Trote universitário

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Eike tristeza...

Cquote1.png Você quis dizer: Humilhação em público? Cquote2.png
Google sobre Trote universitário
Cquote1.png Experimente também: Levar ovada Cquote2.png
Sugestão do Google para Trote universitário
Cquote1.png Sustenta trote de faculdade, mas passa direto quando vê um mendigo na rua. Cquote2.png
Assistente social sobre trote universitário.
Cquote1.png Mas moça, eu também sou universitário! Cquote2.png
Mendigo sobre citação acima.
Cquote1.png Let the carnage BEGIN!! Cquote2.png
Larry Huffman, narrador do game Rock n' Roll Racing, sobre trote universitário.
Cquote1.png Que comece a zueira... Cquote2.png
Aluno do 1º ano do ensino médio vendo um trote, esquecendo que vai passar pela mesma coisa no futuro.
Cquote1.png Pode isso, Arnaldo? Cquote2.png
Galvão Bueno sobre não passar pelo trote.
Cquote1.png Ainda bem que não sou caloura, ou pobrezinho do meu cabelo... Cquote2.png
Veterana de odonto sobre trote universitário.
Cquote1.png Conta tudo pra sua mãe, Bixo Cquote2.png
Pópis depois de ver um trote universitário.

O trote universitário, comumente chamado apenas de trote porque quem fala já passou da idade de passar trote no telefone, é o nome dado a uma brincadeira super saudável que promove a integração dos alunos recém chegados à instituição com os veteranos de guerra e os dinossauros que sabe-se lá como não levaram um pé na bunda da universidade ao proporcionar aos novatos experiências novas, como ser amarrado, ganhar uma tatuagem, criar um ovo como se fosse um filho e chamar de Besourinho ou fazer a dança da galinha, e os libertar de coisas frívolas da vida, como cabelo, roupas, vergonha na cara, dignidade ou até mesmo o cabaço.

A aparência de um calouro após o trote é o visual mais escroto que ele pode adquirir, a menos que ele acabe sendo contaminado pela lacrosfera de algum DCE vegano e acabe usando saião, sandália persa, penteado do Lorde Farquaad e bigode florido. Isso vale para as mulheres também.

Métodos de tortura[editar]

O trote universitário dá lições que você levará para o resto da vida, como "aprender a engolir sapo", por exemplo.

Um trote pode ser feito com polidez e elegância ao fazer o calouro de idiota em uma situação besta, como pedir uma cópia de um documento que não existe, ou pior, contendo algo perturbador, como um frame de 2 girls 1 cup ou o bilhete apaixonado do Mestre Linguiça que o Seu Madruga entregou pro açougueiro.

Também pode ser feito à maneira tradicional, com tudo que um vídeo do HowToBasic tem direito: ovos, glitter, tinta, mais ovos, sangue de menstruação, césio-137, mais tinta e claro, ovos. O uso de pás, marretas e lança-chamas é desencorajado, pois veteranos não têm onde cair morto e não podem pagar nem pela fiança, caso matem o bixo com uma paulada na cabeça, nem por um lança-chamas. Alguns trotes do gênero compensam isso amarrando ou acorrentando os bixos, como se fossem... bichos.

Existe o "tradicional, porém barato", também chamado de "não tão elegante", em que a eloquência do primeiro e o comprometimento material do segundo não existem. Neste, todo mundo fica feliz: o calouro não precisa se submeter às práticas de tortura de uma ditadura militar, nem parecer que terminou um namoro com um traficante, o zelador da universidade não vai precisar limpar as manchas de tinta carcinogênica e resquícios de uma chuva de ovo podre deixadas no pátio e o veterano não precisa gastar dinheiro com todas aquelas tranqueiras, além de exercitar a criatividade, coisa que vai precisar pra sair do pé da reitoria. Alguns exemplos são:

  • Fazer os calouros jogarem fut-vôlei com um coco
  • Fazer os calouros encherem uma piscina de 1000 litros usando copinhos de café
  • Fazer os calouros matarem formigas no grito

Normalmente, quem quebra uma mão ou um pé ou é atacado pelas formigas abandona o curso e vai vender búzios na calçada.

Direitos e deveres dos calouros, um caso a parte[editar]

Quanto mais babaca é um aluno de um curso, maiores são as chances de os novatos serem submetidos a um sistema de vassalagem dos veteranos, o que basicamente é o equivalente mais próximo ao sistema de escravidão que um universitário pode sofrer, ou pelo menos era até a criação do Uber, mas como a babaquice é proporcional ao dinheiro dos papis desses alunos, dificilmente um aluno de medicina ou direito vai virar uber. O sistema é usualmente dito em voz alta na frente dos alunos, podendo ser dentro do campus, num réveillon calouroso ou numa choppada da engenharia na república menos caída, e as regras são:

Direitos[editar]

Veterano se preparando para o trote.
  1. É importante enfatizar que sempre – repito, SEMPRE! – seus direitos serão inválidos no confronto com os seus deveres.
  2. O calouro tem total direito de sair vivo do trote – ou seja, com pelo menos 70% do corpo funcionando perfeitamente.
  3. O calouro tem total direito de se recusar a fazer o que um veterano mandar (e seu veterano tem o total direito de ignorar essa cláusula).
  4. O calouro tem o direito de permanecer calado. Tudo o que disser pode ser usado contra ele a qualquer momento e em qualquer ocasião (mas nunca é porque o veterano é sequelado e se esquecerá do que o novato vier a falar).
  5. O calouro tem direito a passar mal e vomitar apenas uma vez no trote. Na segunda, ligaremos para seus pais te buscarem e você será eternamente zoado pelos seus colegas.
  6. O calouro tem direito a reidratação durante o trote APENAS com cerveja. Tomar aguinha é coisa de gente que estuda no ensino médio.
  7. O calouro do sexo masculino terá o seu cabelo raspado e isso não será considerado um ato de humilhação (Nota: é comum nessa hora o orador pensar quando será a vez das mulheres de passar por isso).

Deveres[editar]

O que acontece quando um bixo não cumpre as regras (e quando cumpre também).
  1. É dever do calouro obedecer ao seu veterano sempre.
  2. O calouro deve sempre pagar a conta e presentear seu veterano com iguarias etílicas.
  3. O calouro não deve protestar pelos seus direitos – até porque eles praticamente não existem.
  4. Não serão toleradas manifestações por parte dos calouros. Dar uma de Che Guevara é coisa de gente que estuda no ensino médio.
  5. O calouro deverá aceitar SEM RECLAMAR qualquer coisa que for jogada nele – isso inclui ovo, farinha, óleo, café e outros alimentos perecíveis.
  6. O calouro deve arrecadar dinheiro no semáforo. Se ele for atropelado, não nos responsabilizaremos. Todos são bem grandinhos e supostamente devem olhar para os dois lados da rua ao atravessar.
  7. O calouro que for pego roubando o dinheiro da breja terá a mão decepada e levará um choque de 220 V na orelha e na bochecha esquerdas. (Os veteranos decidiram por estas formas de punição em reunião democrática, após se basearem em métodos de torturas nazistas).
  8. É dever do calouro comparecer ao trote com traje de mendigo. Os veteranos não respeitarão suas roupas de marca.
  9. O calouro deve SEMPRE beber o que lhe for oferecido. Não existe limite, se você não aguenta, beba leite volte para o ensino médio. Ele só está autorizado a recusar se ele toma algum medicamento forte. Roacutan não será aceito como desculpa porque é remédio de ensino médio.
  10. O calouro deve torrar todo o dinheiro arrecadado e mais um pouco da própria mesada no boteco. Os veteranos desejam agrados – e na nossa língua isso se chama cerveja. O calouro deve tomar um copo com os veteranos, mas apenas um, o resto é tudo deles (inclusive sua alma).
  11. É importante avisar que, muitas vezes, a polícia militar aparece no trote. O calouro JAMAIS deverá enfrentá-la.
  12. O calouro deve saber que será submetido a uma série de ordens baseadas em filmes famosos como Tropa de Elite e Jackass.
  13. Negociações com a diretoria da universidade estão em andamento e propostas estão sendo estudadas. O calouro deve saber que uma delas é que o aluno que não souber cantar o "Loco, loco, loco" não receberá seu diploma.
Um trote universitário no GTA.

A cuzisse intrínseca aos alunos de cursos de burguês safado é nítida nas regras 4, 7 e principalmente a 11, já que sofredor da classe média morre de pena de PM ter que ir em operação na favela e até tira fotinho pra mandar pro instagram.

Nem todos os deveres são duramente seguidos: os deveres 2, 6, 7 e 10 raramente aparecem juntos, já que normalmente o calouro entrega a grana do semáforo ao veterano e este é quem torra no boteco, logo, para fazer cumprir as regras 2 e 10, ele precisa quebrar a 7, a menos que a 6 não exista, mas como ela é presente até quando essa groselha toda não está, fica foda. A 9 e a 13 são outras: ninguém sequer sabe se toma roacutan, até porque universitário só conhece ritalina, dipirona e fluoxetina, pra não apagar na aula chata, pra cabeça não explodir e pra não se matar. Da mesma forma, dificilmente a 13 pode ser cumprida ou quebrada se ninguém conhece essa caralha de música.

Ver também[editar]