História do teatro
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Isso significa que ele fala sobre algo que dá muito sono. Vandalize e você será colocado para dormir eternamente. |
Eu pensava que a minha vida era uma tragédia... Agora eu entendi que é uma comédia.
Coringa (e qualquer trabalhador assalariado) sobre teatro
A história do teatro compreende uma série de eventos que vão desde a Antiguidade até os tempos contemporâneos, andando no decorrer das décadas lado a lado com a própria história humana. Nossos ancestrais, sempre depois de jantar um delicioso mamute, necessitavam de uma boa noite de sono, já que tamanha iguaria precisava ser devidamente metabolizada e processada pelo nosso organismo. Porém, ninguém consegue dormir direito quando se está preocupado demais em ser devorado por um tigre-dentes-de-sabre durante tal momento de vulnerabilidade. O constante medo trazia a tona um dos principais problemas que afeta a raça humana desde a Pré-história: a insônia. Foi então que surgiu o teatro, o primeiro remédio para a insônia já inventado pelo homem, nascido dessa nossa busca pela sobrevivência.
Introdução[editar]
Compreende-se por teatro todo tipo de espetáculo cafona, tedioso e que possua um alto potencial de induzir um pobre ser humano indefeso a um estado de coma induzido. Os teatros existem nos mais variados formatos, e cabe a nós escolher em qual deles gostaríamos de tirar aquele cochilo revigorante para regular o nosso ciclo do sono.
Os poderes terapêuticos de um teatro são comprovados pela Ciência, pois induzem nosso organismo a produzir melatonina, o hormônio do sono. Essa particularidade comba perfeitamente com os efeitos naturais da noite, motivo pelo qual peças teatrais costumam ser realizadas sempre nesse período do dia. É tiro e queda!
Os primeiros teatros resumiam-se em rituais macabros de adoração a entidades divinas, mas já traziam elementos presentes nos espetáculos modernos: figurinos bregas, monólogos chatos e danças coletivas vergonhosas. Porém, como tais apresentações eram restritas a pequenas comunidades de pagãos bêbados que assistiam a elas só para tirar um ronco, os atores de antigamente não costumavam se constranger tanto, já que ninguém prestava atenção mesmo.
Porém, tudo mudou com o surgimento da civilização egípcia, quando os primeiros faraós decidiram que a vergonha alheia deveria se tornar pública e socializada mutuamente. Foi a partir desse momento que o teatro adquiriu a forma que tem hoje. E da distorção bizarra do teatro clássico surgiu a comédia stand-up, onde youtubers, piadistas de quinta e gente irrelevante em geral encontraram o gancho perfeito para perpetuar-se e disseminar-se ao mundo.
Teatro africano[editar]
O teatro africano é o mais renegado de todos, já que ninguém no mundo já assistiu a alguma peça teatral da África. Ele só não é mais desconhecido que o teatro da Oceania e o da Antártica, até porque, nem existe teatro nessas duas. Apesar disso, o teatro surgiu justamente lá, mais precisamente no Antigo Egito, época em que pessoas adoravam deuses com cabeça de bode e demônios com cara de cachorro.
Teatro do Antigo Egito[editar]
Osíris, o ditador do submundo, na época não encontrava-se em seus melhores dias, pois tinha sido recentemente esquartejado e capado. O outrora bondoso deus governante do Egito se transformou num rabugento que julgava quase todo mundo como culpado e digno dos quintos dos Infernos. Muita gente pode pensar que isso se deve ao fato dele ter perdido o precioso, mas não era o fato de ter ficado eunuco em si que o incomodava, e sim o fato de que a ausência do mesmo lhe causava uma dor insuportável que impedia que ele conseguisse dormir de noite.
Temendo arder nas profundezas quando morressem, os antigos egípcios decidiram demonstrar toda sua lealdade a Osíris por meio de grandes festivais de tecnobrega, onde gente decadente usava fantasias ridículas para interpretar a história de vida do deus. Para muitos outros deuses aquilo seria uma afronta, mas Osíris era humilde e só queria uma boa noite de sono. Como esses festivais eram um saco, mesmo com dores, Osíris acabava caindo no sono, e meses de prosperidade se seguiam no Antigo Egito. Foi nesse momento que surgiu a primeira peça de teatro, narrando o drama da vida de Osíris, aquele que fora invejado pelas inimigas e acometido pela insônia.
Tais peças teatrais se concentravam principalmente em Abidos, o lugar do Antigo Egito que mais concentrava esquizofrênicos e gente esquisita em geral. As pirâmides eram decoradas com glitter e lantejoulas, pessoas sem qualquer habilidade musical formavam corais desafinados, e a população pegava as roupas mais maltrapilhas que achava na gaveta e saía em procissões para puxar o saco dos deuses. Era uma versão um pouco mais civilizada do Carnaval.
Além do culto aos deuses, o teatro do Antigo Egito também se apropriava da zoeira como um de seus elementos principais. As sátiras eram muito comuns, porém, nunca voltadas aos deuses, pois o povo se cagava de medo de ser amaldiçoado. As sátiras tinham como principais alvos os faraós, e geralmente os retratavam ou como algum cuzão que não trabalhava e só ficava com a bunda no trono dando ordens, ou como um corno. Infelizmente os atores que protagonizavam essas peças terminavam como jantar de escaravelhos, já que ao contrário dos deuses os faraós existiam e não eram nem um pouco amáveis com a oposição.
Teatro de Gana[editar]
A maioria das pessoas não sabe que existe teatro em Gana. Na verdade, a maioria das pessoas sequer sabia que Gana existia até a Copa do Mundo de 2006. Atualmente é um dos únicos dois lugares da África que possuem um teatro, já que os africanos ficaram a vida toda tão ocupados catando diamantes e sobrevivendo a hipopótamos que nunca sobrou muito tempo para dormir "diversão". Até porque, quem vai preferir perder tempo indo ao teatro quando se pode praticar luta greco-romana contra rinocerontes?
O teatro ganês é relativamente recente, e começou com a peça "The Blinkards", história que narra a perda da identidade africana, quando os europeus invadiram a África e obrigaram os escravos ganeses a incluir sanduíche de bacon e frituras inglesas com alto potencial calórico em sua dieta. Infelizmente essa peça não teve a visibilidade que merecia, já que no período da Costa do Ouro Britânica qualquer iniciativa cultural local era sufocada pelos ingleses, que só permitiam que nos teatros fosse encenada A Trágica História do Dr. Fausto, uma obra cheia de referências a satanás e a rituais de adoração ao Diabo.
Outra peça famosa é a tragédia Anowa, que conta a história de vida de Marli, uma mulher independente que em sua busca por se livrar das amarras de uma sociedade patriarcal machista, deu um pé na bunda de todos os pretendentes escolhidos por seu pai para seguir com sua carreira musical no Youtube. Uma história trágica, que termina com o suicídio da protagonista assim que ela percebe que havia perdido seu espaço conquistado com tanto esforço para vídeos de gatos levando susto com pepinos e para a Anitta.
Uma outra grande obra do teatro ganês é The Marriage of Anansewa, que narra as peripécias de um exú-aranha (o mesmo que picou Peter Parker) em sua busca para achar o pretendente ideal para sua filha, uma rebelde que vivia dando um fora nos velhos babões que eram escolhidos pela mãe desnaturada. Essa peça particularmente tem grande relevância para o teatro ganês, pois ela usa e abusa de um recurso especial chamado mbuguous, uma técnica ganesa utilizada em peças absurdamente chatas que consiste no próprio público participando da história para não acabar pregando no sono no meio do espetáculo.
Teatro iorubá[editar]
Historiadores da arte traçam as origens do teatro iorubá até o Culto de Egungun, um macabro ritual de adoração a Cthulhu e outros seres ancestrais que segundo Nostradamus querem destruir a humanidade. Essa cerimônia deu origem a tradição de usar máscaras de demônios cósmicos, presente no teatro iorubá até hoje e muito utilizada em rituais de sacrifício humano.
No decorrer das eras, muitos vendedores ambulantes marroquinos de tapete voador se deparavam com uma dura realidade financeira, já que desde As Mil e Uma Noites artefatos mágicos árabes saíram de moda e se tornaram algo praticamente cult, restrito as elites do período. Mediante o baixo número de vendas, esses vendedores acabavam ficando com estoques acumulados e chegava um ponto que não conseguiam mais carregar tanto lixo.
Para se livrar de todo aquele entulho, os vendedores marroquinos precisavam viajar quilômetros, já que na África não existia lixões a céu aberto. Com o tempo eles acabaram chegando até os iorubás da África Ocidental e lá encontraram a solução para todos os seus problemas. Os iorubás não tinham a sua disposição todo o luxo dos trajes europeus, e por conta disso eles passaram a pegar os tapetes trazidos pelos imigrantes marroquinos e jogar sobre o corpo, criando seus próprios figurinos, dando assim origem ao teatro iorubá.
Teatro asiático[editar]
O teatro asiático é um dos mais antigos de que se tem notícia. É o segundo teatro a ter surgido no mundo, vindo pouco depois do teatro egípcio, tendo sua origem também em danças tradicionais orientais, só que com otakus como atores no lugar das múmias. As formas mais antigas de teatro são o teatro chinês e o teatro indiano, encabeçados respectivamente por Confúcio e Buda, dois grandes mestres da arte de fazer dormir.
Teatro da China[editar]
Os primeiros registros do teatro da China datam da Dinastia Shang, quando o poderoso feiticeiro Shang Tsung obrigava a população a prestar homenagens ao Imperador Kahn, geralmente envolvendo dança tradicional chinesa, música folk e rituais de sacrifício humano. Com a ascensão das artes marciais, as primeiras peças chinesas evoluíram para espetáculos mais realistas conhecidos como Mortal Kombat, que buscavam chocar os expectadores com cenas em alta definição de violência exacerbada.
Essa forma arcaica de teatro foi extinta na Dinastia Zhou, com a proibição de esquartejamento em eventos públicos. Nesse período o teatro perdeu toda a sua glória de outrora e acabou sendo reduzido a encenações baratas de poesias e outras formas de arte chinesa que ninguém gostava. Foi a partir desse momento que o teatro chinês começou a seguir um curso semelhante ao teatro do ocidente, evoluindo naturalmente para um tédio completo. Os atores desse período costumavam ser os xamãs, que nada mais eram do que tiozões usando fantasia e máscara.
Durante o período dos Dezesseis Reinos popularizou-se a Ópera de Canjun, uma história porca que consistia basicamente de um ancestral do palhaço Bozo fazendo piadinhas retardadas com um oficial corrupto. Não há qualquer registro mais completo sobre o enredo dessa peça pelo simples fato de que ninguém ficava pra assistir essa porcaria até o final. Já no período das Seis Dinastias se tornaram comuns peças que consistiam em danças mascaradas para homenagear algum general debiloide que ia para a guerra com máscara e que provavelmente morreu miseravelmente em combate por ter visão reduzida do campo de batalha.
Durante a Dinastia Tang o teatro também era comum. O imperador Liu Cunxu era uma das únicas poucas pessoas que tinham saco para ir as apresentações, e por ser hipster, ele mesmo gostava de atuar nas peças e inovar na arte da interpretação. Infelizmente, Liu Cunxu era pior que ator de novela mexicana, motivo pelo qual foi assassinado por um ex-ator de verdade, que não aguentava mais ver o imperador atuando de forma amadora e esquecendo todas as falas no meio das cenas.
Teatro da Índia[editar]
O teatro indiano surgiu na Antiguidade, um pouco depois da invenção do fusca. As primeiras peças de teatro indiano tinham seu enredo elaborado a partir do Rigueveda, uma antiga coletânea de hinos tradicionais indianos escritos por Dhalsim, e geralmente eram encenadas durante cerimônias de sacrifício humano em honra a Ganesha. Posteriormente surgiu o teatro sânscrito, a forma mais antiga e tediosa de teatro indiano que se tem notícia.
Na Idade Média o teatro indiano sofreu diversas adaptações. O teatro sânscrito tornou-se algo irrelevante, sendo restrito apenas aos mocorongos almofadinhas e aos fãs de Donnie Darko. As novas formas de teatro indiano tinham sobretudo o objetivo de agradar os turistas turcos e persas, e portanto a poesia Bhakti se tornou a principal influência para a elaboração do enredo das peças, já que esses caras eram esquisitos e gostavam de ficar o dia todo olhando pra gente aleatória sentada fazendo ioga. Talvez porque os turcos procuravam um ambiente confortável para cochilar após eras dormindo em barracos nas favelas do Califado Abássida.
Uma das célebres facetas do teatro indiano é o Kathakali, uma forma arcaica de dança onde os atores se fantasiam de Rei Momo e usam máscara facial de pepino. Criada por Golimar em algum momento antes de Cristo, a dança Kathakali tem como uma de suas mais importantes características a cara de bunda, fruto da flexão constante da musculatura inferior dos olhos. Infelizmente a maioria dos atores abandona a vida nos palcos cedo, pois acaba ficando vesga ou tendo crises permanentes de espasmo muscular no rosto.
Teatro sânscrito[editar]
O teatro sânscrito é um dos mais importantes da história do teatro asiático, sendo ele o primeiro sonífero criado na Índia. Os primeiros vestígios escritos do drama sânscrito datam do primeiro século, e foram reunidos pelo renomado historiador budista Shaka de Virgem, o herói nacional da Índia. Segundo os textos budistas, porém, o drama sânscrito já estava fora de moda nesse período, portanto ele provavelmente é ainda mais antigo, tendo surgido na mesma época que o primeiro computador da Positivo.
O teatro sânscrito foi apresentado ao mundo pela primeira vez durante um show de calouros dirigido por Sílvio Santos, tendo como jurados Elke Maravilha, Aracy de Almeida, Décio Piccinini, Pedro de Lara e o próprio Buda, figuras que já naquela época atuavam na programação do SBT. Infelizmente os atores foram reprovados por unanimidade, já que ninguém no mundo entendia sânscrito, nem mesmo os indianos (que optaram por falar um inglês bugado).
Para evitar futuros fracassos, esses primeiros atores optaram por retirar as falas e se concentrar apenas na performance. Infelizmente a performance também era uma porcaria, pois os atores eram péssimos e só era possível entender alguma coisa do enredo caso a pessoa tivesse lido o Mahabharata, um grande entulho literário de cerca de 200.000 versos sobre a briga de duas vertentes de uma família de grileiros pela posse de um pedaço de terra ilegal no norte da Índia.
O teatro sânscrito só foi se popularizar com o advento da música new age, que em conjunto com ele ajudava a criar o ambiente perfeito para a encenação das peças, possibilitando inclusive o retorno das falas e o acréscimo de coros desafinados a ambientação do palco. As pessoas continuavam sem entender porra nenhuma, mas pelo menos agora tinham um lugar sossegado para regular o seu relógio biológico.
Teatro do Japão[editar]
O Noh é a forma mais antiga de teatro japonês. No século XIV, quando mais de três vendedores miseráveis de bugigangas se reuniam para reclamar da vida, era comum que eles formassem parcerias para criar pequenos grupos de andarilhos, já que em sua maioria eram bastardos sem família ou que foram expulsos de casa pelos próprios pais. Esses grupos andavam de aldeia em aldeia fazendo palhaçadas na rua, usando os próprios objetos que não conseguiam vender em suas brincadeiras. Dessa forma surgiram as primeiras companhias de atores, em sua maioria, sem qualquer tipo de talento.
O Noh era a única forma de arranjar alguma utilidade para todo o lixo que ninguém comprava, como máscaras vagabundas do Babyface e quimonos feitos com retalhos de cortina. Por incrível que pareça, esses atores de quinta categoria conseguiam ganhar a vida dessa forma, pois muitas pessoas ficavam com tanta pena de tamanha demonstração de vergonha alheia que davam alguns trocados de esmola por achá-los uns pobres coitados. Outras só davam dinheiro para que eles fossem embora de uma vez e parassem de pagar mico na frente de suas casas, já que ninguém queria ser visto perto desses caras.
Posterior ao Noh surgiu o Bunraku, uma forma macabra de teatro cujas peças eram protagonizadas por demônios selados no corpo de bonecos escabrosos. O mais célebre e temido dos atores do Bunraku foi Galerito, que acreditava-se ser o receptáculo de mais de 40 espíritos malignos diferentes, cada um com sua própria crueldade e portador de uma maldade única. Anos mais tarde surgiu o secular teatro Kabuki, caracterizado por atores mau humorados cheios de pó de arroz na cara.
Teatro das Filipinas[editar]
O teatro das Filipinas é um grande Frankenstein repleto de retalhos de teatro de diversas outras culturas, como a zarzuela. Tem um pouco de tudo mas com nada sendo feito direito, fazendo dele um verdadeiro Latino do mundo do teatro. Durante a colonização espanhola se popularizou o moro-moro, uma forma de teatro filipino contada em verso que narrava a monótona e desinteressante rotina dos mouros e dos cristãos.
Como o teatro espanhol foi monopolizado pela Santa Inquisição, obviamente a história das peças de teatro filipinas sempre terminava com algum pagão se convertendo ao cristianismo e invocando os poderes divinos de Cristo para derrotar algum árabe malvadão.
Teatro persa[editar]
No teatro persa destacou-se o milenar Naqqāli, uma forma de apresentação de cabaré feita em prosa, muito comum em cafeterias e boates de música chill-out iraniana. O Naqqāli entrou em decadência devido a sua falta de apelo entre os jovens, que gostam de frequentar lanchonetes para tirar a barriga da miséria, não para dormir em cima da mesa.
O ta'zieh também é comum no teatro persa, onde árabes usando turbantes e elmos carnavalescos adornados com pena de moa celebram o martírio do neto de Maomé, Husayn ibn Ali, que foi morto pelo traidor do movimento islâmico, Iázide I, um tirano corrupto que ficava o dia todo no Califado Omíada fumando narguilé e comendo esfirra.
Outras formas históricas de teatro asiático[editar]
O teatro da Tailândia, do Camboja e da Indonésia não tinha qualquer tipo de originalidade e identidade, se reduzindo a meros plágios do teatro da Índia, só que muito mal encenados e com um nível de amadorismo que superava os atores de pornochanchada e dos filmes do Zé do Caixão produzidos na Boca do Lixo. Um exemplo tailandês é o Ramakien, uma versão de pobre do Ramayana indiano, com pessoas usando linha no lugar de roupa.
O teatro islâmico clássico consistia basicamente no teatro de sombras e no teatro de bonecos, entretanto, ele não decolou pelo simples fato de que Alá sempre dormia nas peças feitas em sua homenagem, o que tirava todo o sentido delas. Como espalhar a palavra do islã era a melhor forma de agradar a Alá, os árabes costumavam deixar os fantoches e cenários criando teia de aranha no canto, até que com o tempo eles acabassem devorados por cupins e caindo em esquecimento.
Teatro europeu[editar]
O teatro tradicional moderno, esse que todo mundo conhece e acha um porre de chato, basicamente teve sua origem na Europa, sendo uma verdadeira caixa de Pandora que deu origem para todo tipo de espetáculo entediante que até hoje assola a humanidade, tal como o balé, a ópera e as apresentações de palco de youtubers teen.
Teatro da Grécia Antiga[editar]
A história do teatro ocidental de fato começa com os antigos gregos. Na Grécia Antiga ainda não havia a TV para as pessoas assistirem as video cassetadas na programação de domingo, e naturalmente o principal hobby dos gregos era ficar o dia todo fofocando, bisbilhotando na vida alheia e falando mal dos vizinhos pelas costas.
O falatório era o refúgio que os gregos encontraram de sua rotina miserável, e foi durante essa fuga da realidade que surgiu a filosofia, onde tiozões de barba grande e pança de cervejeiro começaram a devanear sobre a origem da vida e o ritual de acasalamento dos centauros.
Como a base da sociedade grega era falar sem parar, não demorou muito para que esse péssimo costume se projetasse também no mundo das artes, já que ter criado a filosofia para nos encher o saco aparentemente não era o suficiente. Como ainda não existia a Netflix, as pessoas decidiram elas mesmas estragar as obras literárias da cultura popular da época, o que culminou no surgimento das primeiras peças do teatro grego.
O teatro grego se desenvolveu principalmente em Atenas, o lugar que concentrava o maior número de desocupados da Europa antiga. As peças gregas, dentre suas inúmeras características, eram muitas vezes usadas para bajular deuses, que tinham histórico de lançar alguma praga contra pessoas só por sacanagem ou para descontar a raiva por alguma frustração pessoal, como era o caso de Atena, que transformava as inimigas em megeras com cabelo de cobra ou megeras com corpo de aranha quando não ia com a cara delas. E a chatice do teatro grego nunca vinha sozinha, estava sempre acompanhada de poesia, filosofia, política e festivais barulhentos com música péssima.
Tragédia grega[editar]
Acompanhada da filosofia naturalmente vem a crise existencial, já que quanto mais nos questionamos sobre o sentido da vida, mais nos damos conta de que ela é uma merda. Por conta disso, a tristeza e o vazio interior se tornaram uma verdadeira galinha dos ovos de ouro para o teatro grego, dando origem a tragédia, um gênero de teatro que até hoje povoa o imaginário popular, geralmente para se referir a todo tipo de desgraça que recaia sobre a raça humana, como acidentes, desastres ambientais ou funk carioca.
Na Grécia Antiga era costume que se organizassem competições de teatro envolvendo a tragédia grega. Diversos fracassados cuja vida era uma porcaria (os "tragediógrafos") costumavam se reunir nos festivais em honra a Dionísio com suas peças, onde o autor da história mais deprimente era declarado o grande vencedor, sendo premiado com uma garrafa de Velho Barreiro para ter algo em que afogar as mágoas.
Dionísio era o grande anfitrião dessas festividades por um motivo simples: ele também era uma porcaria. Pense comigo: enquanto outros deuses representavam a força dos mares, o submundo ou a sabedoria, o cara não passava de um mero pinguço rebaixado a deus do vinho. Não tinha nada mais decadente do que isso.
Influência de Ésquilo na tragédia grega[editar]
O grande idealizador do gênero foi Ésquilo. Após sua namorada e único grande amor ter fugido com um padeiro romano, Ésquilo se viu desolado, e decidiu registrar toda sua dor em um diário com capa de couro de minotauro. Como estava muito na cara para qualquer um com mais de dois neurônios que lesse aquilo que ele tinha recebido um par de chifres, ele decidiu introduzir mais alguns personagens e fazer algumas leves alterações em seus relatos de corno sofrimento, criando assim a primeira tragédia grega.
Ésquilo repetiu essa fórmula uma caralhada de vezes, só mudando o cenário e o nome dos personagens, e sempre conseguia ganhar esses festivais, já que os juízes sofriam de severos problemas cognitivos e nunca se davam conta de que as peças eram apenas uma cópia descarada dos anos anteriores.
Ésquilo continuou escrevendo tragédias até seus últimos dias, quando saiu para chorar no quintal e um urubu derrubou um casco de tartaruga em sua cabeça, matando-o instantaneamente com um traumatismo craniano.
Comédia grega[editar]
Cansados de tanta desgraça, alguns vagabundos sem a capacidade intelectual necessária para se tornarem filósofos decidiram ingressar no mundo do teatro também. Sem qualquer habilidade para escrever algo minimamente impactante, o objetivo dessas pessoas era apenas tentar criar algo que fosse o exato oposto da tragédia, a qual não conseguiam entender. Assim surgiu a comédia grega, uma das maiores pragas já inventadas pelo homem, responsável pelo advento dos filmes do Adam Sandler.
A comédia grega teve três fases: comédia antiga, comédia intermediária e comédia nova, nomes diferentes para a mesma porcaria. O mais importante expoente da comédia antiga foi Aristófanes, o pai dos tiozões do churrasco.
Contrapondo-se completamente a tragédia, que apesar de depressiva ao menos tinha alguma categoria, a comédia de Aristófanes era um grande amontoado de piadas de quinta-série sobre sexo e flatulência, sem qualquer classe ou graça. Apesar disso, suas peças fizeram muito sucesso entre tios engraçadões e turmas do fundão de toda Grécia.
Tipos de comédia[editar]
Enquanto a comédia antiga adorava criticar políticos safados, a comédia intermediária, idealizada pelos grandes veículos de comunicação da época, tratou de satirizar os pobres e os miseráveis, sempre reforçando estereótipos, marcando o início de uma fase que posteriormente culminaria no surgimento do Zorra Total. Afinal de contas, pobre fazendo pobrices é sempre engraçado, até mesmo para os próprios pobres. Como Aristófanes tinha ficado gagá com a idade, coube ao seu filho, um zé-ninguém chamado Filetero, dar continuidade ao legado do pai de histórias sem-graça.
A comédia nova abraçou de vez o humor Praça é Nossa, e nem mesmo sátiras aos mitos gregos existia mais. As peças teatrais desse período eram 100% sustentadas por humor clichê recheado de estereótipos comuns da Grécia Antiga: os adolescentes depressivos, o velho resmungão, o pederasta de meia-idade, o filósofo vagabundo, o cunhado parasita, a sogra barraqueira, o marido corno... Enfim, todo tipo de recurso de humor batido ao qual até hoje os canais de TV aberta recorrem para forçar suas piadas e agradar boomers e tios do "é pavê ou pa cumê". Até porque, são as únicas pessoas que ainda dão algum IBOPE a sua decadente grade de programação.
Atualmente a comédia grega ainda é referência em Hollywood, sendo a principal influência para cinco a cada dez filmes que anualmente entram para a lista oficial dos piores filmes do mundo.
Drama satírico[editar]
O drama satírico foi a terceira e felizmente última contribuição dos gregos para o teatro. Embora o nome leve erroneamente a crer que se trata de alguma história dramática sob forma de paródia, o drama satírico era na verdade um tipo de tragédia criada para agradar ao público furry, onde os barracos de família e outras questões existenciais tinham suas cenas roubadas por grandes bacanais de sátiros.
Como a decadência aqui atingia patamares jamais vistos antes no teatro grego, inicialmente essas histórias tinham espaço apenas como show de encerramento para as competições de tragédias e comédias, só sendo encenadas depois do horário nobre, dado seu conteúdo cabeludo.
Com o passar do tempo a criatividade dos gregos foi se deteriorando, e a figura do sátiro se tornou algo como o palhaço, mas sem o pum de talco espirrando do traseiro. A peça está um tédio? Bastava soltar alguns sátiros no palco perseguindo ovelhas que o público ia à loucura.
Abordagens do drama satírico[editar]
Posteriormente os sátiros passaram a desempenhar papeis mais relevantes no teatro grego, e se tornaram dignos de protagonizar seus próprios dramas. Os dramas satíricos sempre seguiam três abordagens: na primeira, um sátiro grande, peludo e manso chamado Sileno era salvo da tirania de um ogro policial gaúcho por algum herói figurante anônimo de sobrenome Guina.
Na segunda abordagem, alguma tarefa de suma importância era designada para um grupo de sátiros vagabundos, que desviavam do caminho para vadiar na floresta por não gostarem de trabalhar, só de relaxar.
Na terceira abordagem, os sátiros eram enfiados como personagens em qualquer história aleatória para tapar buracos e disfarçar furos de roteiro.
O drama satírico foi extinto quando o Greenpeace se estabeleceu na Grécia e começou a denunciar os maus-tratos contra os sátiros, que eram submetidos a humilhação pública quando deveriam estar no meio do mato tocando flauta e flertando com as ninfas.
Teatro da Roma Antiga[editar]
Seguindo a tradição de copiar tudo dos gregos, após chupinhar a sua mitologia, os romanos decidiram também plagiar o teatro da Grécia Antiga, embora o famoso historiador e vendedor de risotto romano, Tito Lívio, jure de pés juntos que quem eles plagiaram foram na verdade os atores etruscos. Entretanto, isso é obviamente uma mentira, já que os únicos artistas que existiam na Etrúria eram arquitetos de cabanas de barro e projetistas de lápide de cemitério.
No teatro romano eram muito comuns festivais em que gente feia e peluda saía para as ruas com as vergonhas à mostra, numa clara investida contra a massificação da arte, objetivando espantar qualquer pessoa que pudesses vir a apreciar o teatro. Posteriormente, visando acabar com a mais pura indecência que se alastrava pelas cidades, o teatro foi levado para grandes palcos a céu aberto conhecidos como coliseus, munidos de auditório, bilheteria e até de lojas de pipoca.
As peças encenadas nos coliseus sempre atraíam um grande público, principalmente devido aos seus efeitos especiais realistas, onde atores eram devorados por tigres e esquartejados por armas de guerra em cenas convincentes, quase como se estivessem morrendo de verdade.
Porém, como tudo que é bom dura pouco, logo chegaram os chatos com suas comédias e tragédias, propondo a substituição do sangue e da violência sadias por espetáculos enfadonhos retratando a monótona e desinteressante vida dos romanos. Como ser cult estava na moda, as pessoas decidiram aderir aquilo mesmo odiando, só para poder passar a imagem de inteligentes.
Os shows nos coliseus ficaram restritos aos caipiras, perdendo seu status de "arte" e se tornando a própria antessala do manicômio. Famosos plagiadores da literatura grega, como Plauto e Sêneca, se tornaram os novos nomes do teatro romano, o primeiro com suas comédias pastelão e o segundo com suas tragédias melodramáticas sobre incesto e esfinges.
Teatro medieval[editar]
Quando os bárbaros assumiram o Império Romano, eles ficaram putos com o fato de que o entretenimento tinha sido reduzido a mauricinhos fantasiados em cima de um palco contando histórias chatas para um caralho. Ao observar que o que restou da população romana estava dormindo nos auditórios, eles concluíram que algo errado estava acontecendo e precisava urgentemente ser mudado.
Os bárbaros decidiram resgatar a diversão de verdade, aquela que o povão queria ver, e eles mesmos passaram a escrever as peças de teatro. A história era tão complexa quanto o enredo da Geladeira Diabólica, mas em compensação a pancadaria comia solta, o que novamente motivou as pessoas a irem para os espetáculos. A verdade é que lá no fundo o ser humano não quer saber de histórias bem elaboradas ou de draminhas pessoais, apenas de sangue e muita porrada. Do contrário Dragon Ball não seria um sucesso.
Bizantinos[editar]
Vendo a selvageria na qual seu teatro cult tinha se transformado, os artistas decidiram todos migrar para o Império Bizantino, onde os hipsters ainda eram aceitos. Quando esses rejeitados chegaram lá a população viu se difundir em suas terras mímicos, pantomímicos, malabaristas de rua e um bando de gente desocupada que ganhava a vida fazendo esquisitices no meio da estrada.
A maior contribuição de fato dos bizantinos para a história da arte foi falar sobre o teatro grego, já que eles não produziram qualquer coisa que se aproveite. Nesse contexto foi escrito o Suda, um grande compilado com os maiores best-sellers da tragédia grega, reunindo textos clássicos coletados em sebos de toda Constantinopla.
Do século V em diante o teatro foi praticamente extinto. As arquibancadas, palcos e auditórios onde as peças eram encenadas foram desmontados, pois as nações precisavam de material barato para implementar novas formas de empalamento e outras penas capitais. A única coisa que restou do teatro foram caravanas de artistas independentes, que encenavam peças improvisadas em qualquer canto onde havia mais de cinco idiotas para assisti-los. Infelizmente esses atores eram péssimos, e de tão ruins a própria Igreja decidiu denunciá-los, acusando-os de heresia e dizendo que eram perigosos para a sociedade.
Drama litúrgico[editar]
Como as invasões dos vikings ficavam cada vez mais frequentes, as pessoas não tinham muito tempo de ir para a missa, pois estavam ocupadas demais se escondendo no porão ou servindo como ingrediente para ração de Kraken. Isso aumentou bruscamente o prejuízo nos cofres do clero, já que ninguém mais pagava o dízimo. A própria Igreja Católica decidiu dar um basta naquilo, e assim criou o drama litúrgico para espantar os invasores.
O drama litúrgico provou-se uma arma bastante eficiente contra os pobres vikings, que não tinham o psicológico necessário para suportar a Ladainha de Todos os Santos, que era recitada pelos atores incansavelmente sem parar. Não demorou muito para que os ataques cessassem e a paz reinasse na Europa no século XI.
O drama litúrgico continuou sendo usado pela Igreja, principalmente como chantagem. Os fiéis que não pagavam a contribuição semanal voluntária em dia eram amarrados em cadeiras e obrigados a assistir tiozões fazendo cover de Ave Maria com acordeão.
Dificuldades do teatro medieval[editar]
O principal problema do teatro na Idade Média era a falta de atores. Como a Igreja era mão-de-vaca, era difícil achar qualquer trouxa disposto a se expor ao ridículo pela miséria que os religiosos pagavam, que não dava nem para comprar um sanduiche de presunto em uma taverna europeia barata.
A desculpa de que as pessoas estariam "honrando a obra de Deus" não colava para que aceitassem o cachê oferecido, então o papa decidiu mandar seus próprios funcionários para pegar no batente. Os dramas litúrgicos passaram a ser encenados por padres, freiras e bispos, que eram obrigados a trabalhar de graça sob a pena de ficarem sem sua parte do dízimo.
Vendo que qualquer idiota podia ganhar uma grana fácil simplesmente usando uma fantasia ridícula e falando umas abobrinhas em cima de um palco, diversos trapaceiros e vidas mansas viram no teatro uma forma de lucrar sem precisar trabalhar de verdade. O teatro novamente se tornou popular na Idade Média, difundido principalmente por guildas de mandriões e batedores de carteira, que roubavam os bolsos do público quando as pessoas caíam no sono.
Karagöz[editar]
O teatro de sombras de Karagöz é a maior obra-prima do teatro turco, até porque, é a única. A Turquia é uma nação transcontinental, mas como o Campeonato Turco de Futebol faz parte da UEFA, optamos por falar dela na seção da Europa mesmo, já que a melhor forma de falar com brasileiro é usando o futebol.
Considerado um Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, o Karagöz se caracteriza pela utilização de bonecos narigudos para fazer sombra numa tela, geralmente manuseados por marmanjos que não tiveram infância e que aproveitam a crise da meia idade para brincar, provavelmente porque quando pequenos foram privados de qualquer tipo de diversão para trabalhar na roça plantando fumo.
A data da primeira apresentação do Karagöz é incerta, porém ele foi popular durante todo o reinado do Império Otomano, pois era a única forma de entretenimento que os turcos, sempre mal humorados e sérios, tinham ao seu alcance. Como na Turquia as pessoas nunca souberam se divertir, algum bobo alegre por algum caralho de motivo achou que seria fenomenal ficar sentado por horas vendo um monte de sombras se mexendo num palco e falando palavrões em árabe.
Os bonecos eram feitos de madeira de pinheiro-manso e revestidos com couro de águia-gritadeira, espécies típicas da região que Solimão, o Magnífico criava ilegalmente em cativeiro. O enredo da peça girava em torno de dois personagens, Karagöz e Hacivat, dois vagabundos que viajavam por toda Turquia narrando a as aventuras de Jeca Valente para os pedreiros, que abandonavam o serviço para escutar os feitos do herói anônimo.
O sultão ficou sabendo que seus funcionários estavam deixando de construir mesquitas para vadiar. Ele então ordenou que a dupla fosse enforcada como aviso, para mostrar para os turcos que no Império Otomano vadio não se criava. Porém, Karagöz e Hecivat foram possuídos por antigos espíritos zombeteiros babilônicos, que tomaram seus corpos e os trouxeram a vida na forma de bonecos malignos para se vingar do sultão, difamando-o com piadas grosseiras e fazendo chacota do seu tarbush.
Commedia dell'Arte[editar]
Apesar de ter se passado um período inteiro da história da humanidade, os italianos continuaram presos ao passado, mantendo vivo o legado romano de chupinhar os antigos gregos. Mesmo com as obras gregas fora de moda desde a Antiguidade, os italianos aparentemente não se deram conta de que já tinham ido dez séculos.
Dessa forma, os atores decidiram juntar os cacos do antigo teatro romano para criar a Commedia dell'Arte em oposição ao teatro erudito, copiando a comédia grega que tinha sido criada como oposição a tragédia grega, repetindo a mesma fórmula batida que culminou no surgimento das primeiras peças teatrais no falido Império Romano.
Semelhante a antiquada comédia grega, a Commedia dell'Arte consistia em repetir incessantemente as mesmas velhas piadas "improvisadas" (que aquela altura, já tinham sido decoradas e repetidas como um mantra) em todas as peças. É claro, a diferença aqui é que os clichês eram outros, e deixaram de se chamar "estereótipos" para se transformar em "personagens-modelo", que na prática, é a mesma merda.
Os adolescentes depressivos viraram os Innamorati; o velho resmungão virou o Pantaleão; o pederasta de meia-idade virou o Beltrame; o filósofo vagabundo virou o Dottore; o cunhado parasita virou o Brighella; a sogra barraqueira virou a Colombina; e o marido corno virou o Arlequim.
Porém, a principal contribuição da Commedia dell'Arte para a história das artes foi a de separar eficientemente os personagens relevantes dos figurantes, já que apenas quatro deles tinham alguma relevância maior, ao passo que o restante só estava ali para encher linguiça. As figuras de maior destaque sempre obrigatoriamente seriam o Capitano, o Arlequim, o Dottore e o Pantaleão; enquanto os demais personagens muitas vezes nem apareciam direito, sendo facilmente substituídos por um babuíno.
Capitano[editar]
O Capitano era o típico valentão da escola: forte como um boi, mentiroso como um político, cagão como um tiozão do Zap e "inteligente" como um jegue.
Corajoso apenas na hora de enfiar a cabeça dos paga-lanches no vaso sanitário, era sempre o primeiro a desertar nas batalhas, abandonando todo mundo para morrer enquanto se escondia no meio do mato. No amor era uma porcaria, já que a única coisa que sabia falar para as garotas era cantada de pedreiro.
Pantaleão[editar]
O Pantaleão representava a avareza. Era um velho rico, rabugento e odiado por todos, inclusive pela própria família, que as pessoas só achavam engraçado por parecer um turco. Geralmente ganhava a vida como comerciante de produtos de qualidade duvidosa em Veneza, como a Tekpix, a churrasqueira de controle remoto e o George Foreman Grill Jumbo da Polishop.
Dottore[editar]
O Dottore era um chato de galochas que sempre aparecia como obstáculo para diversão, do tipo que se julgava intelectual por assistir Neon Genesis Evangelion e The Big Bang Theory. Um verdadeiro charlatão, ostentava um diploma provavelmente falsificado nos fundos de algum bordel renascentista, ganhando a vida vendendo curas milagrosas para peste negra e piolho-chato.
Os dottores costumavam ser representados por homens com pança e cara de Wario, aristocratas anatomicamente parecidos com o velho da Aveia Quaker ou pastores evangélicos falidos.
Arlequim[editar]
Por fim temos a importante figura do Arlequim, um palhaço psicopata que aparecia nos intervalos para "divertir" a sádica população com piadas de humor negro sobre cadeirantes e pessoas com malformação congênita.
Geralmente cruel e adepto de Satanás, a principal função do arlequim era apunhalar seus companheiros pelas costas, roubando suas namoradas como vingança por sua esposa ter lhe traído com um pizzaiolo de Milão.
Com o tempo o arlequim se tornou o mais popular personagem do teatro italiano, inspirando diversos assassinos e outros criminosos por toda Europa durante a Idade Moderna.
Teatro isabelino[editar]
Apesar do nome, o teatro isabelino englobou não apenas o reinado de Isabel I da Inglaterra, mas também o reinado de Jaiminho VI da Escócia e de Carluxo I. Apesar disso, só se fala de Isabel porque era a única que de fato ia ao teatro, já que Jaime VI preferia ficar o dia todo na beira do Lago Ness tentando flagrar a Nessie, ao passo que Carlos I estava ocupado demais tomando um couro dos presbiterianos escoceses.
Também chamado de "teatro renascentista inglês", o teatro isabelino teve suas raízes no teatro medieval, onde pessoas atolada até o pescoço de pecados organizavam festivais religiosos para puxar no saco de Deus, em busca de alguma redenção para não serem lançadas na frigideira do Capeta.
Outra influência do teatro isabelino foram as moralidades, um show de hipocrisias onde algum protagonista com o carisma de uma chirimoya encontrava-se com personificações de conceitos abstratos morais, como "Juízo", "Perdão" e o próprio "Tédio" (que geralmente aparecia sob a forma de um artista de teatro). Essa ladainha se arrastava até o fim da história, que geralmente se encerrava com alguma mensagem de cunho moral e religioso do tipo: "Você é uma merda, e Satanás virá puxar teu pé a menos que você vá para a missa".
O fim do teatro inglês[editar]
Outras inspirações para o teatro isabelino foram a commedia dell'arte italiana e as mascaradas, festas nobres onde trombadinhas dançavam e cantavam para outros trombadinhas. Figuras importantes do teatro isabelino até hoje fazem parte do imaginário inglês, tal como William Shakespeare, o rei do sono. Com Romeu e Julieta, Shakespeare se tornou o pai do drama adolescente, sendo o idealizador do que mais tarde se tornaria o primeiro roteiro da Malhação.
As primeiras companhias de atores vieram da aristocracia, já que os pobres não tinham dinheiro nem pra comprar um pão amanhecido na venda da esquina, que dirá para máscaras e fantasias. Porém, esses atores não passavam de filhinhos de papai que só ingressaram no teatro por que queriam, sem de fato ter qualquer habilidade artística. O resultado disso é que a própria corte, comandada por nobres, decidiu eliminar essas companhias, pois não queriam ver seus filhos se tornando vagabundos e estragando o nome da família.
Mais tarde o que restou do teatro inglês foi banido definitivamente pelos bispos da Igreja Universal (chamados na época de "puritanos"), que consideravam as performances de rua como sendo obra do diabo. Isso acarretou no surgimento de uma nova modalidade de crime, onde atores desempregados chamados "Drolls" passaram a interpretar peças clandestinas em zonas e pocilgas no submundo da Inglaterra.
Balé[editar]
Desde que a commedia dell'arte ganhou as ruas italianas, a população não conseguia mais dormir, já que a figura do arlequim, que se alimentava de energia espiritual, costumava aparecer nos pesadelos das pessoas para roubar suas almas caso elas cochilassem no meio das peças. Assim surgiu o balé na Itália, em virtude dessa necessidade de se implementar novas maneiras (seguras) de fazer as pessoas pregarem no sono.
A origem do balé é incerta, mas tudo aponta que a primeira apresentação de balé surgiu quando uma patricinha da aristocracia italiana encontrou um disco da Enya no porão da sua casa, e para evitar dormir naquele chão velho cheio de ácaros e bosta de rato, ela decidiu dançar sem parar. Só uma dança simples não era suficiente. Então ela começou a dar piruetas e correr dando saltos pelo cômodo para tentar vencer a sinfonia do sono eterno que emanava daquela música.
Seus pais, que estavam na cozinha comendo uma lasanha, decidem verificar o que era toda aquela algazarra, e quando se deparam com sua filha pulando feito uma retardada eles enxergam alguma beleza depravada naquilo. Rapidamente eles expõem sua filha a humilhação pública, obrigando-a a dançar na frente de um bando de bundões engomados, criando assim o balé. Por incrível que pareça aquilo foi um sucesso, tanto que sua mãe, uma tal de Catarina de Médici, decidiu levar aquela dança para França como um agrado, para que os franceses esquecessem um pouco a irrelevância na qual eles tinham caído.
Rapidamente a dança se popularizou em toda Europa, principalmente na França, onde o próprio rei Luís XIV de França deixava de honrar com suas responsabilidades reais para ir dançar nos teatros, o que era no mínimo constrangedor, um marmanjo daqueles dançando no meio de um monte de jovens sem problemas de reumatismo. Luís XIV foi um grande entusiasta das artes, tanto que foi ele quem lançou a moda de usar salto alto nas danças de balé. O tutu, aquele vestido escroto que parece um mosquiteiro, só foi implementado anos mais tarde na peça O Lustre do Castelo, interpretada por Lana e Lara, as pioneiras desse tipo de roupa.
Teatro do Século de Ouro Espanhol[editar]
Com inveja da Inglaterra, a Espanha decidiu também se lançar ao mundo das artes, e rapidamente se tornou um dos maiores produtores de peças teatrais de toda a Europa. Entretanto, nenhuma delas prestava, o que fazia da Espanha uma espécie de Bollywood do teatro.
Apesar de ter produzido quase 30000 peças teatrais, quase não há registros de qualquer uma delas, pois os espanhóis preferiram deixar que elas se perdessem eternamente nas brechas do tempo para não passarem vergonha.
A principal manifestação artística no teatro espanhol foi a zarzuela, uma espécie de ópera de pobre. A zarzuela foi desenvolvida por Vega após assistir uma tourada. Ao presenciar um touro atravessando o tórax de um toureiro com seu chifre, Vega decidiu elaborar novas formas de tortura para ajudar seu país a prosperar. Juntando clichês plagiados do teatro de outros países, pessoas iletradas falando abobrinhas, músicos falidos tocando instrumentos musicais e corais de gente desafinada, ele idealizou o gênero, apreciado desde a nobreza até as favelas espanholas (hoje em dia conhecidas como Andaluzia).
O maior dramaturgo espanhol dessa época foi Calderón de la Barca, que presenteou o mundo - o qual ele provavelmente odiava - com incríveis peças como La Dama Duende, história onde um esquizofrênico se apaixona por uma mulher imaginária descendente da antiga linhagem dos gnomos avistados por Tihuana. Outra obra de destaque é La vida es sueño, que narra a história de um tal de Segismundo, um pobre coitado aprisionado pelo próprio pai numa torre após este ler uma profecia do Walter Mercado em uma revista de horóscopo.
Teatro barroco francês[editar]
A França foi bastante improdutiva nessa época, sendo que todo o teatro francês pode ser resumido apenas em Corneille, Molière e Racine, que se tornaram dramaturgos pelo simples fato de que não tinha mais nada de interessante para se fazer em terras francesas na ocasião (além de ir morrer miseravelmente na Guerra dos Trinta Anos).
Corneille[editar]
Pierre Corneille iniciou sua carreira como vilão dos Três Mosqueteiros, mas sua inabilidade em combate fazia dele um saco de pancadas, já que a vida toda matou as aulas de esgrima para ler Shakespeare escondido. Em dado momento ele decidiu abandonar a sua vida de espadachim para se tornar dramaturgo, algo mais propício para molengas fora de forma como ele.
A principal obra de Corneille foi Le Cid, uma história de caráter biográfico que narra a vida de El Cid, lendário cavaleiro de ouro de Capricórnio que salvou a Espanha da tirania dos deuses dos sonhos.
Molière[editar]
Molière foi talvez a mais importante figura do teatro francês. Molière surge num contexto em que os empregados do teatro eram mal vistos pela sociedade e excomungados pela Igreja, mas como vivia puxando no saco do rei Luís XIV de França, este último transformou as artes num grande cabide de empregos para atores e dramaturgos.
Molière se tornou organizador de eventos do rei, criando peças onde zombava da cara dos beatos e criticava os pseudointelectuais que chamavam ácido sulfúrico de "vitriol".
Rapidamente Molière se tornou odiado pela Igreja, e qualquer um que assistia suas peças era vítima da macumba de bispos católicos. Mas nem isso o parou: ele até poderia arder nas profundezas, mas ao menos faria isso se divertindo.
Sua principal obra foi Don Juan, uma grande apologia a libertinagem e ao adultério, onde um francês disfarçado de espanhol saía por aí colocando chifres em suas namoradas, até que ele perde sua alma em uma partida de pôquer para o Espírito do Natal Passado e é lançado no caldeirão de Satanás.
Racine[editar]
O outro dramaturgo de certo destaque foi Jean-Baptiste Racine, rival de Corneille e arqui-inimigo de Molière, cuja companhia teatral produziu uma de suas peças com a bunda e fez dela um fiasco. Sua principal obra foi Andrômaca, o grande roteiro de um episódio do Casos de Família cheio de ódio, ciúmes, mentiras, amores não-correspondidos, barracos e gregos incompreendidos fazendo merda.
Posteriormente Racine se tornou tesoureiro da França, já que era costume artistas franceses conseguirem uma boquinha no reino caso bajulassem suficientemente o rei.
Ópera[editar]
Como já foi dito, o teatro encenado tradicional foi a porta de entrada para o surgimento de diversas outras modalidades escabrosas de arte. Entre elas está a Ópera, gênero musical bastante difundido mundialmente que as pessoas fingem que gostam para parecerem inteligentes. A ópera caracteriza-se por mutantes com corda vocal infinita berrando em cima de um palco coisas que ninguém entende por longos período de tempo, levando inevitavelmente o público a cair no sono ou a se suicidar.
A ópera surgiu na Itália no ano de 1597, em uma forja de Florença. Um ferreiro local, Jacopo Peri, estava construindo alegremente uma espada para o Papa matar alguns protestantes quando, em um descuido, ele acaba deixando uma bigorna cair em seu pé.
Jacopo ficou por horas perturbando a paz da vizinhança com seus gritos de dor, até que um poeta desempregado, Ottavio Rinuccini, passando por ali, teve a brilhante ideia de transformar todos os palavrões proferidos por Jacopo em seu momento de sofrimento na letra de uma música.
Foi com essa ajuda do benevolente poeta que Jacopo, um grande admirador de Scooby-Doo, deu vida a primeira ópera da história, que ele carinhosamente chamou de Dafne, em homenagem a sua waifu.
Monteverdi[editar]
O primeiro gênio da ópera foi Claudio Monteverdi, um verdadeiro entusiasta das artes chatas clássicas. Inconformado com o fato de que o teatro tinha perdido sua essência, que era a capacidade de colocar as pessoas para dormir, Monteverdi se viu numa empreitada para resgatar a verdadeira natureza da arte. Juntando poesia lírica, literatura, música clássica, teatro, balé e gritaria ininteligível em latim, Monteverdi criou um combo com elevado potencial sonífero chamado L'Orfeo, que estabeleceu as principais bases para a ópera moderna.
Poucas pessoas que acompanharam a primeira ópera de Monteverdi sobreviveram para contar história. A maioria delas entrou em coma permanente, um coma tão profundo que nem mesmo a morte conseguiu alcançá-las, e por conta disso elas ainda são mantidas vivas no porão do Vaticano, dormindo eternamente ao lado da carcaça putrefata dos papas. A ópera de Monteverdi foi aperfeiçoada pelos seus discípulos, que quadruplicaram o número de gente berrando no meio do palco até que ela se difundisse por todo mundo e se transformasse naquilo que conhecemos hoje, mais uma ferramenta pra gente cult alimentar o próprio ego e menosprezar ouvintes de axé, pagode e sertanejo universitário.
Comédia da Restauração[editar]
Durante anos o teatro inglês foi proibido pelos pastores evangélicos, que achavam uma indecência um bando de gente esquisita passando vergonha em cima de um palco só para agradar pessoas com péssimo gosto artístico. Entretanto, assim que os líderes puritanos foram acusados de enriquecimento ilícito por meio da exploração dos fiéis, eles acabaram perdendo a credibilidade. Isso possibilitou o retorno da diversão para as terras inglesas, já que crente não sabe se divertir.
Com a restauração da monarquia, os teatros novamente foram abertos, adquirindo novas características. A comédia da restauração nada mais era do que um aglomerado de indecências, e seus atores não passavam de libertinos imorais que só queriam saber de farra. Caracterizada sobretudo por piadas sobre sexo, as peças do gênero foram incentivadas principalmente pelo rei Carlos II, um tarado que adorava humor negro e que assistia o Cine Privê escondido da esposa.
Durante a época da comédia da restauração o teatro deu espaço para que surgissem as primeiras atrizes profissionais, aumentando assim a grade de gente desocupada que poderia enriquecer facilmente fazendo palhaçadas em cima de um palco. Apesar de tudo, isso ajudou a eliminar o problema de trabalho infantil dos teatros ingleses, onde garotinhos inocentes tinham sua infância roubada para serem obrigados a se expor ao ridículo na frente de um bando de velhos babões com cara de traficantes de órgãos.
Posterior a comédia da restauração surgiu também o espetáculo da restauração, que veio com a proposta de modernizar o teatro inglês. As peças tiveram uma significativa redução da qualidade de seu enredo, que passou a ser escrito por estagiários, mas em compensação passaram a trazer a tecnologia para o teatro, trazendo para as apresentações fogos de artifício, shows pirotécnicos, bocós fantasiados de árvore andando de um lado ao outro e efeitos sonoros de risada do Chaves. Rapidamente o espetáculo da restauração caiu na boca do povo, mas para ser xingado, já que era uma porcaria com muitos efeitos especiais e pouca qualidade técnica, pior que os filmes do SyFy Channel com seus tubarões e aranhas gigantes de Paint.
Arlequinada[editar]
Harlequinade ou Arlequinada foi um tipo de mímica onde a figura principal era o arlequim, que tinha como principal objetivo abrir os portões do Tártaro e soltar as hordas infernais na Terra para agradar o diabo. Como a Igreja Católica monopolizou toda a Itália, os arlequins e demais servos do demônios foram expulsos de lá, o que os levou a imigrar clandestinamente para outras partes da Europa.
Assim que os arlequins estabeleceram-se na Inglaterra, eles criaram a arlequinada, gênero focado neles mesmos, a partir do qual eles poderiam realizar macabros rituais para roubar almas humanas, seu alimento e fonte de energia. Como o teatro inglês estava mais liberal, as pessoas simplesmente ignoravam quando os arlequins começavam a falar latim e fazer gestos macabros durante as peças, o que fez das terras britânicas um terreno bastante propício para a difusão das arlequinadas. Apesar disso, geralmente as peças não possuíam falas, já que as vozes dos atores podiam ter alguma entonação demoníaca em certos momentos que poderiam revelar as suas reais intenções.
Como as arlequinadas eram uma distorção escabrosa da commedia dell'arte, muitos personagens eram versões mais maquiavélicas dos personagens-modelo dessa última. O arlequim era o astro principal, e seu principal objetivo era coletar a maior quantidade possível de almas para agradar ao seu senhor, Satanás. A columbina era uma súcubo que assumia a forma de uma amável e bondosa moça para seduzir as vítimas e levá-las ao arlequim.
O pantaleão aparecia como sendo o pai da columbina, portanto, possivelmente era Asmodeus, o demônio da luxúria, que assumia uma forma humana para fiscalizar pessoalmente se o trabalho dos demais personagens estava sendo bem feito. O pierrot era um comediante satanista apaixonado pela columbina, a quem ele oferecia a vida dos inocentes como prova de amor. Por fim existia um medonho personagem chamado simplesmente de Palhaço, um anarquista caótico que provavelmente era o próprio Lúcifer disfarçado de figurante, que estava ali para se certificar de que as almas que seriam oferecidas a ele eram de boa qualidade.
Teatro neoclássico[editar]
O teatro neoclássico foi um porre. Por ter sido monopolizado por gente velha e chata, o teatro desse período deixou de se preocupar com o entretenimento para dar foco ao decoro, tentando acabar com qualquer forma de diversão que poderia ser proporcionada pelas artes.
O teatro do neoclassicismo tinha como principal objetivo cagar regra, obrigando os atores a abandonar qualquer compromisso com o lazer para seguir normas estúpidas de etiqueta. Caso as peças não seguissem o modelo ideal de sociedade ditado por tiozões arcaicos, os atores eram tachados como "imorais" e corriam grande risco de serem difamados por meio de correntes de WhatsApp.
Como se já não bastasse a exigência de que o teatro seguisse um padrãozinho de conduta pré-estabelecido por velhos rabugentos jurássicos, também havia a exigência de que o teatro seguisse a vida real o máximo possível. Ou seja: nada de ação, fantasia, mitologia, fantasmas ou qualquer coisa que pudesse tornar a experiência do público minimamente divertida. O teatro neoclássico chegou num ponto que até mesmo ir para a Ópera era uma opção melhor, sendo que assistir uma peça do período era tão emocionante quanto jogar Brain Age.
Unidades aristotélicas[editar]
Outra característica do teatro neoclássico era seguir à risca as unidades aristotélicas, distorções bizarras dos tratados literários de Aristóteles para transformar o que já era chato em algo pior. As unidades aristotélicas, estrategicamente pensadas para neutralizar qualquer sensação de alegria ou divertimento que poderia ser proporcionada pelo teatro, resumiam-se em três regras básicas: unidade da chatice ação, unidade do tédio tempo e unidade do desgosto lugar.
A unidade da ação dizia que toda história deveria seguir um único curso do início ao fim, eliminando qualquer tentativa de uma peça desenvolver seus personagens, gerando enredos rasos com protagonistas sem nenhum carisma.
A unidade do tempo estabelecia que toda ação deveria se passar em menos de 24 horas, impossibilitando qualquer tipo de exploração ou viagem épica na história, o que deixava o enredo amarrado a dramas fajutos e histórias retratando a sem-graça sociedade do século XVIII.
Por fim a unidade do lugar estabelecia que toda a história seria conduzida no mesmo santo lugar, restringindo o enredo a um único e enfadonho cenário, uma clara declaração de guerra a originalidade e a diversão.
Fantasmagoria[editar]
A fantasmagoria é um tipo de teatro de horror criado para assustar a supersticiosa população do século XVIII, que morria de medo de fantasmas, esqueletos e do chupacabras. A fantasmagoria consistia em reproduzir imagens de crias do capeta sobre as paredes, usando uma relíquia arcana conhecida como lanterna mágica. A lanterna mágica foi criada por um mago charlatão chamado Paulo Coelho, que a utilizava para projetar ilusões de óptica de demônios, os quais ele alegava terem sido invocados por ele.
Como a população era ignorante demais para entender noções básicas de física, naturalmente caía no conto vigário. Não demorou muito para que Paulo Coelho passasse a ser temido pela população, que com medo de represálias, gastava rios de dinheiro comprando os livros de qualidade duvidosa escritos por ele. O reinado de mentiras e enganações do suposto mago chegou ao fim quando o mágico e físico Mr. M, na época conhecido como Paul Philidor, revelou em público os segredos da lanterna mágica, que nada mais era do que um projetor de luz exibindo imagens satânicas desenhadas a mão em telas, paredes e fumaça.
Assim que se descobriu que aqueles monstros eram na verdade espetáculos de efeitos especiais feitos para assustar cagões, os atores do teatro, que estava em decadência desde que os franceses decidiram estragá-lo, decidiram transformar aquilo numa nova modalidade de entretenimento. Como o ser humano é naturalmente atraído pelo maligno e pelo diabólico, a fantasmagoria difundiu-se em toda Europa. Foi um sucesso particularmente entre os góticos, rejeitados que passaram a ser permitidos nos teatros, geralmente como parte da ambientação sombria do cenário. Também foi um fenômeno entre pais querendo educar seus filhos na base do terror, numa época em que o velho do saco ainda trabalhava como camelô nas ruas da Espanha.
Teatro do século 19[editar]
Uma das principais manifestações teatrais do século XIX foi o melodrama, criado pelos franceses, que a cada dia se superavam, sempre inventando novas formas de estragar a diversão. O melodrama nada mais era do que uma versão piorada da tragédia grega, acompanhada de efeitos especiais vagabundos e fundo musical cafona. Esses elementos serviam para criar toda uma atmosfera exageradamente emotiva, a principal característica do gênero, que transformava até mesmo um peido em motivo para uma crise existencial ou algum surto de choro coletivo.
O melodrama teve como principal influência o teatro das feiras, quando um desempregado chamado René-Charles Guilbert de Pixérécourt começou a chorar ao ouvir um ator anunciar o preço do feijão. Como não tinha grana para pagar pela comida, ele decidiu comprar uma caneta e um caderno com a foto do Piccolo para registrar todo seu sofrimento, criando assim Coelina, o primeiro melodrama da história.
Teatro do romantismo[editar]
Posteriormente difundiu-se também o teatro do romantismo, popular principalmente na Alemanha. Os alemães sempre foram amantes de estratégias militares fracassadas, e por conta disso ficaram fascinados pelos seus antepassados teutões, povos germânicos figurantes lançados ao limbo do esquecimento depois de serem derrotados miseravelmente pelo gondoleiro Caio Mário. A paixão pelos teutões resultou no romantismo nacionalista sendo o principal tema das peças alemãs, já dando um grande spoiler do que a Alemanha se tornaria futuramente.
Um dos expoentes do romantismo alemão foi Goethe, cuja obra teatral mais famosa, Fausto, narra a história de um noob que vende a alma ao Mephisto em troca de um detonado do The Legend of Zelda: Ocarina of Time.
Teatro do século 20[editar]
No século XX, o teatro tratou de desenvolver movimentos artísticos já estabelecidos no meio e conhecidos pelo seu destrutivo poder de tédio, como o realismo e o naturalismo. Ao mesmo tempo, diversas outras aberrações foram implementadas no teatro a partir desse século, como o teatro expressionista e o teatro experimental.
Teatro do naturalismo[editar]
O teatro do naturalismo nada mais era do que a digievolução do teatro neoclássico, pra variar, também criado pelos franceses, os arquimagos da chatice. Nessa forma de teatro, um chato de galochas ficava em cima de um palco fazendo algo desinteressante, na expectativa de que o público tivesse uma visão darwiniana capaz de associar o meio ao fato do retardado estar lá fazendo porra nenhuma.
Entretanto, os cenários eram os mais sem-graça possíveis, e ninguém era capaz de fazer essa associação, pois as pessoas estavam ocupadas demais dormindo ou xingando a mãe do produtor por terem gasto tempo e dinheiro para ver uma porcaria dessas.
Teatro do realismo[editar]
O teatro realista surgiu como oposição ao teatro do romantismo, e em virtude disso os dramas genéricos propositalmente exagerados e a romantização da crise existencial foram banidos. As peças passaram a abordar problemas reais enfrentados pelo cotidiano das pessoas, o que resultou em surtos coletivos de suicídio por toda Europa, já que jogava na cara das pessoas o quanto suas vidas eram uma merda.
Teatro expressionista[editar]
O teatro expressionista foi criado pelo Nosferatu, que não era mau, apenas incompreendido. O teatro expressionista caracterizava-se por apresentar personagens genéricos sem nenhuma personalidade e tentar evolui-los psicologicamente ao longo da história, numa falha tentativa de fazer o público gostar deles.
Como a maior parte das pessoas que iam ao teatro nessa época eram posers fingindo ser inteligentes, ninguém nunca conseguia entender as constantes referências que as peças faziam a Freud e a sua mania compulsiva-obsessiva de ver sexo em tudo. O resultado era sempre o mesmo: as pessoas chegavam e em menos de dez minutos de espetáculo pregavam no sono.
Outras formas históricas de teatro[editar]
Teatro de bonecos[editar]
O teatro de bonecos, uma das mais antigas formas de teatro, era caracterizado por peças protagonizadas por fantoches macabros, que assumiam o protagonismo da história e tocavam o terror em seus expectadores. Muitos desses bonecos atuavam como conexão entre o Inferno e o plano terreno, servindo como passagem para que demônios chegassem até nosso mundo atrás de almas fresquinhas e saborosas para o jantar.
Teatro de sombras[editar]
O teatro de sombras foi popular principalmente na Ásia. Como os orientais não tinham qualquer habilidade de artesanato que possibilitasse a criação de fantoches minimamente decentes, eles optaram por fazer bonecos vagabundos de madeira e projetar apenas as suas sombras em telas, criando assim o teatro de sombras para disfarçar sua iminente falta de talento.
Teatro musical[editar]
O teatro musical era uma mistura de ópera com cabaré, protagonizado por músicos falidos ou gente reprovada no The Voice tentando a carreira artística por meio da atuação. Criado por Walt Disney a partir da opereta, o principal objetivo do teatro musical era atrair as pessoas para as apresentações, onde aqueles que pregavam no sono eram sequestrados e obrigados a realizar trabalho escravo em fábricas chinesas de produtos do Mickey.
Mímica[editar]
A mímica é a forma de teatro mais sem-graça existente. Caracteriza-se por palhaços com tinta branca na cara, trajando roupas listradas e vestindo boinas bregas gesticulando com a mão, fazendo as pessoas perderem o precioso tempo que poderiam estar usando para assistir ao filme do Pelé.
Da mímica se originou a pantomima, que levou essa particularidade para grandes palcos, originando enredos completos onde um monte de esquisitões fantasiados fica por várias horas fazendo gestos aleatórios que não significam porcaria nenhuma.
Teatro experimental[editar]
O teatro experimental nada mais foi que a tentativa dos hipsters de entrar no mundo do teatro, criado como rejeição aos métodos tradicionais de se conduzir as grandes peças teatrais. Ou seja, foi desenvolvido para reunir a maior quantidade possível de rejeitados sem qualquer talento atrás de seus cinco minutos de fama.
Teatro da crueldade[editar]
O teatro da crueldade teve sua origem no surrealismo e no dadaísmo, portanto seu principal objetivo consistia em criticar a racionalidade, trazendo para os palcos histórias sem pé nem cabeça que apenas os próprios criadores das peças entendiam. Recebeu esse nome pelo fato de se tratar de uma forma brutal de tortura psicológica.