Autran Dourado
Waldomiro Freitas Autran Dourado, ou, pros íntimos, Autran Dourado (Patos de Minas, 18 de janeiro de 1926 – Rio de Janeiro, 30 de setembro de 2012) foi um escritor mineiro dodói da cabeça. E, como todo bom (ou mau) escritor brasileiro, também virou advogado e jornalista pra não ficar só a chupar dedo igual o Osman Lins na foto dele do artigo dele... ih, tô fazendo propaganda de outro artigo sem contexto aqui, melhor seguir em frente nesse.
BiografiaEditar
Waldomiro, que odiava esse nome, por lhe remeter a o de um pastor mequetrefe, e por isso mesmo preferia ser chamado de Autran, era filho de um juiz, e de vez em quando tinham que se mudar de repartição pra outra, vivendo também em Monte Santo de Minas e São Sebastião do Paraíso, duas das mil duzentas e quarenta e dez cidades de Minas Gerais.
Já mais velho, foi embora pra única cidade que geral lembra de lá, Belo Horizonte, sem precisar de inventar um monte de história de "cidade de 2 habitantes, tudo caipira, fundada de algum mineiro que fugiu da senzala e foi criar a cidade" ou coisa do tipo que alguns vivem fazendo quando falam de cidades do interior de MG. Em BH estudou Direito (típico), e trabalhava de taquígrafo (WTF?) e jornalista, ou seja, nada a ver com o curso, mas ok, melhor que rodar bolsinha.
Depois de formado, além de advogar, passou a nos tempos livres escrever uns romances e contos. Conseguiu sucesso já de cara com seu primeiro livrinho, Sombra e Exílio, com o qual ganhou prêmio até do Jornal de Letras, Artes e Ideias lá de Lisboa, o Autran chegou longe, tão longe quanto seu quase homônimo Paulo Autran.
Seus livros, curiosamente, seguiam uma fórmula parecida com a de quem, como citei mais acima, fica inventando a mesma historinha pra falar de fundação de cidades dos cafundós de Minas, já que quase todos seus livros se passam numa cidadezinha de quinta chamada Duas Pontes (até o nome é uma bosta, que cidade só tem DUAS pontes? Nem cidade do Sertão onde se tiver um rio que dure uma semana sem secar é muito tem menos de três pontes, mesmo que só pra atravessar um grande buraco gigante sem água iguais aos de Big Rigs), a maioria deles narrados por um tal de João da Fonseca Ribeiro e sempre girando em torno de uma familiazinha mequetrefe chamada Honório Cota (crêemdeuspai que nome horroroso!). A única exceção foi um livro chamado A Barca dos Homens, que nada mais era que uma versão cospobre do Auto da Barca do Inferno.
Também Autran manjava de teoria da literatura, tentando explicar como que ele mesmo escrevinhava, numa espécie de metalinguagem, muito parecida com o que uns autores da Desciclopédia por aí fazem ao criar páginas que são exatamente iguais ao tema ao qual elas se referem, como se alguém lá fosse ligar pras técnicas de autorreferência, humor autodepreciativo, utilização de código wiki pra tornar as páginas mais diferentonas, dentre outras dessas coisas bestas que ninguém realmente liga, só ri com cara de besta pra tudo, até se colocassem no fim do texto o previsível "comi o cu de quem tá lendo" a pessoa riria, ainda que de fato eu tenha executado essa ação contra vosso cu!