Guerra dos Ossos
Guerra dos Ossos foi uma disputa fodida que rolou na Gilded Age estadunidense quando uns paleontólogos começaram a pirar atrás de fósseis, em especial de dinossauros, principalmente na região do Velho Oeste. Os dois principais e mais famosos combatentes nessa treta foram o Eduardo Bebedor de Copos da Academia de Ciências Naturais da Filadélfia e Otoniel Carlos Marques, do Museu Peabody de História Natural da Universidade de Yale. A treta foi tamanha que rolava de tudo, inclusive destruição de fósseis dos rivais (que filhos da puta!) e até infiltração e trairagem de uns e outros homens dos carinhas.
A despeito da putaria, essa guerra acabou sendo um caso raro de guerra onde todo mundo saiu vivo, bem e ninguém teve prejuízos em demasia, ao contrário, uma caralhada de dinossauros e outros bichos dos tempos de Dercy Gonçalves quando criança foram descobertos, para a alegria de quem curte essas bicharadas tudo.
História[editar]
Por anos Cope e Marsh eram até bons miguxos, tramparam juntinhos e até nomearam espécies juntos, até em jardins das casas um do outro ficavam escavacando pra tentar achar um bichinho que fosse.
A amizade entretanto vivia sofrendo uns sobressaltos porque o Cope era meio brabo pra cacete, e ainda por cima seguidor do neolamarquismo, enquanto que o Marsh era mais sussa, tranquilão e fã do Charles Darwin, e já chateado com as grosserias do Cope. Um belo dia, Cope apresentou pro seu digníssimo amigo um espécime descoberto por aquele, um plessiossauro de nome Elasmosaurus platyurus. O fóssil estava completinho e o Marsh ficou admirado. Mas sua admiração na real foi maior ainda ao perceber que o cara conseguiu trocar a cabeça e o rabo do bicho de posição, igual ao minhoco que beijou o lado errado da minhoca.
Essa zueirinha pública levou o Cope a começar a cavar em regiões como Kansas e Wyoming, que originalmente eram áreas que só o Marsh caçava ossos, e aí começou a guerra propriamente dita, já que nenhum dos dois queria arredar o pé dali.
Foi aí que vários carinhas passariam a trampar pros dois, como Arthur Lakes e John Bell Hatcher do Marsh e Henry Fairfield Osborn, Ferdinand Hayden e Joseph Leidy com o Cope - os dois últimos por pouco tempo, já que ambos ficariam putinhos pelo Cope levar toda a fama - a partir de 1872, começaram com diversas descobertas, algumas fantásticas e que sobrevivem até hoje, como o celófise e o triceratops (que o Marsh chegou a achar ser um tipo de bisão por um tempo - que burro, dá zero pra ele), como umas "descobertas" duvidosas, como o Agathaumas (que o Cope "descobriu" e que provavelmente era um triceratops disfarçado) e o brontossauro, que o Marsh "descobriu" tanto na forma apatossauro (correta), como nessa forma fake que até hoje deixa gente com dúvidas se existiu mesmo ou não.
Além de 136 espécies novas de dinossauros (e talvez mais, já que os caras as vezes davam sumiço em fósseis dos rivais ou simplesmente destruíam na cara dura e pura putaria), também foram descobertos uns bichos de outras espécies, como os mamíferos primitivos Dinoceras e Uintatherium, tudo parecido com rinoceronte, mas que na verdade deviam ser outros bichos mesmo, estranhos pra um caralho. De vez em quando um e outro ficavam zoando das descobertas do outro ou querendo meter o fake news e coisa do tipo, além de arrumarem constantemente encrencas com os povos sioux, que não curtiam nadinha aquele bando de cara-pálida cavando e explodindo com dinamite as terras deles. O local de maior sucesso de todos para descobrir os bichos nem foi nos primeiros anos de treta: só a partir de 1877 descobriram as terras de Como Bluff (especialmente na Formação Morrison, onde hoje fica o Monumento Nacional dos Dinossauros), onde até 1892 exploraram tudo o que podiam por lá - o que podiam, porque dizem que até hoje dá pra achar uns fósseis naquele fim de mundo. Aliás, não só os dois: Alexander Emanuel Agassiz apareceu por lá querendo ser o Ciro Gomes da parada, a terceira via que é o eterno coadjuvante, ficando sempre em terceiro no fim da parada.
A treta chegou à primeira página do jornal New York Herald nos últimos anos e até um diário com xingamentos e escaramuças do Cope pra cima do Marsh (como bobo, chato, feio e cara de mamão e bananão apareciam lá), mas, mesmo com essa choradeira toda, o bigodôn perdeu feio pro papai Noel dos dinossauros: Marsh no fim nomeou por volta de 80 espécies de novos dinos, ao passou que o Cope ficou só com uns 56 mesmo, inclusive uns ele também fez umas macacadas como o celófise, que ele nomeou 3 espécies diferentes, e só muitas décadas depois perceberiam que na verdade as três espécies eram uma só em idades diferentes, enfim, uma putaria sem tamanho.
Apesar do fim da guerra, a treta só acabou em definitivo em 1897, quando o Cope morreu doente e pobre pra caralho, já sem grana nem pra cavar nem um buraco de cachorro tapado com um osso de boi dentro, e só sendo um velhinho do lado do Charles Hazelius Sternberg e seus filhinhos. Dizem que o Cope mandou até preservarem o crânio dele só pra provar que o cérebro dele era maior que o do Marsh, que recusou fazer o mesmo, com medo de descobrirem que ele tinha tudo oco dentro do crânio igual sua ideia de que o estegossauro tinha dois cérebros por ter um buracão no meio do corpo...