Pólipo nasal
Pólipo nasal | |
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Pólipo nasal em imagem captada por nasofibroscopia. | |
Especialidade | Otorrinolaringologia |
Sintomas | Dificuldade em respirar pelo nariz, perda do olfato, diminuição do paladar, corrimento pós-nasal, excesso de muco nasal[1] |
Complicações | Sinusite, alargamento do nariz[2][3] |
Causas | Pouco claras[1] |
Fatores de risco | Alergias, fibrose cística, sensibilidade à aspirina, algumas infeções[1] |
Método de diagnóstico | Observação do interior do nariz, TAC[1] |
Tratamento | Spray nasal de esteroides, cirurgia, anti-histamínicos[1] |
Frequência | ~4%[1] |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | J33 |
CID-9 | 471 |
CID-11 | 137754914 |
MedlinePlus | 001641 |
eMedicine | ent/334 ent/335 |
MeSH | D009298 |
Leia o aviso médico |
Pólipo nasal, também chamado polipose nasossinusal (PN) e pseudotumor nasossinusal, são formações polipóides não neoplásicas, pedunculadas e edematosas observadas nas cavidades nasais e seios paranasais em decorrência de um processo inflamatório crônico da mucosa nasal.[1][4][5][6] Geralmente de ocorrência bilateral, seus sintomas incluem obstrução nasal constante com dificuldade para respirar pelo nariz, perda do olfato, diminuição do paladar e secreção nasal anterior e posterior. Cefaleia e dor facial podem ocorrer, mas não são frequentes.[1][4] Entre as complicações geradas por essa patologia, uma das principais é a sinusite.[7][2]
A etiologia é ainda obscura, mas supõe-se que a ocorrência de uma inflamação local persistente seja essencial para o desenvolvimento de pólipos nasais.[6] Todavia, as causas ainda são motivo de controvérsia e existem inúmeras teorias sobre o assunto descritas na literatura.[4] Sabe-se que ocorrem mais comumente entre as pessoas que sofrem de alergias, fibrose cística, sensibilidade ao ácido acetilsalicílico ou certas infecções.[8] O diagnóstico pode ser feito por rinoscopia anterior ou endoscopia nasal. Para avaliação da extensão da doença e sua anatomia, é recomendado a realização de tomografia computadorizada.[1][4]
O tratamento preconizado para os pólipos nasais é inicialmente medicamentoso, com a utilização de corticoides tópicos ou sistêmicos, que podem reduzir o tamanho da formação, melhorar a respiração nasal e o olfato.[4] A persistência dos sintomas é geralmente indicativo da necessidade de tratamento cirúrgico. Entretanto, como a cirurgia não trata o componente inflamatório da mucosa, pode haver recidiva do quadro, sendo necessário um tratamento clínico complementar. O uso de anti-histamínicos só proporciona a melhora dos sintomas relacionados à rinite alérgica, sem efeito sobre a dimensão dos pólipos nasais.[4]
Estima-se que as poliposes nasais afetem cerca de 4% da população mundial e que outros 40% irão desenvolver a doença em algum momento da vida, sendo mais propensos os homens com mais de 20 anos de idade.[1]
Referências
- ↑ a b c d e f g h i j Newton, Ah-See 2008, p. 507-512.
- ↑ a b Yellon, Robert (2018). Zitelli and Davis' Atlas of Pediatric Physical Diagnosis. [S.l.: s.n.] pp. 868–915. ISBN 978-0323079327
- ↑ Frazier, Margaret Schell; Drzymkowski, Jeanette (12 de março de 2014). Essentials of Human Diseases and Conditions (em inglês). [S.l.]: Elsevier Health Sciences. p. 432. ISBN 9780323292283
- ↑ a b c d e f Santos et al 2008, p. 71-77.
- ↑ Souza et al 2003, p. 318-325.
- ↑ a b Abritta et al 2004, p. 156-162.
- ↑ Frazier, Drzymkowski 2013, p. 432.
- ↑ Rouvier, Peynegre 2000, p. 287-296.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Abritta, D.; Coraçari, A.R.; Maniglia, J.V (2004). «Microcirurgia na polipose nasal: análise evolutiva clínica e cirúrgica» (PDF). Revista Brasileira de Otorrinolaringologia. 70 (2): 318-325. ISSN 0034-7299. Consultado em 6 de setembro de 2016
- Frazier, M.S.; Drzymkowski, J. (2013). «Capítulo 9: Diseases and Conditions of the Respiratory System: Nasal polyps». Essentials of Human Diseases and Conditions (em inglês) 5ª ed. St. Louis: Elsevier. 432 páginas. ISBN 978-1-4377-2408-0. Consultado em 6 de setembro de 2016
- Newton, J.R.; Ah-See, K.W (abril de 2008). «A review of nasal polyposis». Therapeutics and Clinical Risk Management (em inglês). 4 (2): 507-512. ISSN 1176-6336. Consultado em 6 de setembro de 2016
- Rouvier, P.; Peynegre, R. (2000). «Capítulo 22: Recurrence of Polyposis: Risk Factors, Prevention, Treatment and Follow-Up». In: Stamm, A.C.; Draf, W. Micro-endoscopic Surgery of the Paranasal Sinuses and the Skull Base (em inglês). Heidelberg: Springer-Verlag. pp. 287–296. ISBN 3-540-66629-X. Consultado em 6 de setembro de 2016
- Santos, R.P.; Nakao, L.H.; Kosugi, E.M (outubro de 2008). «Polipose nasossinusal: diagnóstico e tratamento». Revista Brasileira de Medicina - Otorrinolaringologia (3): 71-77. ISSN 0034-7264. Consultado em 6 de setembro de 2016
- Souza, B.B.; Serra, M.F.; Dorgam, J.V.; Sarreta, S.M.C.; Melo, V.R.; Anselmo-Lima, W.T (2003). «Polipose nasossinusal: doença inflamatória crônica evolutiva?» (PDF). Revista Brasileira de Otorrinolaringologia. 69 (3): 318-325. ISSN 0034-7299. Consultado em 6 de setembro de 2016