Snack
Snack é um termo anglófono utilizado para designar uma pequena quantidade de comida consumida entre as refeições ou uma refeição causal e muito pequena.[1] Os snacks são geralmente projetados para serem portáteis, rápidos e satisfatórios e englobam uma variada gama de alimentos, incluindo amendoins, frutas, frios, nozes, sanduíches e doces. Dependendo do contexto, o termo pode ser traduzido na língua portuguesa como "lanche" ou "petisco".[2]
Histórico nos Estados Unidos
[editar | editar código-fonte]Nos Estados Unidos, um exemplo de snack popular é o amendoim. Oriundos da América do Sul, os amendoins foram incorporados à culinária nas plantações do sul, com influência de escravos africanos. Após a Guerra de Secessão, espalhou-se para o norte, onde foram incorporados à cultura dos jogos de beisebol e dos teatros de vaudeville.[3]
Juntamente com a pipoca (também de origem sul-americana), os snacks traziam o estigma de serem vendidos por comerciantes ambulantes não higiênicos. A etiqueta da classe média da era vitoriana (1837–1901) categorizou qualquer alimento que não exigisse o uso adequado de utensílios como classe baixa.[3]
Outro exemplo típico de snack são os bretzels, incluídos na sociedade americana por neerlandeses durante o século XVII. Na década de 1860, os bretzels ainda estavam associados a imigrantes, vendedores ambulantes não higiênicos e bares. Esse status só começou a ser alterado após sete décadas, quando os lanches passaram por processos para reduzir o risco de contaminação e facilitar a publicidade, tornando-os mais atraentes para os consumidores. Na década de 1950, tornou-se um passatempo exemplar da sociedade americana e, posteriormente, um emblema internacionalmente reconhecido como "estilo de vida americano".[3][4]
Saúde
[editar | editar código-fonte]Snacks são frequentemente relacionados com uma alimentação inadequada e a condição de obesidade. No entanto, um estudo de 2014 indicou a tentação como o principal fator para que obsessos ingerissem alimentos calóricos.[5] Outro estudo do mesmo período conclui que os efeitos dos snacks na saúde tendem a ser individualizados; contudo, fatores como idade e crença influenciam em um consumo saudável.[6]
Os efeitos dos snacks no apetite são contraditórios, enquanto alguns estudos concluem que se alimentar entre as principais refeições resulta no aumento da ingestão calórica do dia,[7] outros indicam efeitos neutros.[8] Porém, eles também podem ajudar a reduzir a fome.[9]
Os snacks tendem a não afetar a massa dos indivíduos;[10] contudo, alimentos ricos em proteínas e fibras contribuem para a redução da massa corporal.[11] Já em pessoas obsessas, os snacks contribuem para uma redução mais lenta ou até mesmo para um ganho de massa.[12] Os estudos implicam que os efeitos na massa corporal e no apetite variam de acordo com o indivíduo e o período.[13]
Referências
- ↑ Cambridge Dictionary (en); Lexico.
- ↑ Cambridge Dictionary (pt).
- ↑ a b c Carroll 2013.
- ↑ Ellensburg Daily Record 1973.
- ↑ Cleobury; Tapper 2014.
- ↑ Zizza 2014.
- ↑ Chapelot 2011; Dougkas et al. 2012.
- ↑ Johnstone et al. 2000.
- ↑ Leidy et al. 2015; Kinsey et. al 2014; Astbury 2014.
- ↑ Bertéus Forslund 2008; Cameron Cyr; Doucet 2010.
- ↑ Ribeiro et. al 2009; Koopman et. al 2014.
- ↑ Hibi et al. 2013.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Alencar, M.K.; Beam, J.R.; McCormick, J.J.; White, A.C.; Salgado, R.M.; Kravitz, L.R.; Mermier, C.M.; Gibson, A.L.; Conn, C.A.; Kolkmeyer, D.6.; Ferraro, R.T.; Kerksick, C.M. (Maio de 2015). «Increased meal frequency attenuates fat-free mass losses and some markers of health status with a portion-controlled weight loss diet.». Nutrition Research. pp. 375–83. PMID 25862614. doi:10.1016/j.nutres.2015.03.003
- «America: just one long snack bar». Ellensburg Daily Record. 3 de abril de 1973. Consultado em 14 de dezembro de 2018 – via Google News
- Astbury, N.M.; Taylor, M.A.; French, S.J.; Macdonald, I.A. (Maio de 2014). «Snacks containing whey protein and polydextrose induce a sustained reduction in daily energy intake over 2 wk under free-living conditions.». The American Journal of Clinical Nutrition. pp. 1131–40. doi:10.3945/ajcn.113.075978
- Bertéus Forslund, H.; Klingström, S.; Hagberg, H.; Löndahl, M.; Torgerson, J.S.; Lindroos, A.K. (Novembro de 2008). «Should snacks be recommended in obesity treatment? A 1-year randomized clinical trial.». European Journal of Clinical Nutrition. 62 (11). pp. 1308–17. PMID 17700649. doi:10.1038/sj.ejcn.1602860
- Cameron, J.D.; Cyr, M.J.; Doucet, E. (Abril de 2010). «Increased meal frequency does not promote greater weight loss in subjects who were prescribed an 8-week equi-energetic energy-restricted diet.». British Journal of Nutrition. pp. 1098–101. PMID 19943985. doi:10.1017/S0007114509992984
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- «Snack (en)» (em inglês). Cambridge Dictionary. Consultado em 14 de maio de 2020. Cópia arquivada em 27 de setembro de 2019
- «Snack (pt)». Cambridge Dictionary. Consultado em 14 de maio de 2020. Cópia arquivada em 24 de março de 2017
- «Snack» (em inglês). Lexico. Consultado em 14 de maio de 2020. Cópia arquivada em 14 de maio de 2020
- Zizza, C.A. (Julho de 2014). «Healthy snacking recommendations: one size does not fit all.». Physiology & Behavior. pp. 134:32–7. doi:10.1016/j.physbeh.2014.01.034