. Devido ao fato de que o livro, a princípio, foi escrito como um monólogo contínuo de centenas de páginas que só depois ganhou cenas em terceira pessoa, é provável que você nunca mais leia alguma coisa parecida com ele em toda sua vida.
- Os Hereges de Duna - A partir daqui o negócio desanda de verdade
, se bem que os que vem depois de Herdeira conseguem ser ainda piores. 1500 anos depois, a humanidade se encontra espalhada nos quatro cantos do universo e não pode mais ser extinta... ou será que pode?. Foi escrito para ser o início de uma nova trilogia acompanhando uma das descendentes longínquas de Leto II e com forte participação das Bene Gesserit. Pode-se fazer o argumento de que é completamente desnecessário em todos os sentidos e que todas as temáticas da franquia já haviam sido concluídas 2 vezes. - As Herdeiras de Duna - O livro funciona como um grande setup de coisas que nunca veríamos porque o autor acabou morrendo. Os pontos chave é que uma versão pior das Bene Gesserit utiliza pornografia e violência para conquistar o universo e tá tudo dando merda... de novo. Duncan Idaho, que morreu e foi ressuscitado através de clonagem pelo menos um mol de vezes a essa altura do campeonato, faz sua melhor imitação do final de KOTOR 2 e dá o vazante para algum lugar no espaço que ninguém faz ideia do que se trata. O FIM.
O resto dos livrosEditar
Se você tem algum amor a sua vida e seu tempo livre, por favor não leia eles. Brian Herbet e Kevin J. Anderson estão basicamente estuprando o cadáver de Frank Herbert há mais de 20 anos produzindo fanfics glorificadas de seu trabalho original. Os caras basicamente decidiram escrever Star Wars só que usando os personagens e o universo de Duna, o resultado não é horrível para os padrões da literatura moderna, mas são vergonhosos em relação aos trabalhos originais.
- Os Caçadores de Duna e Os Vermes de Areia de Duna - Os caras espremeram tanto as "notas perdidas" de Frank Herbet que produziram não 1, mas 2 livros para encerrar a série. Em tese são sequencias diretas de Herdeiras e atuam como conclusão da saga, mas na prática tão ali mais pra justificar a tonelada de prequels e outros livros paralelos escritos pelos dois no mesmo universo. Menção desonrosa especial vai para praticamente todos os personagens do primeiro livro sendo trazidos de volta a vida 5 mil anos depois e as inteligências artificias malvadonas subitamente se tornando os principais antagonistas de toda a série.
- Prelúdio para Duna: E se Duna só que infanto juvenil? Acompanha os personagens do livro original, só que adolescentes.
- Lendas de Duna: A série de livros responsáveis por transformar o Jihad Butleriano na história do Exterminador do Futuro, onde as máquinas, ao contrário do que havia sido estabelecido nos livros do Frank Herbert, foram as verdadeiras vilãs tentando escravizar os humanos.
- Heróis de Duna, Escolas de Duna, Cabeça Dimipique de Duna, Extelionato de Duna e o que mais for de Duna: As incontáveis séries, trilogias e livros contidos que geralmente tratam sobre alguma aventura aleatória em algum canto da cronologia da série. Ninguém liga.
Os Filmes e SériesEditar
Apesar da influência e do número exorbitante de vendas que fariam disso uma coisa óbvia, Duna não possui muitas adaptações cinematográficas. Isso pode ser largamente atribuído ao fato de que o material é difícil pra caralho de adaptar. O primeiro livro talvez seja um dos mais de boas em quesito narrativo e ainda assim ele tem uma porrada de diálogo interno, conceitos e momentos de psicodelia que são quase impossíveis de serem concebidos de uma maneira decente num formato visual. Ao longo da história, vários diretores embarcaram nessa jornada de adaptar Duna, todos obtendo resultados diversos.
- Duna de Jodorowsky (Anos 70): O "Melhor Filme que Nunca foi Feito" e também o "Filme mais influente que nunca foi feito". A história da produção da primeira adaptação de Duna é longa e dolorosa. Por uma obra do destino, o cineasta e consumidor de entorpecentes chileno, Alejandro Jodorowsky, acabou encarregado de dirigir este longa metragem (mesmo sem ter lido o livro original antes de começar) e decidiu fazer ele uma experiência visual semelhante ao LSD que deveria ter uma ação profética no mundo audiovisual. Para isso, o cara botou todos os seus neurônios para funcionar, reuniu a melhor equipe de produção possível, incluindo o futuro diretor de arte de Alien, o futuro designer de produção de Alien, possivelmente o melhor quadrinista que já viveu e trocentas bandas de rock psicodélico. O roteiro tinha o tamanho de uma lista telefônica e Jodorowsky estava pouco se fudendo para o fato de que o filme possivelmente acabaria tendo mais de 10 horas de duração, o que certamente não agradou muito os produtores. O elenco incluiria nomes como Salvador Dalí, Orson Welles, O cara que morreu batendo uma e Charlotte Rampling
, que 50 anos depois atuaria em outra versão. A história também seria bastante modificada, com o Duque Leto sendo transformado num eunuco, a especiaria sendo uma esponja azul sentiente e mais algumas bizarrices, tipo uma cena onde 2000 soldados cagam de uma vez só na frente do palácio dos Atreides. No fim das contas, o filme acabou sendo caro demais e francês demais para Hollywood, que cancelou e engavetou o projeto por 1 década até outro produtor decidir tentar novamente. Basicamente todo mundo da produção do filme entrou em depressão, porém grande parte dos conceitos desenvolvidos foram utilizados em outras propriedades artísticas ao longo dos anos. O próprio Jodorowsky reciclou muitas das suas ideias em seus quadrinhos.
- Duna (1984): A primeira adaptação de verdade do material. Depois do projeto do Jodorowsky ir pra merda, meteram essa bronca no colo de David Lynch, 6 anos antes dele conceber Twin Peaks, quando ainda havia dirigido apenas 2 filmes. Lynch recusou dirigir Star Wars VI para trabalhar nesse filme e, apesar de algumas cenas e conceitos remeterem ao seu trabalho, é discutível o quanto do filme ele de fato dirigiu/teve controle criativo considerando o quanto os produtores mandaram e desmandaram no projeto. O corte inicial tinha 4 horas de duração, Lynch queria 3, mas acabou recebendo 2 horas e 17, o tempo máximo que era permitido para que o estúdio não fosse excluído de qualquer exibição nos cinemas da época. Devido a essa limitação de tempo, coisa pra caralho foi cortada e cenas novas tiveram de ser gravadas, incluindo uma nova introdução onde a Princesa Irulan olha pra câmera por 5 minutos explicando toda a lore do universo. Outras alterações estão no fato dos escudos mal serem utilizados devido aos efeitos especiais da época, uma subplot de armas sonoras sendo inventada pra vender boneco e pra simplificar os eventos da segunda metade, a segunda metade recebendo o tratamento Marcos Matsunaga pra caber nos 50 minutos finais, Paul basicamente se tornando um Deus no final do filme e invocando chuva em Arrakis (algo que, de acordo com os próximos livros, mataria os vermes de areia) e mais uma porrada de coisas. No geral, apesar de ter uma direção de arte bacana, uma trilha sonora da hora pelo cara que compôs I bless the rains down in Aaaafricaaaa! e talvez 2-3 cenas legitimamente boas, o filme é uma bagunça. O produto final tem uma qualidade tão duvidosa que até hoje Lynch se recusa a falar muito sobre ele e optou por ter seu nome removido de todos os relançamentos e reedições. Se a curiosidade é forte demais, ou se você simplesmente quer ter algo pra comparar com o filme mais novo, se prepare para assistir várias tomadas do rosto de personagens enquanto o ator sussura no microfone os pensamentos internos mais óbvios de todos, vilões cartunescos da TV Globinho, centenas de figurantes gritando CHASKA! como se isso pudesse ser levado a sério, as lutas mais porcamente coreografadas desde que a carreira do Seagal começou e uma luta final que consiste de vários personagens atirando lasers contra outros personagens que estão sempre fora de quadro.
- Duna (2000) e Filhos de Duna (2003): As duas minisséries que catapultaram a popularidade do SyFy e talvez sejam até hoje as melhores coisas produzidas pelo canal, além das mais assistidas dele. Se beneficiam do fato de que cada uma possui mais ou menos 6 horas para explorar o material do livro, quase 3 vezes mais do que Lynch teve. Entretanto, a duração não é um reflexo do orçamento das séries, que foi equivalente a um refri e um salgado. Dá pra perceber que o negócio é uma produção de um canal de TV pequeno que não tem nem 20% da grana necessária pra fazer uma parada dessas direito. As roupas são horríveis e parecem ter sido produzidas para uma versão colégio de freira da Paixão de Cristo e os efeitos especiais são piores que gráficos de PS1, destaque para os Navegadores que ficaram ainda mais deformados. Os demais elementos da série variam de competentes a legitimamente bons. O cara que botaram pra fazer o Paul é 15 anos mais velho do que deveria ser, mas era o que tinha na época. O resto do elenco atua bem, a sua versão do Barão Harkonnen está bem mais próxima do jeito que o personagem era nos livros do que o vilão de He-Man do filme do Lynch, o jovem Jovem Xavier, em um de seus primeiros papeis de destaque, faz um excelente trabalho como Leto II e o fato de que 90% dos fremen são figurantes da República Tcheca não deve te distrair muito. A melhor forma de assistir essas minisséries é fechando os olhos as vezes e imaginando que os caras tinham o orçamento de filme pra fazer o que eles realmente queriam. Diferente de outras adaptações, poucas coisas ficam realmente de fora da história ou são completamente alteradas. O filme chega até mesmo a incluir a história do primeiro Leto II, que foi morto enquanto ainda era um bebê por guerreiros Sardaukar, e o estilo marcial bizarro das Bene Gesseritt que o Lynch cortou porque não queria que seu filme tivesse árabes praticando kung fu no deserto.
- Duna - Parte Um: Na busca por mais franquias blockbuster para consumir o dinheiro do seu bolso e do mercado chinês, a Legendary, em parceria com a HBO e seu novo serviço de streaming bosta, decidiu retirar os direitos autorais de Duna da cova onde eles estavam enterrados e entregar no colo de Denis Villeneuve, diretor de outros futuros clássicos de ficção científica como Amy Adams Conversa com ETs e Blade Runner 2049 minutos de duração. Denis é fã de Duna desde que era um petit garçon e diz ter dirigido seus outros filmes de ficção como preparação para o que seria o prato principal. O filme foi posto em produção com grande elenco, incluindo Timothy Xalalamé no papel de Paul Atreides, a primeira vez na história das adaptações de Duna que o muleque de fato parece ter 15 anos de idade, Aquaman como
ele mesmoDuncan Idaho e Poe Dameron como Duque Leto. Os primeiros trailers foram basicamente produzidos para agradar o povão e a massa, portanto fizeram parece como se o filme fosse ser bestão que nem 90% dos blockbuster de hoje em dia, gerando preocupação por parte da fanbase. Com o lançamento do filme no final de 2021, o veredito geral acabou sendo que ele é bom, as vezes muito bom ou excelente dependendo de pra quem você pergunte. Denis decidiu cortar o primeiro livro em dois filmes de quase 3 horas cada, gerando um produto que chega bem perto do material original do livro, mas que ainda deixa muita coisa de fora. Muito da politicagem e motivação imperial é deixada de lado, e ainda assim o filme tem talvez 4-5 cenas de ação ao todo, sendo majoritariamente composto por cenas de deserto com a cacofonia do Hans Zimmer tocando ao fundo ou cenas de pessoas conversando em locais escuros. O filme também escolhe encerrar a história no local mais bizarro possível: Paul tá lutando com um negão pra ser aceito pelos fremen, ele mata o negão, fala que seu destino é no deserto e pronto, o filme acaba. Uma sequencia foi confirmada para 2023, encerrando os eventos do primeiro livro, depois disso, Villeneuve já falou que tem ideias para a sequencia, o Messias de Duna, mas que desse livro pra frente só Deus sabe. Também não espere ouvir qualquer menção da palavra "Jihad" em lugar nenhum do filme.
Os JogosEditar
Além de filmes, Duna também teve alguns jogos, a maioria feita pra PC nos Anos 90, entretanto, Dune II, lançado em 1992, pode ser considerado o único mais relevante dentre todos eles e aquele que a maioria dos tiozões possuem afeto emocional. Ele costuma ser considerado o primeiro RTS da história, colocando a Westwood Studios no mapa e abrindo caminho pra Command & Conquer, Warcraft, Starcraft e quem mais veio depois nesse gênero de nerdola fedido. Para sua época, o jogo impressiona por ser bastante complexo e inovador enquanto ainda preserva a característica de ser jogável, ao invés de ser alguma aberração cibernética incompreensível para aqueles que não possuem 5 manuais e 2 cursos técnicos sobre ele. A maioria das convenções sobre controle e produção de unidades, construção de bases, coleta de recursos e estrutura de campanhas surgiu aqui.
A história do jogo não é baseada em nada dos livros e ao invés disso conta um conflito original sobre o embate de três casas nobres: os Atreides, os Harkonnen e os Ordos (uma invenção original desse jogo que talvez seja canônica no filme de Vileneuve). As 3 casas possuem basicamente as mesmas unidades a princípio, com pequenas variações de números e estratégias. As unidades de elite que podem ser desenvolvidas mais tarde por cada uma delas, entretanto, são bastante diferentes e objetivamente melhores que as unidades primárias, que se tornam completamente obsoletas após certo ponto no jogo. Outros defeitos incluem uma AI patética (fazer o que, eram os Anos 90 ainda) e as missões mais repetitivas da história: "Colete X Especiaria", "Destrua X Bases", "Mate X Inimigos".
As Facções de DunaEditar
Duna tem facções pra caralho, então pra você não se perder, aqui vai um resumo breve de todas elas:
- Casa Atreides: Os grandes protagonistas da série. Mesmo nos livros que se passam milhares de anos depois do primeiro Duna, o protagonista ainda é algum descendente longínquo da casa ou algum servo ressuscitado dela. Originalmente governavam o planeta aquático de Caladan, até serem ordenados pelo Imperador a tomar posse do planeta desértico de Arrakis. Duque Leto era o manda chuva na época. Por suas ambições ao trono, nunca se casou com sua concubina, Lady Jessica, o amor de sua vida. Jessica, por sua vez, foi ordenada pelas Bene Gesserit a apenas produzir filhas mulheres ao Duque, mas, motivada por amor, violou esse direcionamento e acabou parindo Paul Atreides, absolutamente fudendo com todos os planos da sua irmandade de bruxas espaciais. Além de prestígio político e poderio militar comparáveis aos do Imperador, o Duque também possui vários conselheiros formidáveis a seu serviço: Duncan Idaho, um escravo fugido dos Harkonnen que é tão bom de briga que vale o mesmo que 20 caras (consequentemente se tornou tão queridinho pelos fãs que ascenderia da posição de personagem secundário para um dos personagens principais no futuro); Gurney Hallack, outro escravo fugido dos Harkonnen que atua como general dos Atreides; Thufir Hawat, um Mentat que atua como líder logístico e de espionagem da Casa, também atuando como um dos professores de Paul; e por último Wellington Yueh, um médico que foi programado para ser incapaz de causar mal a qualquer pessoa, o que não incluiu traição. Depois de quase serem exterminados no primeiro livro, ascendem a posição de pica grossas da galáxia e são os principais causadores de uma campanha religiosa espacial que causa a morte de dezenas de bilhões de pessoas... o que leva ao questionamento de se não teria sido melhor que tivessem de fato sido exterminados pelos Harkonnen e pelo Imperador.
- Casa Harkonnen: Em todas as versões costumam ser completos esquisitões beirando à completa degeneração e hedonismo. São ricos para um caralho (quase tão ricos quanto o próprio Imperador) porque estão há séculos no comando das operações de extração da especiaria de Arrakis. Nesse tempo, além de acumular suas riquezas, também travaram incontáveis guerras contra os Fremen, embora não tenham noção da quantidade verdadeira de guerreiros mujahadin que moram escondidos na areia. São liderados pelo barão Vladimir Harkonnen, um obeso nojento (hoje em dia 20% dos EUA são tão gordos quanto ele) que precisa de módulos de gravidade para conseguir se locomover. Ele e sua casa possuem uma richa milenar com os Atreides e querem, custe o que custar, exterminá-los do universo. Além do Barão, a casa também conta Piter de Vries, um Mentat fudido da cabeça, Rabban "A Fera", o sobrinho guerreiro bobão do barão, e Feyd-Rautha, o sobrinho bonito que o barão come em segredo. Resumindo: Os Harkonnen querem matar os Atreides, retomar Arrakis e assumir controle do império através de um casamento entre Feyd e a princesa Irulan. Ao final do primeiro livro, tudo isso dá errado.
Secretamente o barão também é pai de Jessica e avô de Paul. - Casa Corrino: Os antagonistas secundários do primeiro livro. São a Casa do Imperador Padishá Shaddam Corrino IV, então mandam na porra toda. Governam um planeta prisão que transforma seus piores e mais mortais prisioneiros em guerreiros de elite, os Sardaukar, que receberam um tratamento cinematográfico na versão do Villeneuve e agora passam o dia inteiro escutando heavy metal do Himalaia na chuva enquanto são benzidos em sangue. O principal problema da casa é que o Imperador não tem nenhum filho homem pra assumir seu lugar quando morrer, então as outras casas estão sempre de olho na filha mais velha do velho, Irulan. Temendo que Leto dos Atreides tomasse controle de seu legado, Shaddam faz uma parceria com os Harkonnen para armar uma cilada pro Duque. De início o plano dá certo, mas quando Paul absolutamente fode com toda a operação de extração da especiaria do planeta e ameaça literalmente congelar toda a economia e navegação do universo, o Imperador não tem escolhe se não renunciar e abrir espaço para Muad'Dib tomar sua posição.
- As Bene Gesserit: Irmandade religiosa de freiras espaciais com poderes psíquicos. Elas trabalham a milênios para refinar a genética da raça humana, aperfeiçoando o genoma da espécie através da sútil manipulação de culturas e de linhagens sanguíneas. Seu plano final é gerar um individuo poderoso do gênero masculino, alguém que será capaz de acessar as memórias de todos os seus ancestrais, incluindo aqueles com o cromossomo Y, e ter visão completa do futuro da raça humana, assim podendo liderá-los para o melhor caminho. Essa criatura será chamada Kwisetz Haderach, um nome que é repetido 50 vezes ainda no primeiro livro, só que ninguém sabe falar. Originalmente, acreditavam que essa pessoa seria produto de uma filha Atreides com um filho Harkonnen, mas a Jessica pariu Paul ao invés de uma menina, o que fudeu com tudo... ou não, porque Paul acaba sendo o Kwisetz Haderach e suas ações de fato levariam a um futuro onde a humanidade jamais poderia ser extinta... pelo menos até o 5º livro, onde isso é colocado em cheque mais uma vez. A lição que precisa ser aprendida aqui é que o destino não é algo sólido e concreto. Todas as profecias de um escolhido foram inventadas pelas próprias Bene Gesserit para preparar o universo a chegada dele, porém mais de um se manifesta ao longo de toda a história de Duna: Primeiro Paul, depois Leto II e por último, Duncan Idaho. Todos eles tem poderes que vão além da capacidade e compreensão normal de um humano, mas todos são apenas homens que possuem seus próprios defeitos e qualidades. Reflitão.
- Os Mentat: Os Mentat não são uma facção a parte, estando mais para um profissão para qual alguém treina e dedica sua vida inteira para poder se tornar. Através de muito treino e do uso de drogas, transformam suas mentes em computadores orgânicos e passam a servir as casas nobres basicamente como calculadoras humanas. O processo de transformação em um Mentat envolve a "instalação" de algumas diretrizes éticas que podem ser quebradas com um bom crack dos Tleilax, dando origem aos Mentats Deturpados, que são capazes de atuar sem restrições morais e são livres para acessar a deep web mental da maneira que quiserem.
- Os Bene Tleilax: A contraparte masculina e ainda mais fudida das Bene Gesseritt. Estão mais para cientistas malucos do espaço do que bruxas do espaço. Sua ordem é patriarcal e composta exclusivamente por homens
(isso porque suas mulheres foram transformadas em convertidas em máquinas de parto projetadas para conceber aberrações genéticas e clones), os maiores engenheiros genéticos da galáxia, capazes até mesmo de trazer pessoas de volta dos mortos através de seus Gholas. Qual a diferença de um ghola pra um clone? Em termos práticos nenhuma, o diferencial do ghola é que a pessoa clonada já está morta e a criatura é criada a partir de células de seu cadáver. A memória pode ser obtida através demagia espacialterapia psíquica feita através da especiaria, portanto alguns gholas são capazes de preservar a memória de seus originadores. Como uma organização, os Tleilaxu só dão as caras de fato no segundo livro, mas depois disso haja ghola e engenharia genética pra todo lado. - A Guilda dos Navegadores: Outra organização que possui influencia nos eventos do primeiro livro, mas que só daria as caras na sequencia. Efetivamente controlam toda viagem interestelar que acontece em toda a galáxia, isso porque seus Navegadores, humanos profundamente alterados devido ao uso intenso da especiaria, são as únicas criaturas
com exceção dos computadores, que foram banidosque são capazes de garantir rotas de viagem espacial segura para as naves. Em tese, viagens interestelares são perfeitamente possíveis mesmo sem eles, entretanto haveria o risco da nave simplesmente desaparecer e nunca mais retornar. Tudo que desejam é estabilidade na galáxia para que continuem a receber a especiaria, isso porque navegadores precisam da especiaria e sem especiaria o universo para, o que resulta na icônica fala: The Spice Must Flow. - Os Fremen: Se tratam do povo nativo de Arrakis, descendentes de viajantes espaciais de milhares de anos atrás que acabaram encalhados nessa merda de planeta. Por terem literalmente milhares de anos de experiência lidando com o deserto, são os mestres da areia, dos vermes de areia, de como tirar água de areia e tudo mais que envolva areia. Quem quiser mexer com Arrakis e com a especiaria vai ter que lidar com eles de alguma forma. Os Harkonnen tentaram matar todos por séculos sem obter muito sucesso. Os Atreides optaram por se aliar a eles, o que resultou no herdeiro da Casa basicamente se convertendo ao islamismo e descendo lenha numa de suas novinhas, Chani. Além de mestres da sobrevivência, são guerreiros fuderosos e conseguem meter um pau até nos Sardaukar do Imperador, que passam todo o clímax do livro comendo facada dos cara.
Supostas previsões do livroEditar
Eis a lista das personalidades, corporações e lugares a que Duna faria referência, segundo críticos e fãs:
- Planeta Ix - uma referência ao Japão: "Tudo gira em trono da tecnologia"
- Richese - Inglaterra: "Já foi bom na tecnologia, mas Ix colocou no bolso"
- Bene Gesserit - IURD: "A engenharia da Religião"
- Corporação Espacial - Futuro Joint-venture TAM e Gol: "Grande, arrogante, cara e mortalmente eficiente. Só se importa com sua sobrevivência. Mas, leva as pessoas de lá para cá"
- CHOAM - Companhia de Comércio do Grão Para: Esta invenção do Marquês de Pombal certamente foi a inspiração da CHOAM
- Caladan - Brasil: "Oceanos fartos, com grandes costas, grande volume de água disponível para consmo humano, pesca, clima tropical. Possui um governador carismático que enfia sua propaganda de realizações políticas goela abaixo da população, tornando-a fanática pelo seu líder"
- Arrakis - Irã: " É o maior produtor da especiaria mais cobiçada, governado por um conselho de "sábios" religiosos; possuem experimentos com atômicos (queima-pedra?); e acreditam ainda, que o seu Mahdi chegará..."
- Kaitan - Europa: "Muito luxo, muita cultura, boas condições de vida e... estagnação. Um povo esperando que outra força cresça o suficiente para dominá-los. "
- Sardaukar - Exército Americano: "Servem a um imperador tão insano quanto eles; O tempo de treinamento de um Marine ou de um Ranger é digno de uma semana em Salusa Secundus; Abu Ghraib e Guantanamo, assim como Salusa Secundus, são locais perfeitos para "confissões"; Terror psicológico, sua maior arma; Truculência."
- Médicos Suk - Hospital Albert Einsten: "A consulta de um Suk custa um planeta. Os melhores médicos para os melhores bolsos. Até o Imperador, só atendem mediante pagamento a vista"
- Imperador Leto II - Ronaldo Fenômeno: "Parece imortal. É feio, gordo, grande, mas tem um exército de mulheres que se for preciso baixam a porrada por causa dele. No final, preferiu se unir com a minhoca"
- Barão Vladimir Harkonnen - Jô Soares: "Velho, gordo, dotado de grande inteligência, astúcia. Cercado de rumores sobre sua sexualidade. É cruel e sádico com seus desafetos."
- Bene Tleilax - Israel: "São fanáticos religiosos, não confiam em ninguém fora do grupo, se acham o único povo divino e tem umas nóias com pureza e comida. Isso faz que sejam desprezados por todos os outros."
- Tanques Axlotl - Tua mãe: "Servem apenas para reproduzir, não possui consciência ou inteligência. São usados para parir incessantemente criaturas geneticamente modificadas, clones, transformistas e criar substâncias narcóticas artificiais. Possuem uma aparência grotesca e repulsiva."
- Jihad Butleriano - MST: "Movimento ludita, com tendências atávicas, de cunho social religioso, exerce influência junto ao governo"