Sacsayhuamán

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Pedras, pedras, grama. Com o preço da entrada, você almoça por três dias em bons restaurantes.

Sacsayhuamán (em quechua, Grande Muro que Cerca um Terreno Baldio) é um grande muro que cerca um terreno baldio e que, por ficar em Cusco, foi declarado Patrimônio Histórico da Humanidade. Na época dos Incas, sua entrada era guardada por bravos guerreiros. Atualmente, é guardada por guias turísticos famintos por gorjetas e por ingressos de preço abusivo. Na dúvida, vá para Machu Picchu.

História[editar]

Incas trabalhando alegremente.

Sacsayhuamán foi construída no final do século 15, na época do reinado de Manco Capác, o Inca responsável pelas grandes construções do império, como Machu Picchu e a Cordilheira dos Andes. O período, conhecido como Milagre Inca, foi de grande desenvolvimento econômico para o império, mas à custa de altos empréstimos contraídos no exterior. Desde então, o Peru acumula uma volumosa dívida externa, que foi em parte amortizada com a venda da Bolívia para plantadores de coca.

Em sua política de "construir edifícios que pareçam magníficos em ruínas", Capác reuniu 15 mil trabalhadores para erguer um muro alto e parrudo ao redor de sua fazenda na periferia de Cusco, alegando que o local seria futuramente transformado numa fortaleza (o que não faz sentido nenhum, já que fortaleza tem belas praias e feias cearenses, enquanto Cusco tem belas montanhas e feias peruanas).

Assim, depois de 15 anos, estava pronta a fazenda-fortaleza de Sacsayhuamán, que, com seus muros em ziguezague, tinha a forma de dentes de chacal quando vista do alto. Infelizmente, como na época o avião ainda não tinha sido inventado, ninguém pôde confirmar isso e os incas tiveram que acreditar na palavra do mestre de obras.

Destruição[editar]

Foto do momento de um dos ataques dos espanhóis. Se os incas não fossem bons arquitetos, não teria sobrado nada.

No século 16, com a invasão chegada dos conquistadores exploradores espanhóis e subsequente massacre extermínio convencimento do povo inca, Sacsayhuamán não resistiu aos covardes ataques às educadas visitas de Francisco Pizarro e seus parceiros e seus muros desmoronaram, deixando os incas à mercê da fúria sanguinária do interesse antropológico dos espanhóis.[1]

Apesar do imenso poderio bélico de Pizarro e sua gangue, que atacavam com tanques e armas de destruição em massa, alguns muros resistiram ao ataque, marcando o último local de resistência dos incas à conquista espanhola. Entretanto, como os espanhóis ainda não haviam desenhado um plano de ocupação urbanística de Cusco, o local ficou abandonado. Houve amplos debates entre a comunidade cusqueña sobre se Sacsayhuamán deveria ser demolido para dar lugar a um shopping center, um estacionamento ou uma igreja evangélica, mas no final acabaram optando por deixá-lo como uma ruína histórica, o que dá o máximo de lucro com o mínimo de gasto.

  1. Este parágrafo foi escrito por um articulista espanhol.

Sacsayhuamán hoje[editar]

Sacsayhuamán vista do alto. Muita propaganda por muito pouco.

Como quase tudo no Peru que não seja uma favela, Sacsayhuamán foi transformado em patrimônio histórico-cultural-ambiental-econômico da humanidade. Desta forma, foi autorizada a cobrança de ingresso para entrada, e exploração de diversas atividades paralelas ao redor, como passeios a cavalo, fotos com lhamas e venda de quinquilharias variadas.

Entretanto, o visitante esperto não precisa entrar em Sacsayhuamán para conhecê-lo; logo ao lado, fica o morro do Cristo Blanco, de onde é possível ter uma visão completa do total, totalmente de grátis. Alarmada com a queda na venda de ingressos, a prefeitura de Cusco estuda a possibilidade de colocar guardas armados ao pé do Cristo, para impedir os turistas de ver e fotografar Sacsayhuamán sem gastar dinheiro.

Veja também[editar]