Discutir a relação
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Discutir a relação, também conhecida simplesmente por sua sigla DR, é um dos momentos mais temidos, ao lado da visita da sogra, pelos homens. Discutir relação é um fenômeno Reality Show for Two ou Double Stand Up Comedy que ocorre entre casais humanos e entre casais de cetáceos, o que explica aqueles sons melancólicos e lamuriosos emitidos pelos machos das baleias.
A fobiaEditar
Por que tal abreviatura é tão temida? Porque pode sinalizar que o bicho está pegando no relacionamento, no caso de significar "discutir relação", e também pode significar que você deve fazer uma visitinha ao seu médico, já que não é lá muito normal brilhar no escuro depois de espirrar.
HistóriaEditar
Tudo indica que DR é um fenômeno pós-moderno, que emergiu junto com o cosplay e a autoajuda de cunho metafísico-monetário. Entretanto, há rumores de que Adão e Eva tenham sido expulsos do paraíso porque sua DR perturbou o pôquer semanal de Deus (a ideia da DR foi inculcada em Eva pela cobra). No início, a DR só ocorria ao vivo, mas hoje em dia, com o avanço tecnológico trazido pelos softwares de bate-papo instantâneo, webcams, e-mails, sites de relacionamento e amigos (as) fofoqueiros (as), a DR pode acontecer no mundo virtual-e-conectado. No entanto, segundo os antropólogos e todos aqueles que gostam de ouvir os relatos sobre as DRs de seus amigos (em geral, fãs de reality shows e revistas de fofoca), uma DR virtual não tem graça, pois uma das vítimas (aquele que irá ouvir/ler) online pode encontrar múltiplos meios de se evadir: "Minha conexão caiu", "Faltou luz", "Eu não recebi seu e-mail", "Eu estive clinicamente morto naqueles 40 minutos", "Minha avó precisou usar o PC". E a namorada/ficante falando, digitando e o sujeito utilizando linguagem taquigráfica-miguxesca e smileys enquanto vê um site de "Gostosas Online" e ouve mp3. O problema é que, ao se evadir, o sujeito não se aborrece e, consequentemente, não cresce (vira um anão emocional), já que não existe crescimento humano efetivo sem irritação efetiva.
Quando aconteceEditar
A DR costuma ser solicitada em momentos insólitos e um tanto quanto inoportunos- daí o temor que provoca- como no meio da leitura de jornais impressos, no início de jogos de futebol relevantes- clássicos ou finais de campeonato-, no desfrutar de algum hobby (espanando suas miniaturas de Star Wars), durante pequenos consertos domésticos, no trabalho, nas primeiras garfadas do almoço ou jantar ou lanche ou ceia, antes de dormir- no estágio 1 do sono NREM, antes de preliminares do ato romântico-sexual e quando tudo está perfeitamente bem, obrigado. É muito comum uma DR ocorrer nos finais de semana, o que é um sacrilégio, pois sábado e domingo são dias sagrados até mesmo para os pagãos.
Efeitos colateraisEditar
- Pânico (suor frio, musculatura retesada, frio na espinha, expressão facial perturbada)
- Sensação de que será uma experiência tão emocionante quanto arrumar um armário.
- Sensação de que será algo tão útil quanto decorar todas as fases da Revolução Francesa.
- Respostas mentais: "...taquepariu...", "Logo agora?", "Ih..."
O que fazer?Editar
"É chato, mas respire fundo e ouça", eis o conselho do sexólogo norte-americano Phil Moses. Reze para Jó e São Wando. Lembre-se de que a DR adiada de hoje pode ser o chifre de amanhã, já que existem cerca de 115 canalhas-que-querem-pegar-a-mulher-com-quem-você-está (e, por isso, dispostos a ouvir) para cada relacionamento em suposta crise.