José Américo de Almeida
Credo, tu é o azar em pessoa!
Este artigo traz relatos de uma criatura azarenta que só se estrepa no dia-a-dia. Pisa no cocô de cachorro, pega ônibus lotado, é atingida por titica de pombo... |
José Américo de Almeida (Entrou Areia, 10 de janeiro de 1887 — João Pessoa, 10 de março de 1980) foi um velhote que se passou por escritor, advogado e sociólogo, mas na verdade era só um político sacana e ex-ministro dos transportes do Coturno Vargas, o que fez ele pensar que já estava até com o jogo ganho e iria ser o próximo presidente do Brasil em 1938. Tadinho, não contava com a astúcia do chefinho dele...
Biografia[editar]
José nasceu nos cafundós da Paraíba e, como era de praxe naqueles tempos, foi mandado pra estudar na Faculdade de Direito do Recife, a faculdade que todo mundo daqueles tempos se metia a fazer por falta de opção.
Chegou a virar promotor de várias comarcas de Pernambuco e Paraíba, até que ganhou o papel de interventor do seu estadozinho querido. Nesse tempo, seu livro mais famoso, A Bagaceira (que foi um dos primeiros registros fidedignos da vida e obra da tua mãe) fazia muito sucesso, o que fez o Zé ser escalado como "Ministro da Viação e Obras Mortas Públicas" do titio Getúlio. Pouco depois chegou a ser ministro do TCU pra avalizar todas as contas astronômicas do chefinho e voltou a governar a Paraíba, agora como governador mesmo, de boas, eleito de verdade e não enfiado lá pelo presida.
Ajudou a fundar a Universidade Federal da Paraíba e foi o primeiro reitor dela, e esse foi seu último grande feito, porque depois viriam as prévias para as eleições presidenciais de 1938 e o José estava confiante que era o candidato do Vargas, tanto que se lançou sem partido nenhum (nesse tempo candidatura avulsa era de boas, não precisava fazer parte de uma agremiação carnavalesca tipo o PSTU pra tentar virar alguma porra no país). Pego no pulo com o golpe que o chefinho deu ainda em 1937, Zezinho passou a ser visto como um tremendo pé-frio da porra, considerado um causador de a UDN nunca ganhar porra nenhuma, tanto que foi brincar de política no Partido Libertador, que acabou virando um daqueles partidos nota de rodapé que nenhum brasileiro faz ideia de quem seja. A maior prova desse azar todo se daria anos mais tarde, já no governo do antigo miguxo de governo Vargas Ernesto Geisel, aconselhando ele a manter de pé o AI-5, já que iria evitar os comunistas endemoniados de criar desordem no país. Geisel simplesmente mandou o Américo tomar no meio do cu dele e, batendo na madeira três vezes, deu fim no Ato Inconstitucional Institucional Mambo Nº 5.
Zé morreu em 1980 após ganhar um prêmio de consolação pra quem não conseguia o Prêmio Jabuti, o Prêmio Juca Pato, que só pelo nome já dá pra ver que a pessoa que recebe realmente deve ter uma depressão tão aguda que morre de fome após um jejum prolongado de tanto se sentir passado a perna pelo destino.