Adonias Filho
Adonias Aguiar Filho (Itajuípe, 27 de novembro de 1915 – Ilhéus, 2 de agosto de 1990) foi um escritor baiano que, a despeito de ser da Bahia, e portanto, alvo fácil dos Carecas do ABC caso fosse detectado por esses filhotes do Integralismo, ele era seguidor fiel dos princípios do titio Plínio Salgado. Só falta escrever um "desculpa por ser nordestino" pra mostrar de vez o quão lambão era.
BiografiaEditar
Nasceu em 27 de novembro de 1915, filho de Adonias Aguiar e de Rachel Bastos de Aguiar, em Piranji, que até mudou de nome pra Itajuípe de tanta vergonha que tinha de ter sido a cidade de origem desse Adonias aí. Chegou a descolar uns trampos de jornalista, mas teve de largar pra estudar em Salvador.
Foi em Salvador que conheceu uns porra-loucas da Ação Integralista Brasileira, e sei lá porque se apaixonou por aquele bando de branquelo latino paga-pau de europeuzinho levantando a mão pra cima vestido de galinha verde e gritando ANAUÊ! Tanto assim foi que foi morar na Cidade Maravilhosa, onde lá virou jornalista em tempo quase integral... não, não foi um trocadilho com Integralismo, essa foi sem querer querendo mesmo.
Virou crítico literário, atacando livros de escritores supostamente comunistas (ou seja, virando o Leandro Narloch do século XX) e escrevendo um livrinho dele mesmo, Renascimento do Homem, uma versão pobre do "ubermensch" do Nietzsche, mas que o Plínio Salgado adorava. Tentou até ser deputado federal uma vez, mas deu ruim, já que continuou a propagar os ideais de merda do Integralismo, junto com seu miguxo Tasso da Silveira, mas, por mais cagados e direitistas fossem os golpistas da UDN, daí a tolerar um chupa-bolas do Benito Mussolini declarado já era um pouquinho demais até pros padrões deles.
Outro livro dele famoso foi Os Servos da Morte, pela Editora José Olympio, onde mostra que o comunismo é obra de satanás em pessoa e que cristão esquerdista é tudo farsante. Ih, acho que o Rubem Alves não iria ser muito amiguinho do Adonias...
Chegou a ser vice-presidente da Associação Brasileira de Imprensa, justamente no tempo do Golpe de 1964 orquestrado por seu velho amiguinho integralista Olímpio de Mourão Filho, ou seja, caiu como uma luva pra ele, que conseguiu nesse período entrar na ABL e ainda descolar um Prêmio Jabuti depois de um monte de livrinhos pra criancinhas ensinando elas a se afastarem de amiguinhos que falassem de "direitos trabalhistas" e "reforma agrária" caralho, e alguma criança na face da terra entende de umas porras dessas?